Um tema muito importante, tanto para as provas de residência médica quanto para a prática do dia a dia, é o calendário vacinal. Além de toda a sua importância devemos sempre revisá-lo, pois as atualizações são constantes.
Não foi diferente esse ano, com o novo cronograma do Programa Nacional de Vacinação de 2023, divulgado no final de janeiro pelo Ministério da Saúde.
As principais ações previstas para esse ano, começando no dia 27 de fevereiro, incluem:
E o cronograma apresentado foi:
Etapa 1, em fevereiro:
Etapa 2, em março:
Etapa 3, também em março:
Etapa 4, em abril:
Etapa 5, em maio:
Devemos entender o calendário vacinal como algo fluido e em constante mudança, guiado sempre pela situação epidemiológica do país.
Claro que sempre teremos as vacinas e indicações clássicas (como BCG e hepatite B ao nascimento), mas também campanhas e esforços direcionados para a abordagem de momentos específicos. E em qual momento estamos?
Primeiro, num evidente arrefecimento da pandemia de Covid-19, com menor número de casos e mortes. No entanto, isso não deve ser motivo para esquecermos as medidas de prevenção, especialmente a mais eficaz delas.
Os esforços devem continuar para a proteção populacional com vacinas, principalmente dos mais vulneráveis à doença. Além disso, elas estão em constante atualização (vide a nova bivalente). Ninguém quer viver novamente os dias de hospitais e UTIs lotados.
Outro passo importante é a vacinação concomitante e adiantada contra a influenza. O racional é simples: o Sars-Cov 2 veio para “ampliar” a gama de doenças respiratórias e deixar as coisas mais complicadas. Antes, um surto de influenza já lotava hospitais.
Agora, com mais vírus respiratórios, a situação sempre pode se agravar. Daí a importância de vacinar contra a Covid-19, mas não esquecer dos nossos velhos conhecidos.
Por fim, o Brasil e o mundo vêm vivendo uma situação preocupante de baixa cobertura vacinal e desconfiança por parte da população, seja por campanhas de desinformação ou outros motivos.
Segundo o Ministério da Saúde, praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta. Com isso, doenças como o Sarampo (erradicado em 2016) voltam a apresentar surtos e há o medo do retorno da poliomielite (erradicada em 1994).
Assim podemos entender a importância dos esforços contínuos por parte dos órgãos de saúde em coletar informações de qualidade, entender a situação epidemiológica do país e, assim, direcionar e atualizar sempre que necessário o calendário vacinal, buscando o controle e prevenção das doenças imunopreveníveis.
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