Já pensou em fazer residência em Neurocirurgia na Unicamp? Se você tem vocação para essa área e vê a instituição como um bom local para se desenvolver profissionalmente, é hora de saber como é o programa pela ótica de quem já o vivencia na prática, como o Alfredo, R2, e o Lucas, R4.
Boa parte do treinamento do programa ocorre no Departamento de Neurocirurgia do Hospital de Clínicas da Unicamp, onde mais de 32 mil consultas são realizadas todo mês.
Esse ambiente é excelente para pegar muita mão pelo volume de casos durante os 5 anos da residência em Neurocirurgia na Unicamp. Além disso, a respeitada Faculdade de Ciências Médicas (FCM) de lá prepara profissionais em 47 especialidades, em 57 anos de existência.
Curioso para saber como é o processo para se tornar médico neurocirurgião pela instituição? Então, chegou a hora de ver tudo que o Alfredo e o Lucas disseram para tirar suas dúvidas sobre pontos decisivos na escolha da especialização.
Segundo Alfredo, o primeiro ano da residência médica na Unicamp é dividido em diversas práticas. Os nove primeiros meses são praticados na Neurologia Clínica, com dois meses no pronto-socorro, dois na enfermaria, um na Neurologia Infantil e três no PS. Na sequência, há um mês de férias, atuação em laboratório de microcirurgia, UTI e cirurgias eletivas.
No ano seguinte, quatro meses são dedicados ao pronto-socorro e às UTIs, outros quatro em enfermaria e três em laboratório de microcirurgia. Alguns rodízios foram prejudicados pelo cenário da pandemia de COVID-19, alterados pela desistência de uma R igual.
“No R3, vivenciamos seis meses de cirurgia eletiva e cinco meses de Pediatria. No R4, normalmente, temos quatro meses em coluna, quatro meses como auxiliar da coluna e três meses no Hospital Estadual de Sumaré, outro hospital conveniado com a Unicamp. No meu caso, serão seis meses na coluna e cinco meses em Sumaré. Por fim, no R5, praticamos cirurgias eletivas. Nesse ano, nos revezamos como residentes-chefe do serviço”, completa Alfredo.
Lucas também conta que, durante o R4, as cirurgias são mais complexas no Hospital Boldrini e possuem volume maior de procedimentos no Hospital de Sumaré, onde são considerados “R único” do local. O ritmo de cirurgias segue no último ano, como o colega de profissão contou, mas há um diferencial: o estágio eletivo.
“Durante o R5, temos um tempo reservado ao estágio eletivo. A maioria opta por realizá-lo em laboratórios internacionais de microcirurgia porque essa experiência tem um impacto essencial na formação do microcirurgião. O bom relacionamento dos professores do serviço ajuda a conseguirmos vagas em ótimos serviços externos, no Brasil e no exterior”, explica Lucas.
Ao longo da residência em Neurocirurgia na Unicamp, os residentes passam pelos ciclos obrigatórios mencionados anteriormente. Cada um possui estágios favoritos. Para Lucas, o diferencial do programa é o treinamento focado em microcirurgia, que favorece a prática e a formação necessária para essa área.
“Na Unicamp, temos contato com laboratório de microcirurgia todos os anos da residência. Outro diferencial é o Hospital Boldrini, um centro de referência em oncologia pediátrica, no qual temos um volume muito grande de cirurgias”, diz o residente.
Alfredo também destaca os estágios que favorecem maiores práticas cirúrgicas. “No início, temos funções mais burocráticas e de cuidado com o paciente no geral. Aos poucos, começamos a nos responsabilizar pelas cirurgias eletivas. Assim, o melhor estágio da residência acontece, provavelmente, no quinto ano, quando operamos no microscópio nas cirurgias eletivas”, comenta.
Em meio aos rodízios obrigatórios, os futuros neurocirurgiões ainda podem participar de plantões externos. No início da residência, a rotina é mais intensa e não possui tanta flexibilidade, mas segundo os residentes, a partir do R3, torna-se mais tranquilo conciliar e trabalhar fora.
As atividades são supervisionadas por profissionais experientes e que possam agregar ao treinamento e à formação em Neurocirurgia. “Todos os chefes acrescentam muito na formação, principalmente pela versatilidade com que lidam com os casos desafiadores, característicos de um hospital universitário com a complexidade do HC-Unicamp”, conta Lucas.
Além das atividades práticas, a residência em Neurocirurgia na Unicamp possui foco teórico e acadêmico. Segundo Alfredo, às segundas-feiras, os médicos discutem casos do final de semana e possuem aulas sobre temas neurocirúrgicos, ministradas por residentes.
Às terças-feiras, as aulas são sobre acesso transesfenoidal/hipófise pela manhã e coluna à noite. Nas quintas-feiras, a reunião do serviço é alternada entre casos clínicos e aulas ministradas por chefes. Nas sextas-feiras, há a reunião quinzenal com a Endocrinologia (Neuroendócrino).
Durante a semana, eles também possuem leituras de artigos. Isso porque há um incentivo à produção acadêmica pela Unicamp, instituição conhecida como referência na comunidade médica. Lucas conta que a pesquisa é incentivada e cobrada, desde relatos de casos raros até estudos mais complexos.
“Temos a possibilidade de realizar mestrado profissional ou alcançar o doutorado direto. É um caminho pelo qual muitos residentes optam, terminando a residência já com título de mestre ou doutorado em andamento, com programas de impacto como os da Unicamp (alguns programas com conceito 7, o máximo, na CAPES)”, conta.
A grande variedade de casos e a participação ativa em cirurgias durante a residência de Neurocirurgia são ressaltadas por Alfredo. Esses itens são justificados pelo treinamento diário em quase todos os pontos-chave da área e pelo fato de que, desde o início, eles têm a oportunidade de pegar mão dos procedimentos.
“O maior diferencial, para mim, é a residência estar associada à universidade, implicando um ambiente acadêmico/didático que traz volume alto de pacientes complexos. Nosso ponto forte é a microcirurgia. A escola mantém a tradição do Dr. Evandro de Oliveira, chefe da instituição durante muito tempo. Todos saem com muita mão cirúrgica”, diz Lucas.
Outras vantagens do programa de Neurocirurgia em Campinas são as comodidades oferecidas aos residentes. Segundo Alfredo, há bolsa-habitação para quem vem de outras regiões, com valor aproximado de R$ 300. Para todos, é oferecida alimentação (café, almoço e jantar) no restaurante do hospital.
Ainda assim, há pontos a serem melhorados, como a quantidade de salas cirúrgicas. “Somos referência para a população de mais de 40 cidades. Então, o volume é absurdo e, muitas vezes, ficamos com dificuldade de prestar a melhor assistência a todos. Isso é um problema geral, mas piora quando você é o ponto final de referência”, explica Lucas.
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Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor