A residência em Otorrinolaringologia é uma especialização que, muitas vezes, tem escopo subestimado. O médico otorrinolaringologista responsabiliza-se por mais que uma parte do corpo: ele cuida não só dos ouvidos, mas também da garganta e do nariz.
Na prática, a área cuida de casos complexos e possui uma rotina dinâmica. Portanto, se você almeja se tornar um médico otorrino de qualidade, é importante ter em mente que essa especialidade é muito desafiadora.
Também pode ser que você ainda não tenha certeza de onde gostaria de se especializar, uma dúvida bastante comum entre muita gente. Preparamos este artigo para falar um pouco de cada uma das seis instituições mais procuradas para se especializar como otorrino em SP.
A USP é uma das instituições mais renomadas de toda a América Latina e tem o maior complexo hospitalar de toda essa região. O Hospital das Clínicas da FMUSP e o Hospital Universitário da USP realizam mais de 1 milhão de consultas ambulatoriais, 232 mil atendimentos e 50 mil cirurgias por ano.
A rotina de quem faz residência em Otorrinolaringologia é ótima para acumular experiência e “pegar mão” de vários procedimentos. No HCFMUSP, os residentes ganham a oportunidade de trabalhar em diversas áreas, como Rinologia, Otologia, Bucofaringolaringologia, Plástica Facial e Otoneurologia.
A Unicamp é reconhecida mundialmente pela qualidade de ensino e por ser muito popular entre quem deseja se tornar otorrinolaringologista. A instituição tem um complexo hospitalar bastante completo, ideal para médicos de múltiplas especialidades.
Para quem deseja a residência em Otorrinolaringologia, a ênfase vai ser, principalmente, nos departamentos de Oftalmologia e Otorrinolaringologia do Hospital Estadual Sumaré (HES) e do Hospital de Clínicas da universidade.
A tradicional Escola Paulista de Medicina (EPM), da Unifesp, conta com uma especialização de altíssimo nível, realizada no Hospital São Paulo. Para a residência de otorrino, o aluno passa por diversos setores.
Há estágios ambulatoriais e cirúrgicos, pronto-socorro com porta aberta 24 horas e estágio em hospitais satélites, como o hospital de Diadema, Pirajussara e Mandaqui, onde acontecem cirurgias muito diversas todos os dias pela manhã e ambulatório à tarde.
Diferentemente das outras instituições, além da prova teórica e da análise curricular, a Unifesp conta com uma prova prática informatizada com entrevista. Se você ainda não está familiarizado com essa modalidade, é só dar uma olhada no nosso Minicurso de Prova Multimídia, com três aulas totalmente on-line e gratuitas.
A prova de residência médica do SUS-SP é uma das maiores do Brasil inteiro, não só em número de candidatos, mas também de instituições participantes.
Com um complexo formado por cerca de 50 hospitais, é claro que o processo seletivo precisaria ser um pouquinho diferente. Aí entra o tradicional leilão de vagas do SUS-SP.
Os aprovados no processo seletivo da instituição ganham o direito de escolher em qual hospital vão se especializar com base nas classificações no exame. Além disso, são diversas opções para o residente escolher após a aprovação.
Com atividades realizadas no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) ao longo de três anos, a especialização em Otorrino do IAMSPE é mais uma que passa pelos sonhos de muitos alunos que desejam essa especialidade.
Por ano, os médicos do HSPE nessa especialidade realizam, em média, 50 mil consultas ambulatoriais, 15 mil consultas de pronto-atendimento e 800 internações clínicas-cirúrgicas, com o objetivo de prestar um atendimento de qualidade.
Os atendimentos são realizados aos pacientes com queixas otorrinolaringológicas. Por isso, o serviço foi dividido em vários setores: Ambulatório Geral, Cirurgia Cérvico-Facial, Estomatologia, Estética Facial, Laringologia, Otologia, Otoneurologia, Rinologia e Ronco e Apneia do Sono.
Similar à Unicamp no que diz respeito a ser uma instituição de fora da capital, o complexo hospitalar da Unesp ocupa a região do interior do estado de São Paulo, na cidade de Botucatu.
O complexo é responsável por garantir assistência a cerca de 2 milhões de pessoas, cumprindo um papel importantíssimo na região, que engloba desde ações de prevenção a tratamentos mais complexos.
Ele é composto pelo Hospital de Clínicas da universidade (HCFMB), pelo Hospital Estadual Botucatu (HEBo), pelo Serviço de Atenção e Referência em Álcool e Drogas (SARAD) e por dois prontos-socorros, um pediátrico e um adulto.
Apesar disso, a ênfase de quem fizer a residência médica em Otorrinolaringologia lá vai ser, principalmente, no HCFMB, mais especificamente, no Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, onde a maior parte das atividades dessa especialidade é realizada.
Agora, na reta final, é mais importante que nunca ter as instituições que você quer na ponta da língua, seja para a residência em Otorrinolaringologia, seja para qualquer outra especialidade.
Com a remoção da entrevista de vários desses processos seletivos, é fato que a análise curricular ganhou mais ênfase na segunda fase. Por isso, se você estiver se sentindo inseguro, confira como ter um currículo padrão-ouro no nosso e-book.
Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando
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