Você sabe o que é epidemiologia e por que essa área é tão importante para a Medicina e para a saúde pública?
Muita gente ainda olha para a saúde só pelo lado reativo: tratar doenças depois que aparecem. Mas a epidemiologia lembra a gente de que saúde também é prevenção, contexto e território. Quando entendemos que o ambiente, os hábitos e as condições sociais influenciam diretamente o adoecimento, fica fácil perceber o peso dessa área no cuidado em larga escala.
Em um mundo hiperconectado, em que um surto pode sair de um país e alcançar o outro lado do planeta em poucos meses, a epidemiologia se torna ainda mais estratégica para o médico que quer entender o “todo” — e não só o paciente individual. Instruções de otimização
Se esse tema te interessa, segue comigo: vamos falar de conceito, pilares, tipos de estudo, rotina, especialização, salário e mercado.
De forma clássica, a epidemiologia é a área que estuda os fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças (e outros agravos à saúde) em grupos de pessoas.
Esses grupos podem ser pequenos (por exemplo, uma comunidade ribeirinha) ou imensos (como a população de um país).
É a partir da epidemiologia que conseguimos responder perguntas como:
Com essas respostas, dá para planejar e executar ações de prevenção, controle e tratamento, direcionando recursos onde eles são mais necessários.
A epidemiologia surgiu inicialmente ligada ao estudo de epidemias infecciosas, ajudando a entender como doenças se espalhavam e como poderiam ser contidas. Com o tempo, expandiu seu foco e passou a estudar também:
Hoje, ela é uma das bases da Saúde Coletiva e da Medicina Preventiva, conectando o que acontece no consultório com o que acontece na população.
Esses termos se confundem bastante, então vamos separar:
Resumindo: a epidemiologia constrói as ferramentas; a vigilância usa essas ferramentas no dia a dia dos serviços.
O médico que se especializa em epidemiologia é responsável por identificar grupos de maior risco, investigar causas de doenças e determinar estratégias para controle e prevenção.
Ele também deve coletar e informar dados para que as instituições consigam aplicar políticas visando a proteção da população. Por isso, o epidemiologista acumula não só conhecimentos sobre o corpo humano, como também lida com matemática e demografia.
Entre as funções exercidas, podemos citar:
Para atuar com epidemiologia na Medicina, você pode seguir principalmente dois caminhos:
A Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP), por exemplo, oferece programas de mestrado e doutorado em Epidemiologia e Saúde Pública, com foco em:
A seleção costuma incluir:
É o caminho ideal para quem quer seguir em carreira acadêmica, pesquisa aplicada ou atuação em órgãos de gestão e vigilância.
Do ponto de vista da Residência, o caminho mais próximo da epidemiologia é a Residência em Medicina Preventiva e Social, oferecida em instituições como:
Com duração de 2 anos, essa residência oferece:
Se você quer unir clínica, saúde coletiva e epidemiologia, essa é uma escolha muito estratégica.
Além da formação formal, a área é extremamente dinâmica. Por isso:
De acordo com dados do site salario.com, um epidemiologista tem uma remuneração média de R$ 6.357,40, para jornada de 31 horas/semana.
A faixa varia entre R$ 5.335,62 e R$16.575,10, considerando os profissionais de todo o Brasil que atuam em regime CLT.
O mercado para quem atua com epidemiologia é bastante diversificado. Entre as áreas possíveis:
O profissional pode atuar como:
Com o envelhecimento acelerado da população e a mudança da pirâmide etária, ganha destaque a epidemiologia do envelhecimento.
Nessa área, o profissional estuda, por exemplo:
O objetivo é planejar ações que melhorem a qualidade de vida e reduzam a morbimortalidade nessa faixa etária — algo cada vez mais central para o SUS e para sistemas de saúde no mundo todo.
Agora que você já sabe o que é epidemiologia e porque essa subespecialização é tão importante, que tal dar uma conferida em alguns dos materiais que disponibilizamos na Academia Medway?
Nesse espaço, você encontra diversos materiais gratuitos que servirão de apoio para a sua preparação. A sugestão de hoje é o Guia Definitivo de Residência Médica na Santa Casa.
Até a próxima!
Cofundador da Medway, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com Residência Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Siga no Instagram: @joaovitorsfernando