Classificação de Mallampati: preditor de via aérea difícil

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Via aérea é sempre um assunto desesperador para a maioria dos residentes e dos médicos. Em grande parte, isso se deve à falta de vivência durante a graduação. Esse assunto é quase inesgotável e, obviamente, precisa ser subdividido em diversos tópicos. Um deles é a classificação de Mallampati.

Existem diversos preditores de via aérea difícil que alertam sobre a probabilidade de dor de cabeça no setor de emergência ao garantir e manter uma via aérea adequada. Entre eles, há duas classificações bem difundidas: o teste de Mallampati e o de Cormack-Lehane. 

No texto de hoje, vamos focar na classificação de Mallampati. Você vai aprender como ela pode ser utilizada no dia a dia médico e, principalmente, realizar uma avaliação pré-anestésica da forma ideal.

Como classificar e para que serve?

Na escala de Mallampati, ao estabelecer uma via aérea, todo médico quer tranquilidade. Existem alguns preditores de dificuldade para uma boa laringoscopia, sendo eles:

  • intubação difícil prévia;
  • distância tireomentoniana < 6 cm;
  • distância de interincisivos < 4 cm;
  • distância esternomentoniana < 12 cm;
  • extensão reduzida de cabeça/pescoço < 30 graus;
  • classificação de Mallampati 3 ou 4;
  • classificação de Cormack-Lehane 3 ou 4;
  • protrusão mandibular;
  • circunferência grande do pescoço.

A avaliação do paciente pré-intubação fornece muitas informações. Porém, afinal, o que é Mallampati? Essa classificação de oroscopia se divide em quatro, de acordo com as estruturas visualizadas:

  • classe I: palato mole, fauce, úvula e pilares amigdalianos visíveis;
  • classe II: palato mole, fauce e úvula visível;
  • classe III: palato mole e base da úvula visível;
  • classe IV: palato mole totalmente não visível.

Classificação de mallampati

Como interpretar a classificação de Mallampati?

Variando de I a IV, a classificação de Mallampati relaciona a quantidade de abertura da boca ao tamanho da língua e fornece uma estimativa do espaço para intubação oral por laringoscopia direta. Em geral, a classe I ou II de Mallampati prediz laringoscopia fácil. A classe III prediz dificuldade. A classe IV prediz dificuldade extrema.

Na vigência de Mallampati 3 ou 4, o preditor de intubação orotraqueal é difícil, de modo que ferramentas como o videolaringoscópio ou o bougie podem ser facilitadores para garantir uma via aérea adequada.

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Sobre a classificação de Mallampati

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MatheusCarvalho Silva

Matheus Carvalho Silva

Matheus Carvalho Silva, nascido em 1993, em Coronel Fabriciano (MG), se formou em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Residência em Cirurgia Geral na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM).