Residência Neurocirurgia USP: como é a especialização?

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Chegou a hora de você conhecer um dos programas mais procurados por aqueles que gostam de desafios: a residência em Neurocirurgia na USP. Ela oferece um treinamento completo, em um centro hospitalar de alta qualidade, preparando os profissionais para o mercado de trabalho. 

Que a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP-SP) é referência internacional em educação na área da saúde e conta com um dos programas mais buscados de residência médica em SP, não é novidade para ninguém. O que talvez você não saiba é que, para se tornar um neurocirurgião, o percurso é longo e bastante desafiador. 

Apesar de ser uma especialidade de acesso direto, para concluí-la, são necessários cinco anos de estudos. Para quem deseja adquirir ainda mais conhecimento e desenvolver novas habilidades, com mais um ano, é possível cursar alguma subespecialidade da Neurocirurgia e atuar nas subáreas de coluna vertebral, base do crânio e vascular, por exemplo. 

Para apresentar a rotina da residência em Neurocirurgia da USP, convidamos o Vítor, que concluiu essa especialização. A seguir, tiramos suas principais dúvidas sobre o programa em uma das maiores instituições do país!

Como é a residência na USP?

Cada ano da residência médica em Neurocirurgia é dividido em estágios obrigatórios, que preparam o estudante para as diversas subespecialidades. “No R1, foram oito meses com a Neurologia Clínica, além de estágios de neurovascular, emergências neurológicas, enfermarias e ambulatórios, três meses em emergências neurocirúrgica e UTI com pacientes neurocirúrgicos”, explica Vítor.

Segundo o médico neurocirurgião, no R2, o treinamento passa por cuidados pré e pós-operatórios de pacientes neurocirúrgicos e complicações clínicas, além de procedimentos básicos iniciais da Neurocirurgia.

No ciclo seguinte, o foco são as etapas iniciais dos procedimentos de maior complexidade da área, avaliação de interconsultas e discussão de casos operados e artigos semanais.

“Finalmente, no R4 e no R5, houve aumento progressivo de participação em tempos cirúrgicos principais de maior complexidade e discussão dos casos e das condutas de internados e ambulatoriais diretamente com assistentes e chefes de grupo”, completa Vítor.

Atividades práticas e teóricas

Os estágios da residência em Neurocirurgia da USP mencionados anteriormente são obrigatórios. A organização acontece de forma gradual para os alunos terem conhecimento de casos de diferentes complexidades e atenderem em múltiplos ambientes, como enfermarias e ambulatórios. 

Durante os treinamentos, os residentes são acompanhados por médicos experientes, que orientam os procedimentos realizados e as melhores condutas no dia a dia. Nos ciclos mais avançados, os estudantes têm maior independência nos atendimentos. 

Fora os estágios obrigatórios, cujos favoritos de Vítor são em Neuro-oncologia e Neurocirurgia Vascular, há os eletivos. Durante o R5, a instituição abre a seleção de períodos optativos de três meses em outras instituições até fora do país. 

Ao longo do programa, o conhecimento é aprendido na teoria. “Nossa rotina de atividade teórica durante a residência é assim: temos um journal club por semana, uma discussão semanal de capítulo de livro, duas reuniões gerais com discussão dos casos operados e internados, além das reuniões individuais de pós-ambulatório de praticamente todos os dez grupos de atuação da neurocirurgia”, comenta Vítor.

Incentivo acadêmico

A USP é uma das maiores referências em estudo e pesquisa na área da saúde, incentivando constantemente a participação dos alunos na comunidade científica por publicações de artigos ou construção de uma carreira acadêmica. “Havia necessidade de publicação ou participação com apresentação em congresso anual. Isso era cobrado pelo professor titular”, diz o neurocirurgião.

Plantões da residência

Como a carga horária deve ser limitada à 60 horas semanais, muitos candidatos à residência em Neurocirurgia da USP ficam em dúvida sobre o tempo livre para os plantões externos. De acordo com Vítor, não é possível pegar esses plantões, e poucos conseguem realizá-los até o final do programa.

Quais são os pontos fortes da residência?

Para Vítor, um dos principais pontos fortes da residência médica na USP é o volume de procedimentos cirúrgicos. “A USP tem o maior volume de Neurocirurgia do país. Além disso, o HC-FMUSP possui todas as subespecialidades da Neurocirurgia”, explica.

O treinamento em cirurgias de baixa a alta complexidade deixa o profissional pronto para atender aos mais diversos casos no dia a dia em segurança. Com essa formação, os médicos podem se inserir no mercado de trabalho nas cidades de origem ou permanecer em São Paulo. 

Apesar dos pontos positivos, Vítor tem sugestões de melhorias ao programa de especialização da instituição. “Eu acho que poderia haver mais disponibilidade de estrutura, com mais leitos e mais salas cirúrgicas para atendimento adequado da demanda de cirurgias”.

No mais, os residentes possuem comodidades que facilitam o dia a dia. Segundo o neurocirurgião, a USP disponibiliza moradia e refeitório. O processo seletivo para a moradia inclui avaliação social de renda pessoal e familiar, local de origem e especialidade do residente. 

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JoanaRezende

Joana Rezende

Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway