Como é a residência em Dermatologia na Unicamp?

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Já pensou em se especializar na área da Medicina que mais cresce nos últimos anos e, de quebra, ir para uma das melhores instituições do país? Esse é o destino de quem faz residência em Dermatologia na Unicamp

Com 57 anos de existência, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) estabeleceu-se como referência internacional, indicando candidatos concorrentes ao Prêmio Nobel de Medicina por duas vezes! Anualmente, atrai centenas de candidatos às vagas oferecidas nos 79 programas de residência médica. 

Hoje, é a vez de ficar sabendo tudo sobre a área de Dermatologia da instituição, que chama atenção pela tradição e pela excelência no ensino, além da ótima aceitação no mercado.

Essa especialidade tem acesso direto, com duração de três anos e muitos caminhos a serem seguidos. O médico dermatologista pode ampliar os conhecimentos ampliados com cursos complementares e de extensão, tais como Dermatologia Clínica, Dermatologia Cirúrgica e Dermatologia Cosmiátrica. 

Esse último costuma ter bastante procura entre os médicos, que estudam e praticam essa área do conhecimento durante a residência, mas buscam esse tipo de complementação para aprimorar técnicas e conhecer tecnologias modernas, que surgem a cada dia.

Se você chegou até aqui, está interessado em conhecer a rotina, os estágios e as experiências proporcionadas por esse programa. Contamos com a ajuda da Natalia S. e da Nathalia I., R3 na residência em Dermatologia na Unicamp. 

Como é a residência em Dermatologia?

De acordo com Natalia S., o primeiro ano possui diversos estágios em Clínica Médica e alguns em Dermatologia, além da atuação em ambulatórios e atendimentos na Unidade Básica de Saúde. Entre os ciclos, estão: ambulatório de Endocrinologia, Reumatologia, Hematologia, Infectologia, pronto-socorro, enfermaria de Clínica, retaguarda (semi-intensiva) e de Infectologia. 

“Durante o R2, atendemos a diversos ambulatórios da Dermatologia (psoríase, biológicos, hidradenite, doenças inflamatórias, hanseníase, acne, tumores de pele não melanoma, pediatria, alergias, discromias, estomatologia, linfomas cutâneos, cirurgia dermatológica, criocirurgia, interconsulta). Somos responsáveis pelos pacientes internados na enfermaria de Dermatologia, onde possuímos quatro leitos de internação”, conta a residente.

No último ano, os médicos atendem a alguns ambulatórios em conjunto com os R2 (biológicos, hanseníase, pediatria, linfomas cutâneos, cirurgia dermatológica, criocirurgia) e outros mais específicos (doenças bolhosas, triagem, colagenoses, melanomas, mapeamento de nevos com FotoFinder, Dermatopatologia e Cosmiatria).

A residente ainda destaca o estágio em cirurgia como o melhor. Ela conta que durante o R2 e o R3, há a realização de procedimentos simples, como correção de lóbulo da orelha e exérese de lesões complexas de pele, participando inclusive da cirurgia micrográfica de Mohs. 

“Essa cirurgia consiste na retirada do tumor da pele e na congelação da peça para análise das margens no intraoperatório, o que resulta em uma menor cicatriz final em relação à cirurgia convencional. Poucos serviços no estado de São Paulo realizam esta técnica, o que eu considero um grande diferencial na Unicamp”, explica.

O estágio em interconsulta também pode ser destacado, pois há o contato com muitos casos raros, didáticos e interessantes, desde doenças infecciosas, inflamatórias, neoplásicas e paraneoplásicas até atendimentos em um hospital de referência. Nele, os residentes respondem às avaliações solicitadas por outras especialidades do hospital, de pacientes internados ou ambulatoriais. 

Outros estágios obrigatórios

Nathalia I. conta que a residência em Dermatologia na Unicamp possui estágios muito diferentes. No R1, ela diz que o de Infectologia possui casos interessantes de doenças tropicais, que desafiam as hipóteses diagnósticas. No R2, em Cirurgia Dermatológica, os residentes aprendem do básico ao avançado, como incisão, sutura, reconstrução por enxerto e retalho. 

“No R3, o estágio de Histologia é maravilhoso. Não só aprendemos a decifrar um laudo de estudo anatomopatológico, como também somos capacitados a identificar as diferentes entidades dermatológicas ao estudarmos as lâminas provenientes das biópsias”, conta.

Estágios eletivos

A residência médica na Unicamp também oferece estágios eletivos, chamados  optativos, com duração de um mês no R3. Essa é a oportunidade de estudar um serviço de escolha própria em uma instituição no exterior. Os principais locais que acolhem os estudantes são: Portugal (Coimbra, Porto e Lisboa) e Estados Unidos.

Carga horária

Segundo Nathalia I., a residência de Dermatologia respeita o limite de 60 horas semanais. No R1, há plantões semanais (totalizando mais de 50 ao ano) e pós-plantões para descanso após as noites de trabalho. No R2, os plantões são diurnos e aos finais de semana no estágio de enfermaria. 

Atividades teóricas e acadêmicas

As residentes contam que, durante o R2 e o R3, participam de reuniões anatomoclínica, em que discutem casos desafiadores, reuniões semanais, aulas teóricas, seminários com preceptores sobre temas relevantes para a especialidade, discussões de lâminas na Dermatopatologia e artigos.

“Além disso, somos incentivados constantemente a estarmos atualizados em relação aos novos artigos publicados, publicar e irmos aos principais congressos brasileiros de Dermatologia ao longo do ano”, conta Nathalia I.

Nesse processo, os residentes contam com o suporte de médicos assistentes na escolha dos casos e na correção dos trabalhos. Durante esse período, além de cursar a residência em Dermatologia na Unicamp, os alunos podem fazer o mestrado e finalizar os dois ao mesmo tempo.

Quais são os pontos fortes da residência?

“O principal ponto forte da Unicamp é o grande volume de pacientes que atendemos na área clínica ou cirúrgica, sendo possível aprender muito com a prática tanto em atendimentos quanto na realização de procedimentos”, conta Natalia S.

Ela diz que docentes, colaboradores e assistentes são extremamente didáticos e valorizam a “checagem”, discussão de todos os casos em conjunto com todos os alunos e residentes, possibilitando a visualização dos pacientes por toda a equipe. 

Nathalia I. destaca a parte acadêmica da residência médica em Dermatologia, pois os preceptores são grandes pesquisadores que inspiram a participar da comunidade científica. 

“Além disso, a proximidade com cada um dos chefes fortalece, pois nos sentimos protegidos para sempre irmos além. Isso inclui a proximidade com o Departamento de Patologia, fazendo com que a formação em Histologia Dermatológica seja muito valorizada. Saímos para a vida com segurança para entender laudos de estudos anatomopatológicos sem dificuldades”, completa.

Fora esses benefícios, durante a residência em Dermatologia na Unicamp, os residentes possuem um auxílio-moradia junto do valor da bolsa mensalmente e das refeições gratuitas. Almoço e jantar são oferecidos no “bandejão”, restaurante que fica no hospital.

Prepare-se para a residência médica na Unicamp

A residência em Dermatologia na Unicamp é uma das mais concorridas, por isso, prepare-se com muita dedicação! Como o nosso Extensivo São Paulo, você direciona seus estudos para as principais temáticas da prova e melhora seu desempenho, tendo mais chances de alcançar a sonhada aprovação. Aproveite e matricule-se!

AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor