Atualização em lúpus: não erre na hora da prova

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Fala, meu povo! Como vocês estão? Esperamos que bem! E aí, como você está em relação àqueles conteúdos que foram atualizados recentemente? Nós sabemos: além de ter que absorver uma quantidade enorme de conteúdo na preparação para as provas de residência médica, ainda existem aqueles temas que vez ou outra têm algumas alterações em relação a critérios diagnósticos, tratamentos ou outros aspectos. É pensando nisso que recentemente batemos um papo sobre atualizações em lúpus.

Essa aula rolou lá no canal da Medway no YouTube. Quem comandou a explicação foi a nossa queridíssima professora Ana Karoline, da Clínica Médica. Lembra dos critérios SLICC 2012? Bom, algumas coisas mudaram em relação a isso. Então, o importante é que você esteja ligado e fique de olho nessa atualização em lúpus.

Se liga no nosso resumo sobre a atualização em lúpus e para saber tudo no detalhe, assista ao nosso vídeo completo!

Atualização em Lúpus

Você já está por dentro da atualização em lúpus? Ela é de 2019, mas começou a aparecer mais recorrentemente nos exames de residência médica nas provas de 2021, e por isso, é importante se informar sobre essas mudanças.

Vamos começar nosso resumo falando sobre a principal alteração trazida pela atualização, que concerne os critérios diagnósticos.

Critérios diagnósticos antigos e mudanças

A atualização de LES (lúpus eritematoso sistêmico) foi publicada pela EULAR, uma das principais sociedades de reumatologia no mundo, em 2019.

Antes, para fechar o diagnóstico de lúpus, era preciso contar os critérios e somar pelo menos 4 deles, sendo no mínimo um clínico, um imunológico, ou constatar uma nefrite confirmada por biópsia, na presença de fator antinuclear positivo (FAN) ou anticorpo anti-DNA nativo positivo.

As manifestações que deveriam ser analisadas podem ser vistas no nosso vídeo, mas não se preocupe, não é preciso decorar!

Na atualização de 2019, algumas características que eram consideradas critérios para o diagnóstico do lúpus caíram, pois não eram específicas ou sugestivas o suficiente.

Essas manifestações retiradas da lista são, dentro dos critérios clínicos cutâneo-mucosos, as úlceras nasais; na nefrite, a identificação de cilindros eritrocitários; nos sintomas neurológicos, a mononeurite múltipla, a mielite e a neuropatia periférica/craniana; e nos hematológicos, a presença de linfopenia.

Além dessas exclusões, um novo critério clínico foi adicionado: a febre acima de 38,3º C.

Quanto aos critérios laboratoriais, as mudanças concernem o VDRL falso-positivo, o CH50 baixo e a presença de coombs direto positivo.

Veja os detalhes dessas alterações, incluindo a tabela de critérios antiga e a atualizada no vídeo acima.

Novo critério de entrada: FAN

Atualmente, o critério de entrada definido é o FAN. O paciente que possui FAN < 1:80 não deve ser diagnosticado com lúpus. Com FAN ≥ 1:80, pode-se considerar a presença de Lúpus a partir da análise de critérios aditivos.

Os critérios aditivos devem ser considerados com cautela, pois não são válidos se houver outra explicação mais plausível.

Outros detalhes importantes referentes aos critérios aditivos são:

  • eles não precisam ocorrer simultaneamente;
  • pelo menos um dos critérios clínicos devem ter pontuação ≥ 10;
  • dentro de cada domínio, apenas o critério de maior peso deve ser contado.

Mas fique atento: a EULAR define que esse novo critério, o FAN, deve ser usado apenas para fins de estudo, e que na prática clínica, ainda pode haver casos de lúpus que não fecham critério a partir desse score. Ou seja, ainda que sejam minoria, é possível encontrar pacientes com lúpus que apresentem FAN negativo.

Prepare-se para as provas de residência médica!

Curtiu saber mais sobre a atualização em lúpus? Saiba que no vídeo da professora Ana há muitas outras informações importantes, incluindo a forma como esse tema costuma ser cobrado nas provas de residência médica.

E calma aí porque ainda tem mais! Você ainda pode aproveitar os nossos Medway Radar para turbinar a sua preparação. Não esqueça que a reta final está chegando e, a essa altura, toda ajuda é bem-vinda.

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Até a proxima!

MicaelHamra

Micael Hamra

Nascido em 1991, médico desde 2015, formado pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA) e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) finalizada em 2018. "Nunca quis seguir o fluxo. Sempre acreditei que existe uma fórmula do sucesso para cada um de nós. Se puder conquistar sua mente, poderá conquistar o mundo." Siga no Instagram: @mica.medway