Se você tomou a decisão de se especializar em Clínica Médica, é importante decidir em qual instituição se candidatar. A residência em Clínica Médica na Unicamp é uma das melhores do Brasil, então vale a pena cogitar essa opção.
Com duração de dois anos, a residência acontece no Hospital de Clínicas da Unicamp. O residente é supervisionado por profissionais renomados, participando de reuniões, aulas e pesquisas para endossar os conhecimentos. A carga horária se divide entre teoria e prática, durante 2.800 horas totais.
O processo seletivo de residência em Clínica Médica na Unicamp é um dos mais concorridos do país. Afinal, a Faculdade de Ciências Médicas da instituição é referência nacional e internacional, pois atende a diferentes demandas e preza sempre pelo uso de tecnologia de última geração nos procedimentos.
Para ajudar a tomar uma decisão, contamos com os depoimentos de dois residentes da instituição, o Fernando, que faz R3 em Clínica Médica na Unicamp, e o Nordman Wall, clínico médico formado pela instituição. Confira os detalhes da residência em Clínica Médica na Unicamp abaixo.
De todos os estágios na residência em Clínica Médica, Fernando destaca Infectologia, EGA (Enfermaria Geral de Adultos), pronto-socorro e enfermaria do Hospital Estadual de Sumaré. O residente diz que, apesar dos desafios, os estágios o auxiliaram a ter mais autonomia.
Para Nordman, os principais destaques são os estágios de EGA, pronto-socorro e retaguarda. No EGA, os residentes rodam três meses consecutivos no R1 e um mês no R2. É um ambiente de pacientes em estado de investigação diagnóstica e cuidado clínico complexo devido à quantidade de comorbidades envolvidas.
Nos estágios de PS e retaguarda, os residentes aprendem a lidar com os pacientes graves, tanto nos cenários de emergência, quanto de terapia intensiva. Na Unicamp, os residentes não rodam na porta do pronto atendimento, ficando responsáveis pelos leitos de internação do PS e da sala de emergência.
São estágios que tornam os residentes muito mais próximos dos pacientes e dos familiares, servindo como aprendizado não apenas do conteúdo de terapia intensiva, mas de toda a parte humana envolvida, além de ser um dos meses mais legais para a relação entre R1 e R2.
Durante a residência de Clínica Médica, há um mês destinado para estágio eletivo no segundo ano. É possível realizá-lo basicamente em qualquer setor do hospital, pois as demais especialidades são muito abertas para os residentes de clínica.
Também há a possibilidade de estagiar no exterior, embora isso tenha diminuído um pouco devido à pandemia. Entretanto, os professores e os assistentes possuem contatos em universidades de Portugal, referências em Cuidados Paliativos e Medicina Interna, conhecidas por muitos residentes.
Essa residência médica da Unicamp conta com dois anos de duração, como os demais programas. O primeiro ano é constituído de quatro blocos, um para cada trimestre. Há um bloco de emergência, no qual os residentes passam um mês no PS, um mês na retaguarda e um mês de férias.
Outro bloco é reservado apenas para três meses de ambulatórios. Os residentes passam por especialidades como Endocrinologia, Reumatologia, Oncologia, Psiquiatria, Dermatologia, Imunologia, Geriatria, Neurologia e Infectologia, com ambulatórios diversos e oportunidade de conhecer e discutir os temas mais prevalentes de cada área.
Também há um trimestre voltado para especialidades específicas, como Cardiologia, Hematologia e Hemoterapia, Medicina da Família e Comunidade. Por último, os residentes passam por um trimestre em EGA, no qual é possível aproveitar a horizontalidade do cuidado e os ambulatórios de Clínica Médica geral.
O segundo ano de residência médica é dividido em três diferentes blocos. Em um, os residentes atuam no Hospital Estadual de Sumaré, um estágio de hospital secundário, em que ganham mais autonomia para as condutas.
O segundo bloco é destinado às especialidades, em que os residentes atuam em Pneumologia, Gastrologia, Nefrologia (serviço de agudos e ambulatórios), retaguarda e enfermaria de Infectologia. Por fim, há um bloco constituído por pronto-socorro, no qual o R2 é responsável pela sala de emergência e pela UTI clínica.
A respeito da carga horária dos plantões, em média, os residentes acreditam que realizam cerca de 45 plantões (média de 70 horas) em cada ano de residência. No entanto, para não sobrecarregar os alunos, as escalas são organizadas de forma a poupar os meses de pronto-socorro e UTI.
Em condições pré-pandêmicas, as cargas máximas eram de 52 a 54 plantões de 12 horas no R1 e de 48 a 50 plantões no R2. Com a necessidade de mais residentes cobrindo as áreas críticas do hospital, esse número passou de 60 plantões no total de cada ano.
Durante a residência, são realizadas aulas teóricas de diversos temas para todos os residentes. Em geral, cada estágio tenta realizar uma programação mínima de discussão de artigos ou aulas (alguns com maior foco, outros com menos).
A respeito da parte acadêmica, a instituição tem grande enfoque em pesquisa, com muitas linhas e professores interessados em orientar. Além disso, de maneira geral, todas as condutas nos diversos setores têm o enfoque da Medicina baseada em evidências.
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Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando
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