Bolus de emergência: e se não tiver bomba de infusão?

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Fala, pessoal! Tudo bem com vocês? Esperamos que sim! Neste post, vamos falar sobre a bomba de infusão, e mais especificamente, sobre o que fazer quando ela estiver em falta durante um atendimento. 

Sabemos que a realidade na maioria dos serviços do país é essa: poucos recursos e alta demanda. Por isso, temos que aprender a fazer o máximo com o mínimo existente.

Foi pensando nisso que nós aqui da Medway criamos a nossa série “Bolus de Emergência” no nosso canal do YouTube. No episódio 3 da série, o nosso queridíssimo professor do PS Anuar Saleh ensinou o que fazer caso não tenha bomba de infusão. Então, se quiser conferir o conteúdo completo, não perca tempo e dê o play!

Para que serve a bomba de infusão? 

Voltando ao assunto, a bomba de infusão é um aparelho que auxilia na prática hospitalar. Ela nada mais é do que uma ferramenta que libera o medicamento a uma velocidade determinada pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento. 

Essa bomba libera uma quantidade de ml por minuto, garantindo que o paciente receba de forma segura a dosagem correta do medicamento. 

O que fazer se não tiver bomba de infusão? 

Mas imagine o seguinte cenário: paciente previamente hipertenso, de 67 anos de idade. Internado devido a tosse produtiva e dispneia, evoluiu com hipotensão refratária à primeira alíquota de cristalóide. Você opta por iniciar DVA, mas a enfermagem já avisa: estamos sem bomba de infusão! 

Como sabemos, o paciente em choque séptico precisa de droga vasoativa para reverter a fisiopatia do choque. Mas o que fazer quando não se tem essa bomba? Calma, nem tudo está perdido. 

Uma alternativa nesse tipo de caso é utilizar o equipo de microgotas. Esse é um aparelho que serve para dar uma estimativa parecida com a vazão da bomba. Se liga só: a vazão da bomba é igual a microgotas por minuto, logo, se você colocar a vazão da bomba 30ml/hora, por exemplo, deve colocar 30 microgotas por minuto. 

Vale ressaltar que esse aparelho não possui nenhum painel, o que significa que é você que vai ter que contar as microgotas. Lembrando que essa é uma medida que vai servir para te auxiliar, estando longe de ser a ferramenta ideal nesses casos. 

Mas vamos mais fundo nessa história: e se não tiver um equipo de microgotas? Ainda temos outra solução. Aqui, é importante lembrar que cada gota equivale a 3 microgotas. Então, se colocar a vazão da bomba 30 ml/por hora, por exemplo, você terá que colocar 30 microgotas por minuto, o que será igual a 10 gotas por minuto. 

Aqui a gente reforça que todos os cenários citados acima não são ideais, uma vez que é fundamental ter todas as ferramentas e instrumentos necessários para garantir um melhor atendimento. 

E aí, já conhecia essa outra alternativa? 

Agora você já sabe o que fazer quando não tiver a bomba de infusão. Ah, e não vai se esquecer, hein? Se você quer ficar 100% preparado para atender na emergência, acesse a página do PSMedway, nosso curso completo de Pronto Socorro. Por lá, você vai aprender as principais abordagens de urgência, emergência e demandas de porta. 

O PSMedway, além de abordar as principais síndromes e patologias atendidas no departamento de emergência; eletrocardiograma; intubação orotraqueal e ventilação mecânica, também aborda as Soft Skills e os cuidados paliativos, que nenhum outro curso por aí te ensina.

É isso, meu povo! Forte abraço e vamos juntos pro único lugar possível: pra cima!

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AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor