Apesar da complexidade, não encare o PESI como mais um escore que deve ser decorado, mas uma ferramenta que ajuda no dia a dia médico e nas questões de Clínica Cirúrgica, que costumam dificultar o nível da prova de residência médica.
Para você acertar essas perguntas e sair na frente da concorrência, vamos ajudar com dicas que facilitam o cálculo. Lembre-se de se atentar aos detalhes para ter um diagnóstico preciso e um tratamento adequado tanto para os enunciados quanto para os pacientes da vida real.
Você se lembra do TEP? Se não, deveria! O tromboembolismo pulmonar é um dos muitos diagnósticos vistos na prática médica, principalmente em pacientes em pós-operatório ortopédico ou acamadas, visitados no primeiro ano da faculdade, junto da agente comunitária de saúde na visita domiciliar.
Essa doença prevalente tem amplo espectro de apresentação clínica, variando desde pacientes assintomáticos, como um achado incidental de tomografia computadorizada, até pacientes com quadros graves, com instabilidade hemodinâmica e morte súbita.
Algumas ferramentas auxiliam na estratificação do risco da ocorrência de desfechos desfavoráveis durante a evolução clínica da doença. O PESI (Pulmonary Embolism Severity Index) é uma delas.
Ele foi desenvolvido a partir de um estudo de coorte retrospectivo, de um banco de dados dos EUA, no qual foram avaliados mais de 15 mil pacientes que receberam alta hospitalar com o diagnóstico de TEP. O objetivo foi de estratificar o risco de morte após a identificação do TEP, baseado em parâmetros clínicos objetivos, para auxiliar o direcionamento do tratamento dos pacientes.
O estudo já havia sido validado em diversos países europeus. Em 2019, foi corroborado no Brasil, em um estudo desenvolvido pela USP-RP, cujos resultados ratificam os anteriores obtidos nos EUA, fazendo com que o escore possa ser amplamente usado pelos profissionais em território brasileiro.
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Para calcular o PESI, você deve utilizar variáveis, como a idade do paciente somada aos pontos atribuídos a dez variáveis adicionais:
A pontuação total categoriza o paciente de acordo com o aumento do risco de mortalidade. Pacientes com classe I e II têm baixo risco de morte, em comparação com as classes III a V, que apresentam alto risco.
A principal limitação do PESI é a dificuldade de aplicação em um ambiente clínico movimentado, pois muitas variáveis devem ser consideradas com pesos próprios.
O sPESI (PESI Simplificado) também pode ser utilizado para ter uma precisão prognóstica semelhante ao escore tradicional. Ele atribui um ponto para cada variável: idade > 80 anos, história de câncer, insuficiência cardíaca ou DPOC, FC ≥ 110 bpm, PAS < 100 mmHg e SatO2 < 90%. Uma pontuação 0 indica baixo risco de mortalidade, enquanto a partir de 1 indica alto risco.
O escore PESI tem alto valor preditivo negativo, porém um baixo valor preditivo positivo. Isso significa que ele não identifica adequadamente pacientes com risco alto entre aqueles normotensos, que necessitam de monitorização intensiva e, eventualmente, tratamentos mais agressivos.
Com isso, outros escores foram e estão sendo estudados com o passar dos anos para aprimorar ainda mais o diagnóstico e o tratamento de TEP. O uso de escores são sempre bem-vindos, mas devem servir apenas para complementar hipóteses diagnósticas baseadas na clínica e na história da doença de cada paciente, de maneira individualizada.
O PESI é uma carta na manga quando o diagnóstico de TEP não está tão evidente, de preferência em uma enfermaria de hospital universitário, fugindo da agitação de um pronto-socorro, por exemplo, onde o paciente não terá o tempo necessário para o cálculo e a avaliação minuciosa do escore para receber o tratamento.
Essas ferramentas são utilizadas para aumentar as possibilidades de intervenção nos pacientes e melhorar os prognósticos. Se elas caírem na prova, por que não garantir mais um pontinho? No final, isso pode fazer uma grande diferença e o aproximar da tão sonhada vaga.
Agora, você já sabe como utilizar o PESI e pode conferir mais detalhes sobre a estratificação de risco no paciente com embolia pulmonar no nosso canal no YouTube.
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*Colaboração: Lucas Di Grazia Zanfelice, aluno de Medicina da FACISB
Nascido em 1993, em Maringá, se formou em Medicina pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital Israelita Albert Einstein.
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