Fala, pessoal! Hoje vamos falar de algo amplamente utilizado na prática médica: o cateter venoso de longa permanência. Pacientes com necessidade de acesso venoso por período prolongado ou definitivo em situações como hemodiálise, hemoterapia, quimioterapia e nutrição parenteral prolongada necessitam do cateter venoso de longa permanência. Vamos abordar, aqui, os principais pontos sobre esse assunto.
E aí, bora lá?
Os dispositivos de acesso venoso são classificados, geralmente, com base na:
Os cateteres de longa permanência são produzidos em silicone ou poliuretano, constituídos de lúmen único ou múltiplo, podendo ser semi ou totalmente implantáveis.
O nome vem de ICCs, do inglês peripherally inserted central catheters.
PICC é uma excelente opção em casos quando o acesso central for necessário por maior tempo ou o paciente necessita de cuidados domiciliares.
Os cateteres semi-implantáveis de alto fluxo, como o permcath, são indicados em pessoas que necessitam de hemodiálise por período mais prolongado
Cateteres totalmente implantáveis são indicados quando a o paciente necessita de acesso venoso frequente, uso de fármacos vesicantes ou inadequação do sistema venoso periférico.
A utilização dos cateteres totalmente implantáveis é quase que exclusiva para o tratamento quimioterápico de pacientes oncológicos.
Como o cateter venoso de longa permanência é inserido via central, não há necessidade de troca rotineira, mas deve ser retirado assim que sua indicação estiver resolvida. Além disso, em casos de mau funcionamento, deve-se proceder à troca utilizando-se fio-guia no mesmo acesso e, principalmente, nos casos de suspeita de infecção, o cateter deve ser trocado de sítio.
A técnica de acesso irá depender do vaso selecionado. Em geral, veias superficiais (jugular externa, cefálica, basílica e safena) são acessadas por dissecção, enquanto as profundas (jugular interna, subclávia e femoral) são abordadas por punção.
A técnica de Seldinger é a mais utilizada na passagem de cateteres venosos independentemente da via escolhida, mas isso é assunto para outro post.
A infecção é a complicação mais grave associada aos cateteres. De uma forma geral, ela ocorre em cerca de 19% dos pacientes em uso desse dispositivo e o tratamento irá depender do microrganismo presente, do cateter, dos sintomas sistêmicos e do tipo de infecção, como, por exemplo: infecção de corrente sanguínea e infecção de loja.
Podemos destacar outras complicações, como:
Viram só quanta utilidade para um cateter? O cateter de longa permanência faz parte da rotina diária do hospital e coloca o paciente em risco imediato por complicações agudas a eles relacionadas e sob risco de complicações a médio prazo. Por isso, a importância do domínio sobre o assunto.
É isso, pessoal! Esperamos que tudo tenha ficado claro e que você tenha compreendido o conteúdo!
Ah, e pra quem quer acumular mais conhecimento ainda sobre a área, o PSMedway, nosso curso de Medicina de Emergência, pode ser uma boa opção. Lá, vamos te mostrar exatamente como é a atuação médica dentro da Sala de Emergência, então, não perca tempo!
E pra finalizar, temos uma dica de ouro pra te dar: se você quer dominar a base da analgesia e sedação e se sentir seguro para prescrever um plano de analgesia otimizado e individualizado, sugiro fazer o nosso Curso de Analgesia e Sedação: do PS à UTI.
Ele é oferecido de forma gratuita e você ainda recebe um certificado de conclusão! Nele, vamos ensinar a base de que você precisa para entender como e por que prescrever determinadas drogas.
Tudo isso por meio de aulas com uma abordagem direta, simples e sem enrolação. Ah, e você ainda ganha acesso a apostilas, questões de revisão e muito mais. Vai ficar de fora dessa? Então, corra e aproveite todos os benefícios!
“Cateteres venosos totalmente implantáveis: histórico, técnica de implante e complicações”, por Antonio Eduardo Zerati, Nelson Wolosker, Nelson de Luccia e Pedro Puech-Leão
“Infecções em cateteres venosos centrais de longa permanência: revisão da literatura”, por Milton Alves das Neves Junior, Rafael Couto Melo, Adenauer Marinho de Oliveira Goes Junior, Tatiana Rocha Protta, Catarina Coelho de Almeida, Allison Roxo Fernandes, Alexandre Petnys e Edgar Raboni.
“Central venous access devices and approach to device and site selection in adults”, por Vineet Chopra, MD, MSc.
ANESTESIOLOGIA E MEDICINA INTENSIVA AUTORES: AMARAL, JOSE LUIZ GOMES DO | YAMASHITA, AMERICO MASSAFUNI | GERETTO, PEDRO | TARDELLI, MARIA ANGELA | MACHADO, FLAVIA RIBEIRO EDITORA: MANOLE
Formação em Medicina na Universidade Nove de Julho pelo FIES. Pesquisa no Instituto do Coração de São Paulo da Faculdade de Medicina da USP.