Se você ainda está em dúvidas sobre qual especialização escolher, vem com a gente saber mais sobre a residência em Medicina da Família na USP (Universidade de São Paulo), que conta com o maior complexo hospitalar da América Latina.
A residência em Medicina da Família na USP tem duração de 2 anos e acesso direto. Hoje, essa especialidade abarca 13% do total das vagas de residência em instituições de todo o país.
O médico especialista em Medicina da Família e Comunidade tem um papel social fundamental: atende homens e mulheres de todas as faixas etárias, contínua e permanentemente, de modo a atuar na prevenção, na cura e na reabilitação das pessoas.
Espírito de equipe e foco são requeridos para o médico de Família e Comunidade, que atua, efetivamente, na organização política e social de uma comunidade, por meio de desenvolvimento, planejamento, execução e avaliação de programas integrais de saúde e diversos outros procedimentos.
Para você saber como é a residência em Medicina da Família na USP e ter mais segurança na hora de escolher, conversamos com o Henrique, residente do segundo ano nessa especialidade.
Os principais setores de atuação na residência em Medicina da Família na USP são: Clínica-HU, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Saúde Mental. Os estágios menores são em: Dermatologia, ECG, Infectologia, Gestão e Pequenas Cirurgias.
O residente Henrique afirma que há estágios eletivos em qualquer outra residência de MFC, bem como estágio internacional em países com atenção primária e eletivo em cidades do interior do país, como Santarém/PA.
Para ele, o melhor estágio da residência em Medicina da Família é em saúde mental, pois ocorre um verdadeiro aprofundamento na experiência da doença que o paciente tem, levando em consideração a segurança de medicações psiquiátricas que o estágio transmite.
“Você sabe a hora certa de entrar com medicamentos que, antes, tinha receio. Levando em consideração o contexto próximo e ampliado do paciente, muitas vezes, apenas a própria consulta se encaixa como tratamento por meio da escuta ativa dos problemas que o afligem”, afirma Henrique.
Cada posto de saúde conta com um médico tutor da residência. O residente conta que teve muita sorte de cair em uma unidade de saúde em que o tutor fez parte tanto da história da Medicina da Família e Comunidade da USP quanto da própria UBS (Unidade Básica de Saúde) da instituição.
“Mesmo com muito pouco, a habilidade de gerenciar problemas administrativos e de saúde em um sistema de saúde público complexo foi uma grande inspiração”, diz o residente.
A respeito do foco na parte teórica da residência na USP, os alunos têm aulas todas às quartas-feiras a partir das 17h30. Durante a pandemia, elas aconteciam no formato on-line. Os residentes discutiam casos clínicos ou artigos científicos.
Existem ciclos de aulas às quartas-feiras à tarde e às quintas-feiras pela manhã, para introduzir temas que envolvem a atenção primária, o estudo de prontuário e a Medicina centrada na pessoa. Porém, o maior foco das aulas é o aperfeiçoamento das habilidades comunicativas.
Os pontos fortes da residência médica em Medicina da Família e Comunidade são a boa base teórica e prática, já que a residência prepara muito bem o residente para ser um especialista em consulta.
Cada detalhe da consulta é discutido em determinados períodos da residência e de acordo com a evolução dos residentes, inclusive, com gravação da consulta e discussão depois com os professores.
A residência abre os olhos para os pacientes que moram em situação de rua, sofrem racismo, são vítimas de violência sexual, fazem parte da população trans/LGBTQ+ e são marginalizados.
O último ponto forte é a habilidade de prevenção quaternária, em que diversos exames, medicações e cirurgias são solicitados por médicos com conflitos de interesse e não alteram desfechos para o problema dos pacientes (ex.: PSA), evitando overdiagnosis e overtreatment.
Esperamos que você tenha gostado de saber mais sobre a residência em Medicina da Família na USP, especialmente, se já sabe que quer cursar a especialidade, mas ainda não decidiu em qual instituição.
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Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor
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