Será que você já sabe tudo sobre assistolia ou ainda dá para refinar os conceitos, melhorar a abordagem e o raciocínio clínico frente a um caso dessa condição? Hoje, o papo é exatamente sobre isso! Você vai aprender a reconhecer o ritmo e saber como conduzir a assistolia, sem deixar nada para trás!
O que é assistolia? Trata-se da ausência completa de atividade elétrica e mecânica cardíaca. É um ritmo de parada cardiorrespiratória que necessita de atitude médica imediata. Geralmente, a assistolia é o ritmo final de PCR e acontece com todas as pessoas que vão a óbito.
Na sala de emergência, você se encontrará nessa situação! Se estiver certo quanto ao diagnóstico eletrocardiográfico, nenhuma perfusão orgânica acontece, e a RCP de qualidade deve iniciar o quanto antes.
A assistolia ventricular pode ser causada por uma causa reversível. Quando prontamente identificada e tratada adequadamente, melhora o prognóstico neurológico do paciente (ex.: hipercalemia grave). Não se esqueça dos clássicos 5 Hs e 5 Ts, nem de realizar a busca ativa a partir de anamnese e exame físico, que são fundamentais.
O traçado eletrocardiográfico clássico da assistolia é uma linha reta, conforme observado na figura ilustrativa. O erro fatal pode começar aqui! O clássico “protocolo de linha reta”, aprendido desde a época da faculdade, deve ser aplicado.
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Os cabos e as conexões podem não estar acoplados, e você perde uma checagem de ritmo, atribuindo o problema do paciente à assistolia na sala de emergência. Às vezes, um eletrodo desconectado pode confundir. Após averiguar que o aparelho está ligado, sempre confira os cabos.
Atividade elétrica, organizada ou não, pode ser de baixa voltagem. O tamponamento cardíaco pode se apresentar com baixa voltagem difusa no eletrocardiograma.
Assistolia e fibrilação ventricular “fina” podem passar despercebidas, e você não entrega o choque precoce, como é recomendado no Suporte Básico de Vida. Para checar se é assistolia ou não diante de uma linha reta, não se esqueça de aumentar o ganho do aparelho que capta o sinal eletrocardiográfico.
Se o paciente estiver com um ritmo organizado, e a checagem pelas pás “enxergar” a derivação correspondente ao eixo cardíaco de forma perpendicular, ainda mais com baixa voltagem no eletrocardiograma, você deixa de fazer um diagnóstico eletrocardiográfico crucial.
Mova as derivações com uma rotação de 90º. Durante esse procedimento, o ideal é levar em consideração um fator muito importante: a assistolia é o ritmo verdadeiro do paciente?
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O preconizado pela AHA nos guidelines sobre suporte básico e avançado de vida com relação ao tratamento da assistolia – um ritmo não chocável de parada cardiorrespiratória – é a RCP de alta qualidade juntamente à administração mais precoce possível de adrenalina endovenosa, na dose de 1 mg a cada 3-5 minutos.
No tratamento de assistolia, as superdoses de adrenalina não são recomendadas. Garantir boa ventilação com a maior fração inspirada de oxigênio possível é obrigatório ao lidar com uma assistolia, considerando a via aérea avançada.
Tenha sempre esses conceitos em mente: assistolia é um diagnóstico eletrocardiográfico firmado após algumas conferências, como cabos, ganho e derivação. Como ela corresponde ao ritmo de parada cardiorrespiratória, você precisa buscar ativamente causas clássicas de PCR e realizar RCP de qualidade, conforme o algoritmo do ACLS.
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Nascido em 1990. Médico graduado em 2014. Formado em Clínica Médica pelo Hospital Santa Marcelina-SP. Residência em Cardiologia da UNIFESP-EPM. Ex-preceptor, médico concursado do Hospital do Servidor Público Municipal - SP. Apaixonado por aprender e ensinar; fascinado pela Medicina.
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