Como é a residência em Neurologia na USP-RP?

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Quer conhecer detalhes a respeito da residência em Neurologia na USP-RP? Essa especialidade cuida dos distúrbios estruturais do sistema nervoso e de diversas condições. Ela tem três anos de duração e apresenta uma série de oportunidades e possibilidades.

O que diferencia a residência médica em Neurologia na USP-RP de outras instituições é que ela oferece um ano opcional extra, no qual o R4 pode escolher conhecer mais sobre Neurofisiologia Clínica, epilepsia ou moléstias neuromusculares.

Para contar sobre a experiência da especialização como neurologista, a gente conversou com o Rosemberg Costa, R2, e a Ananda Carolina, que está no terceiro ano de residência em Neurologia na USP-RP. Eles contaram diversos detalhes sobre a especialização para você nunca mais ter dúvidas.

Setores de atuação

Durante o R1, há contato com as áreas de Neurologia, sendo três meses em unidade de AVC, dois meses em CTI, um mês em Cardiologia, um mês em Reumatologia, um mês na unidade de moléstias infecciosas, um mês na emergência de Clínica Médica, dois meses em enfermaria de Clínica Médica e um mês na enfermaria de Neurologia.

Durante o R2, aumenta a carga de ambulatórios (três meses), além de dois meses de enfermaria de Neurologia, dois meses no PS de Neurologia, um mês voltado para sono, um mês para cefaleia, um mês em laboratório de líquor e um mês de estágio no BIP de Neurologia, onde são realizadas interconsultas de todo o complexo do HC.

Carga horária

A carga máxima dos plantões para os residentes da USP de Ribeirão Preto é de 24 horas por semana. Nas escalas, há previsto um descanso pós-plantão noturno, porém nem sempre é possível usufruí-lo devido às intercorrências e às pendências.

Os residentes realizam plantões semanais, em que a duração pode chegar a até 30 horas, dependendo do caso. O pós-plantão ocorre só à tarde, se as atividades forem feitas a tempo.

Foco na parte teórica e acadêmica

Rosemberg afirma que eles poderiam ter mais atividades teóricas na residência médica de Neurologia. Porém, às segundas-feiras, há aulas do curso de neuromuscular. Às terças, há reunião do serviço de Neurovascular. 

Dois dias por semana, eles participam de reuniões de casos clínicos da enfermaria de Neurologia e da unidade de emergência. Durante o R1 da residência em Neurologia na USP-RP, há um dia de aula do curso de exame neurológico e neuroanatomia.

Agora, após a pandemia de COVID-19, os alunos realizam algumas aulas on-line: uma de Neurologia geral, uma de neuromuscular, uma de extrapiramidal (distúrbios do movimento) e uma relacionada à dor. A escola publica bastante e sempre envolve os residentes nos trials. Entretanto, não há muito incentivo para pesquisa durante a residência.

Estágios

Perguntado sobre o estágio de preferência da residência em Neurologia na USP-RP, Rosemberg afirma que o melhor foi na unidade de AVC, mesmo sendo o mais cansativo. Nesse momento, há contato com diversos casos com as mais variadas apresentações de AVC agudo e manejo.

Também é o momento de se deparar com diversas intercorrências clínicas, o que permite desenvolver as mais variadas habilidades, tanto do ponto de vista neurológico quanto de Clínica Médica.

No segundo ano, ele afirma que o estágio no PS de Neurologia é o mais desafiador e enriquecedor para a carreira. Nele, há o primeiro contato do paciente no complexo HC e com as mais diversas apresentações das doenças neurológicas. Assim, é possível desenvolver habilidades propedêuticas, raciocínio diagnóstico, investigação e tratamento.

Para Ananda, o estágio de Vascular é mais estruturado e tem os chefes mais engajados. O residente de Neuro de Ribeirão Preto sai com uma formação quase completa de vascular. São muitas trombólises, trombectomias e discussão de casos de condutas difíceis.

Estágios no exterior

Os residentes afirmam que há dois estágios eletivos, sendo um mês durante o R2 e outro mês durante o R3. Devido ao grande network entre os docentes com serviços internacionais, é bastante factível realizar estágios fora do país.

Pontos de destaque e melhorias da residência

Para Rosemberg, a variedade de casos com a qual os alunos podem ter contato durante a residência de Neurologia é enorme, oferecendo uma boa oportunidade para desenvolver habilidades. Ele cita que há diversos recursos que o Complexo HC dispõe para investigação dos pacientes.

Por outro lado, ele afirma que deveria haver mais atividades teóricas com a participação em conjunto dos diferentes médicos assistentes e docentes das diferentes subáreas da especialidade.

Ele cita que, como o HC é referência para todo o interior de SP, a quantidade de casos chega a ser exorbitante, o que faz, em muitos momentos, executar mais serviços relacionados aos pacientes às custas de redução do tempo para discussão.

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AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor