Fala, galera! Hoje é dia de falar sobre um assunto muito importante: a análise curricular residência médica. O descuido com essa etapa pode prejudicar o resultado final. E como você certamente deseja ser aprovado, vale a pena investir nessa etapa.
O currículo deve conter informações relevantes, como formação acadêmica, experiência prática, produção científica, atividades acadêmicas, cursos de atualização e aperfeiçoamento profissional, experiência profissional, idiomas, prêmios e reconhecimentos.
Leia nosso artigo e fique por dentro de como funciona a análise curricular para a residência médica. Fique bem preparado para essa etapa do processo seletivo!
Geralmente, um processo seletivo de residência se divide em duas etapas: uma eliminatória e classificatória; e outra somente classificatória. Esta é a que estabelece a lista final de aprovados: a análise curricular residência médica.
Normalmente, a análise do currículo compõe 10% da nota final. Ele reúne todas as atividades médicas realizadas na área médica; a banca de avaliação fornece uma nota para o currículo do candidato.
Há instituições que consideram, além da análise do currículo, a arguição curricular: uma entrevista em que se analisam questões como: postura, comunicação e capacidade de se articular a respeito das experiências feita durante o curso.
Diante desse cenário, vale a pena conhecer quais são as instituições que fazem análise curricular. As principais são:
· Universidade de São Paulo, polo São Paulo (USP-SP);
· Universidade de São Paulo, polo Ribeirão Preto (USP-RP);
· Exame Nacional de Residência (Enare), promovido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares;
· Universidade Estadual de São Paulo (Unesp);
· Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Vamos dedicar esta parte a falar sobre o que não pode faltar no seu currículo:
A análise curricular considera as características da instituição em que o candidato cursou Medicina. Vale tanto para especialidades de acesso direto e especialidades que exigem pré-requisito. Entre os pontos avaliados, destacamos:
· reconhecimento da instituição como centro de formação, assistência e pesquisa científica;
· contar com seu próprio Hospital Universitário;
· ofertar ensino de graduação nos três níveis de atenção à saúde: primária, secundária e terciária.
O histórico escolar serve para que a instituição analise o desempenho do candidato durante a sua graduação. Veja como a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES, PE) faz essa avaliação, considerando as médias gerais do candidato:
· maior pontuação para os candidatos que apresentam médias gerais iguais ou além de 85 (ou o equivalente em uma escala de 0 a 10);
· redução de 5 pontos a cada faixa de nota: 80, 75, 70, 65 e fora dos critérios já definidos.
O tempo de monitoria é igualmente considerado, devendo ser confirmado com assinatura com carimbo e assinatura do responsável.
O documento que declara que o candidato participou de mentoria deve corroborar que realmente a atividade foi realizada, indicando qual a disciplina em que ele atuou como monitor. O período mínimo requerido é um semestre letivo e carga horária mínima de 108 horas.
O período de iniciação científica também é relevante para a análise curricular. Mas, para que tenha validade, é necessário apresentar um documento de comprovação emitido pela instituição de ensino.
É fundamental que essa declaração contenha o nome do candidato e confirme a participação explícita dele no projeto. Vale, no mínimo, um ano de vivência na atividade.
Projetos de extensão geralmente enriquecem a vida do médico que está se formando e são relevantes para a banca que avalia o candidato à residência médica.
Para que o documento tenha validade, é necessário que registre informações fundamentais, como atividade, departamentos envolvidos, professores. A exigência mínima varia entre seis meses e um ano.
A análise curricular para residência também considera eventos científicos e participações em congressos nacionais, internacionais, estaduais, jornadas, encontros, eventos de organização estudantil.
Para comprovar a participação do candidato, o documento apresentado deve conter: declarações ou certificações oficiais emitidas pelas empresas organizadoras do evento; data do evento; título do trabalho; autoria ou coautoria; se foi tema livre, apresentação oral ou pôster em evento científico do setor de saúde.
Outro aspecto relevante para a banca de avaliação é a publicação de artigos em publicações científicas, como autor ou coautor, em revistas do Brasil ou internacionais indexadas. No documento apresentado, é importante que existam informações como: ano de publicação, cópia do artigo, volume e número.
A análise curricular não considera cópias de e-mail, cartas de aceite, anais de congresso ou publicações de cadernos de resumos. Algumas instituições aceitam a publicação de capítulo de livro como uma alternativa ao artigo científico.
O conhecimento de uma língua estrangeira é um diferencial relevante no currículo. Na verdade, menos que um diferencial, está se tornando uma necessidade, principalmente porque os estudos e as pesquisas científicas são publicados em inglês.
Atualmente, duas línguas muito importantes de serem conhecidas são o inglês e o espanhol. Algumas bancas avaliadoras de programas de residência médica, como a da USP, levam em conta exame de proficiência ou residência em país de língua inglesa ou de outro idioma que não seja o português.
Não há um formato certo para a análise curricular, mas existem dois formatos recomendados: O Lattes e o Vitae, que é o mais comum. O primeiro é mais indicado para o público acadêmico e pode ser acessado por meio de uma plataforma do governo.
É preciso ficar atento para o edital, pois cada um faz suas próprias exigências em relação ao currículo, e o candidato deve seguir à risca o que ele exige.
Em algumas instituições, o currículo é 100% digitalizado: o candidato envia o documento online. Outras, contudo, exigem uma versão encadernada, ou seja, é preciso imprimir o currículo.
É interessante entregar o maior número possível de comprovações das atividades extracurriculares e certificados de cursos complementares feitos durante a graduação de Medicina.
Para encerrar este artigo, vamos apresentar algumas dicas que ajudarão você a montar um currículo interessante:
Verifique todas as informações. Fique atento a critérios como formatação, apresentação do currículo, endereço físico ou eletrônico (e-mail) para o envio do arquivo, caso seja exigido o envio online.
Selecione as informações que realmente serão relevantes para a vaga que você almeja. Assim, registrar muitas atividades extracurriculares relacionadas a temas muito diversos pode não ser uma boa estratégia, já que não revela um foco, mas falta de objetividade nas escolhas.
Não invente cursos ou eventos. Você poderá ser questionado sobre eles durante a entrevista e poderá se prejudicar.
Evite anexar artigos e outros trabalhos que recebem seu nome, mas dos quais você não teve participação efetiva. Provavelmente, você não saberá discorrer sobre eles no decorrer da entrevista.
Caso você considere esses materiais muito relevantes para seu currículo, você deve anexá-los e estudar bastante para a entrevista.
Caso o edital solicite ou caso você considere uma boa ideia, anexe uma foto profissional, 3×4. Lembre-se de que essa foto pode compor seu crachá de residente posteriormente.
Para mais esclarecimentos sobre a relevância das informações que serão submetidas à análise curricular para residência médica, vamos apresentar algumas explicações pertinentes:
Os dados essenciais dizem respeito àqueles que efetivamente não podem faltar em seu currículo. Nesse sentido, podemos destacar:
· apresentação de trabalhos: a apresentação de trabalhos em congressos vale a pena, pois ajudará nos estudos e contará pontos na análise do currículo;
· estágios: é um elemento obrigatório no currículo; algumas instituições só aceitam estágios com carga horária acima de 120 horas ou com tempo acima de seis meses;
· congressos: é recomendado, não apenas apresentar trabalhos nos congressos, mas participar deles, pois será de muita relevância para o aprendizado do candidato e para um melhor desempenho na avaliação da banca;
· monitoria: as bancas avaliadoras gostam de candidatos que tenham experiência em ensinar;
· extensão: projetos de extensão, ligas, programas voluntários — tudo é válido, mas geralmente só será contabilizado o que tiver, no mínimo, seis meses de duração;
· língua estrangeira: todas as bancas cobrarão esse item, sendo recomendado que o candidato apresente um certificado como o TOEFL (Teste de Inglês como Língua Estrangeira).
Os itens relevantes também fazem a diferença, alguns podem ser obrigatórios, mas, considerando a pontuação, não se equivalem aos itens essenciais. Nesse sentido, destacamos os seguintes elementos:
· bolsa de pesquisa: ainda que seja muito cobrada pelas bancas, a pontuação costuma ser baixa;
· histórico escolar: geralmente ele é obrigatório, mas vale mais para o candidato se dedicar a outras atividades do que somente às notas da graduação;
· cursos extracurriculares: não merece dedicação, por isso o candidato deve fazer apenas se encontrar sentido para sua formação;
· participação estudantil: poucas instituições vão considerar esse item; ele pode ser relevante apenas para a formação do candidato;
· prêmios: mesmo sendo bom receber reconhecimento, os prêmios, sozinhos, não oferecem boa pontuação durante a entrevista;
· publicações: apesar de serem muito cobradas, elas só farão diferença se forem de revistas indexadas, o que não é fácil; uma alternativa é elaborar um bom TCC e apresentá-lo como publicação.
Agora você sabe o que não pode faltar no currículo para o processo seletivo de residência médica. Seguindo nossas orientações, você aumenta suas chances de ser aprovado nessa etapa.
A análise curricular residência médica tem um peso relevante no processo seletivo de RM. Não desconsidere essa importância. Tudo que contribui para melhorar sua nota é válido, e você deve aproveitar a oportunidade.
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Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando
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