A colecistite aguda e os principais sintomas da condição compõem um tema muito frequente em cirurgia, um dos casos que mais aparecem quando o assunto é o plantão de pronto-socorro.
Por ter essa importância toda, preparamos este artigo com as definições, os sintomas e outras informações importantes da doença. Continue a leitura para compreender mais sobre essa condição e estar apto para realizar um manejo adequado.
Em primeiro lugar, vamos fragmentar a palavra para ter a definição propriamente dita: “cole” vem do grego (khole), que significa bile; “cist” indica o ducto cístico; por fim, “ite” denuncia uma inflamação.
Afinal, o que é colecistite aguda? Podemos afirmar que a colecistite aguda é uma inflamação da vesícula biliar, secundária a um cálculo, geralmente associada a uma infecção.
Litíase refere-se a um cálculo. Logo, a colelitíase nada mais é que a presença de um cálculo biliar. Independentemente do local, se existe cálculo biliar, o quatro é considerado uma colelitíase. Mesmo parecendo simples, saiba que é justamente esse “cálculo” que fica preso no meio do ducto cístico e causa essa complicação.
Do que o paciente se queixa? Quais são os principais sintomas que ele relata? Os principais sintomas de colecistite aguda, presentes em 70% dos pacientes, são:
Agora que já falamos da definição da doença e dos principais sintomas, podemos entrar mais a fundo nas complicações da colecistite. Existe uma série de outros acometimentos de vias biliares que vale a pena conhecer, principalmente para fins de diagnóstico diferencial e complementação radiológica.
Dependendo do local onde o problema (cálculo) se localiza, os termos e as variedades clínicas se alteram. A mais comum das litíases é a colecistolitíase, ou seja, cálculo biliar no ducto cístico.
Como o cálculo está praticamente na “origem” anatômica, pode servir de fonte para acometimentos de outras regiões conforme vai se deslocando nas vias biliares do paciente.
Caso o cálculo se desloque para o ducto hepatocolédoco, trata-se de uma coledocolitíase. Se o quadro promover uma obstrução, o paciente se queixa de sintomas de colestase (o cálculo “entope” a descida da bile, e isso é um prato cheio para a instalação de infecções).
Outro ponto de impactação na colecistite aguda é o fígado: se a litíase migrar para o sistema hepático, o termo correto é hepatolitíase, que pode obstruir as vias biliares, gerar sintomas de colestase e potencialmente infecções.
Na síndrome de Mirizzi, há uma colelitíase considerável na vesícula, grande o suficiente para fazer uma reação de “acotovelamento” do ducto hepatocolédoco (empurrando o ducto), podendo causar fístula, destruição do colédoco e colestase.
Em casos de íleo biliar, um grande cálculo na vesícula gera ulceração e uma fístula colecistoduodenal. Como consequência, o cisto migra para o duodeno e gera efeito “bola de neve” até chegar ao íleo, onde pode causar uma obstrução.
Afinal, qual é a diferença entre colangite e colecistite? A colangite é uma inflamação e infecção das vias biliares devido a uma obstrução do ducto biliar, promovendo translocação de bactérias do duodeno até o ducto colédoco.
O que a diferencia da colecistite aguda? Basicamente, a obstrução e a inflamação na colecistite ocorre no ducto cístico, afetando a vesícula biliar. Na colangite, as obstruções ocorrem nas vias biliares em geral, geralmente devido a um cálculo, mas podendo ter outras causas.
Para todo raciocínio na Medicina, é necessária uma base, e é isso que construímos juntos hoje sobre a definição de colecistite aguda e os principais sintomas! Que tal dar uma olhada no nosso Guia de Prescrições? Assim, você vai estar preparado para atuar em qualquer sala de emergência.
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Nascido em 1993, em Maringá, se formou em Medicina pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital Israelita Albert Einstein.