Você sabe quais são as instituições mais buscadas para fazer residência em Ginecologia e Obstetrícia em SP? É comum querer se especializar nessas duas áreas essenciais para a saúde da mulher, mas não saber exatamente qual é o melhor lugar para realizar esse sonho.
Ginecologia e Obstetrícia são duas especialidades fundamentais para lidar com diferentes aspectos da saúde feminina. Enquanto a primeira significa literalmente “ciência da mulher” e se dedica principalmente ao estudo do aparelho genital feminino, a segunda trabalha com a reprodução humana.
Apesar desses focos, são consideradas especialidades muito amplas, pois atuam em diferentes níveis de atendimento (ambulatorial, hospitalar, clínico, cirúrgico ou de imagem), além de serem unificadas quando o assunto é residência. Inclusive, o normal é que as instituições ofereçam a residência em Ginecologia e Obstetrícia.
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Uma das instituições mais renomadas do país para residência em Ginecologia e Obstetrícia em SP é a USP. A especialidade é de acesso direto e tem duração de três anos. As atividades da residência acontecem, principalmente, no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP.
Alguns estágios da residência também rolam no Hospital Universitário (HU). É uma trajetória bem rica em termos de experiência para quem deseja se tornar ginecologista ou obstetra. Outro ponto importante é que a USP-SP normalmente respeita as 60h semanais em quase todos os estágios e anos, então o residente pode seguir com sua vida pessoal
No R1, são feitas práticas no PS Obstétrico, onde os residentes atendem às fichas com os internos e um R2. Um dos pontos fortes é a assistência a casos complexos em ambas as áreas, com assistentes especialistas e bons profissionais.
No Centro Obstétrico, há a oportunidade de realizar partos normais, fórceps de alívio e cesáreas em pacientes sem cirurgias abdominais prévias, além de passagens pela enfermaria de puérperas e pelo setor de vitalidade fetal. Mas atuação no centro cirúrgico, como há poucas salas e poucos anestesistas, demora muito entre uma cirurgia e outra, reduzindo o volume cirúrgico em Ginecologia.
É uma das especialidades mais concorridas para residência em Ginecologia e Obstetrícia em SP. No processo seletivo com entrada em 2020, a instituição ofertou 14 vagas. A relação candidato/vaga foi alta, com 18 inscritos disputando cada uma.
Outra instituição de destaque para fazer residência médica é a Escola Paulista de Medicina (EPM), que faz parte da Unifesp. Com três anos de duração, ela tem uma rotina exigente, baseada em estudos e atividades exercidas no Hospital São Paulo, o maior hospital universitário do Brasil.
Na Ginecologia, os residentes passam por ambulatório, centro cirúrgico, pronto-socorro e enfermaria de diversas subespecialidades. Já na Obstetrícia, há estágios em centro obstétrico, pronto-socorro, enfermaria e ambulatórios de pré-natal (a maioria de alto risco). O fluxo obstétrico do hospital-escola (Hospital São Paulo) é de alto risco.
Ponto que pode não agradar: a situação financeira do hospital São Paulo levou a redução dos atendimento de PA, além do número de partos e cirurgias.
Diferentemente da USP, a Unifesp ofereceu 10 vagas no processo seletivo com entrada para 2020. A concorrência foi um pouquinho menor, com 16 candidatos para cada uma. Em 2021, a instituição disponibilizou 12 vagas para a especialidade.
A Unicamp é outra instituição frequentemente cogitada para quem deseja se tornar especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Os residentes têm a oportunidade de receber um ensino de ótima qualidade e ainda vivenciar o cotidiano do Hospital de Clínicas da universidade, onde são realizadas mais de 32 mil consultas por mês.
No entanto, o destaque de GO na Unicamp é dado ao Centro de Atenção à Saúde Integrada da Mulher (Caism), referência regional em assistência à saúde da mulher e do recém-nascido, inclusive para casos de emergência.
Além disso, os residentes também passam no Hospital de Sumaré, um hospital secundário com atendimento principalmente em gestação de baixo risco, sendo a parte cirúrgica da Ginecologia um ponto é bem forte por lá.
O R1 da Unicamp é bem puxado, com carga horária elevada, principalmente relacionado a plantões noturnos (mais de 70h em todo R1).
Em relação à concorrência, a Unicamp não dá trégua: em 2020, a relação candidato/vaga foi de 24, oferecidas 9 vagas. Para 2021, houve 13 vagas para a residência em Ginecologia e Obstetrícia.
Maior processo seletivo de residência médica do Brasil, o SUS-SP ofereceu incríveis 67 vagas para a residência em Ginecologia e Obstetrícia no processo seletivo 2019, com 13 candidatos concorrendo a cada uma.
No SUS-SP, os aprovados no processo seletivo podem escolher o hospital em que vão realizar a residência. São cerca de 50 instituições. Algumas são bem concorridas. Para quem quer fazer residência em Ginecologia e Obstetrícia, o Hospital Pérola Byington é uma das instituições mais cogitadas.
Entretanto, os melhores colocados em cada especialidade têm mais chances de conseguirem atuar nos programas de residência médica mais disputados no tradicional leilão do SUS-SP. Confira todos os detalhes sobre a prova de residência da instituição.
A prova do SUS-SP conta com apenas uma fase, que é um teste de múltipla escolha com 100 questões. Os temas abordados são o das cinco grandes áreas da Medicina.
É claro que não podíamos deixar de fora a residência em Ginecologia e Obstetrícia da Unesp que, como muita gente já sabe, tem o complexo hospitalar localizado na cidade de Botucatu. Lá, a instituição garante assistência a cerca de 2 milhões de pessoas!
O Hospital das Clínicas de Botucatu é o componente mais conhecido desse complexo, mas apenas uma parte dele. Além dele, há o Hospital Estadual Botucatu (HEBo), além do Serviço de Atenção e Referência em Álcool e Drogas (SARAD) e dois prontos-socorros, um adulto e um infantil.
Ponto que pode não agradar: a quantidade de vagas é o principal ponto de desagrado dos candidatos. Isso acaba gerando um pouco de sobrecarga também nos residentes.
Em termos de concorrência, a Unesp tem números um pouco menores, mas nem por isso deixa de ser importante se preparar! No processo seletivo com acesso em 2020, a universidade ofereceu 5 vagas, cada uma delas disputada por 10 pessoas.
Para fechar a lista, trouxemos o maior quando o assunto é concorrência na residência em Ginecologia e Obstetrícia em SP. No último processo seletivo do IAMSPE, com acesso em 2020, foram 8 vagas. A relação candidato/vaga é de 25.
O treinamento em serviço da especialização em GO no Iamspe é de ótima qualidade. A residência ocorre no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). O objetivo é formar profissionais que cuidam da saúde da mulher desde a chegada da primeira menstruação até a terceira idade, incluindo gravidez e período de menopausa.
Ponto que pode não agradar: a residência do Iamspe é ótima, mas novamente a carga horária é o calcanhar de Aquiles de quem faz a especialização em GO no Hospital do Servidor.
O processo seletivo do Iamspe é semelhante ao de outras instituições para fazer residência médica em SP (prova teórica, prova prática e entrevista). Já contamos tudo sobre essa prova. No último processo seletivo, a relação candidato/vaga é de mais de 25.
Outra queridinha para quem quer ir para o interior de São Paulo. A residência em GO na USP-RP tem estágios para treinamentos de habilidades práticas não apenas no Hospital das Clínicas (HCFMRP), mas também no Mater (Centro de Referência em Saúde da Mulher). Uma coisa legal da instituição é que os residentes possuem aulas de 2 horas toda semana, além da ótima base para Ginecologia ambulatorial.
Ponto que pode não agradar: a escala dos residentes é semanal, ou seja, toda semana troca o estágio e isso pode prejudicar um pouco a continuidade do aprendizado.
Hoje, a instituição é considerada o maior hospital filantrópico da América Latina. É uma trajetória bem rica em termos de experiência para quem deseja se tornar ginecologista ou obstetra.
No R1, são feitas práticas no PS Obstétrico, onde os residentes atendem às fichas com os internos e um R2. No Centro Obstétrico, há a oportunidade de realizar partos normais, fórceps de alívio e cesáreas, além de passagens pela enfermaria de puérperas.
Ponto que pode não agradar: a residência bem puxada em relação à carga horária e aos números de plantões. Então se prepare que o R1 não vai ser moleza não!
Aqui, no nosso blog, acompanhamos os principais processos seletivos de residência em Ginecologia e Obstetrícia em SP para auxiliar a sua preparação. Quer saber mais sobre essa especialidade? Então, confira o artigo que preparamos sobre quanto ganha um ginecologista.
Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando
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