Como é a residência em Oftalmologia na Unicamp?

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Que tal cursar a residência em Oftalmologia na Unicamp? Vamos falar tudo sobre esse programa que dura três anos e é de acesso direto. Essa é uma das instituições mais renomadas do país e uma das mais procuradas para cursar a especialização no estado de São Paulo!

De fato, a boa fama do serviço não existe à toa. A residência em Oftalmologia na Unicamp foi pioneira em cirurgia ambulatorial de catarata e colocação de lente intraocular. Outro destaque de lá é o atendimento descentralizado de pacientes, que amplia a capacidade de assistência à população mais vulnerável.

Além disso, com 57 anos de tradição, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) tem um programa de residência robusto: são 47 especialidades, 36 áreas de atuação e 6 programas de anos adicionais.

Agora, vamos ao que interessa para quem deseja se formar como médico oftalmologista na Unicamp. Como a residência funciona lá, afinal? Vem saber sobre os estágios, as atividades teóricas, acadêmicas e muito mais a partir da conversa que tivemos com o Ahmad, R2 na instituição, e o Gabriel, formado pela Unicamp.

Setores de atuação

Na residência médica da Unicamp, os residentes atuam no HC e no Hospital Regional de Divinolândia. Eles realizam estágios em: urgência, plástica ocular, externas, glaucoma, estrabismo, visão subnormal, retina, catarata, catarata congênita, uveíte, Neuroftalmologia, transplante de córnea, entre outros.

O R1 começa com aulas teóricas sobre Oftalmologia, chamadas de curso básico. São duas semanas em que a Oftalmologia é apresentada para os novos residentes da Unicamp e de outros lugares que vêm para o curso.

A rotina do serviço, os setores e as burocracias também são apresentados. No primeiro dia, o R1 já começa com os plantões, sempre supervisionados. Cada estágio dura, em média, dois meses.

Sobre cirurgias, o R1 opera pterígio, enucleação e evisceração (retirada do globo ocular). Também faz as captações de córnea no dia a dia, geralmente, em outras cidades, seguindo um protocolo estabelecido pela Central de Captações.

R2

Basicamente, o R2 repete os estágios do R1, com um detalhe: nesse ano, iniciam as cirurgias de catarata, o principal foco de todo o residente de Oftalmologia. Apesar de o R2 repetir os estágios do R1, a visão do estágio e as responsabilidades são diferentes.

R3

O R3 passa pelos mesmos estágios, mas o foco são os procedimentos, principalmente, aqueles realizados a laser. Gabriel cita que, no setor de cirurgias, os residentes conseguem refinar diversas técnicas e habilidades.

Estágios no exterior

Perguntados sobre a possibilidade de realizar estágios no exterior, os residentes afirmam que desconhecem a chance de fazer estágio eletivo fora do país. Entretanto, há a opção de realizar um curso de Oftalmologia nos EUA. Ele dura de três a quatro semanas. Apenas um residente é selecionado por ano para ir.

“Não temos um estágio separado para isso na residência em Oftalmologia na Unicamp, mas, em 2018, fiz um curso de 7 semanas em Harvard por conta de uma oportunidade que surgiu. Em 2019, outro colega foi, e assim teria sido em 2020 se não fosse a pandemia”, afirma Gabriel.

Carga horária

Ahmad afirma que, geralmente, os plantões de Oftalmologia na Unicamp ultrapassam a carga horária de 60 horas semanais, podendo chegar até 76 horas. “Depende muito do dia, é bem variável. Quando estamos no R1, fazemos as captações de córneas em cidades distantes, e o plantonista é o responsável por ir”, diz o residente.

Foco na parte teórica e acadêmica

Ambos residentes elogiam o foco na parte teórica durante a residência médica em Oftalmologia na Unicamp. Às vezes, as aulas diárias de subespecialidades são dadas por professores, outras por residentes. De vez em quando, também ocorrem discussões de casos ou artigos. Como é bastante variado, cada área organiza como acha melhor.

“Gosto muito da parte acadêmica, inclusive fiz mestrado junto da residência (sim, a Unicamp permite isso), o que, para mim, é uma grande vantagem, já que vamos ter que apresentar um TCC”, afirma Gabriel.

Fazer o mestrado na Unicamp possibilita que os residentes deem um passo à frente para realizarem o doutorado na instituição. As áreas de glaucoma e olho seco são as que mais publicam no setor acadêmico.

Pontos de destaque da residência

Ahmad afirma que há muita prática, muitos pacientes e muitos residentes no mesmo espaço, compartilhando conhecimento e muitos casos diferentes. “No começo, a gente sofre: são muitas funções para o R1. Porém, conforme o contato com a especialidade aumenta, as coisas ficam mais fáceis”, diz o residente.

O volume de atendimentos é grande, o que possibilita ver muitos casos e sedimentar o conhecimento. Alguns equipamentos que o setor dispõe são novos e os melhores do mercado, o que ajuda muito a aprender, fazer diagnósticos e pesquisas.

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JoanaRezende

Joana Rezende

Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway