A residência Oftalmologia Unifesp é uma das mais tradicionais e renomadas em São Paulo. Ela tem três anos de duração e oferece quarto ano opcional para a especialização em transplante de córnea.
Os residentes do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina da Unifesp realizam rotina de atividades teóricas e práticas no Hospital São Paulo, o maior hospital universitário do Brasil.
Nele, os estudantes são expostos à mais moderna tecnologia e exigidos constantemente a excelência acadêmica e espírito humanista, no que tange aos cuidados com pacientes e pares, sob supervisão direta do notório corpo docente.
Quer saber mais? Confira tudo sobre a residência em Oftalmologia na Unifesp por meio dos relatos da Julia H e da Júlia C, residentes do segundo ano, e do Lucas, R3.
Ao longo da residência médica em Oftalmologia, os residentes passam por diversos ciclos obrigatórios. No R2, por exemplo, há treinamento nos ambulatórios de glaucoma congênito e adulto, retina, estrabismo, refração, tumor, plástica ocular, órbita, trauma anterior e posterior.
Outras áreas trabalhadas são as de catarata congênita e adulto, córnea e doenças externas oculares, lente de contato, cirurgia refrativa, úvea, vias lacrimais e neuroftalmologia. “Temos atividades no centro cirúrgico, nos blocos de glaucoma, estrabismo, plástica, catarata e córnea. Também temos o bloco de pronto-socorro com porta aberta, participando de cirurgias de urgência”, completa Júlia C.
Segundo Lucas, eles passam por praticamente todas as subespecialidades de Oftalmologia. Os rodízios são divididos entre pronto-socorro, emergências, ambulatórios e centro cirúrgico.
O estágio em pronto-socorro é o favorito de Lucas e um dos destacados por Júlia C devido à quantidade de atendimentos. “Temos acesso a uma grande diversidade de casos complexos, sendo o maior serviço de emergência em Oftalmologia do Brasil. É onde conseguimos aprender mais”, diz o futuro médico oftalmologista.
Segundo Julia H. não existem estágios eletivos, como em outras residências, mas há a possibilidade de intercâmbio fora do Brasil. São parcerias inclusas e pré-definidas pelo departamento, com duração de duas semanas a dois meses durante o R2.
Entre os locais mais procurados pelos estudantes da residência médica na Unifesp, estão: Stanford, Harvard, Bascom-Palmer e Chicago. Independentemente da instituição, o treinamento consiste em atividades práticas e teóricas.
De acordo com os alunos, a residência em Oftalmologia na Unifesp respeita a carga horária de 60 horas semanais. São, no máximo, 24 horas de plantão por turno, com um período de 6 horas (de manhã ou à tarde) de pós-plantão. Assim, os residentes conseguem descansar e se preparar para o restante das atividades do curso.
Além das atividades da residência, a maioria dos médicos realiza plantões externos. Eles são conciliados em pequenas quantidades em meio às aulas, às reuniões e aos trabalhos científicos, durante o R2 e o R3. Cabe a cada residente organizar a rotina e definir o número de plantões sem se sobrecarregar.
“Uma vez por semana, durante todo o ano, temos o Grand Round, uma apresentação de três casos clínicos (sendo o último caso sempre em inglês), preparada pelos R2, com uma aula de encerramento. Alguns dias, também temos convidados internacionais para apresentação dos casos”, diz Júlia C.
Ela ainda conta que, de duas a três vezes por semana, os residentes possuem aulas com duração de uma a duas horas. Na maioria dos setores, existem reuniões semanais com apresentação de casos, discussão de artigos científicos, vídeos de cirurgias e cursos extras, oferecidos ao longo do ano.
Segundo Julia H, eles também devem entregar um trabalho científico ao término de cada ano. No geral, como a instituição tem referência acadêmica, os alunos são incentivados constantemente a desenvolverem artigos que contribuem para a comunidade médica e a própria carreira.
A residência médica em Oftalmologia na Unifesp destaca-se pela combinação de atividades práticas de diversas complexidades, corpo docente renomado e tecnologia de ponta.
“É uma formação muito completa. Passamos em diversos setores de subespecialidades com exposição a casos raros. Temos boa formação teórica. No geral, a residência é mais focada no ensino que no serviço”. É uma residência consolidada”, conta Julia H.
Para Lucas, os pontos fortes são a base teórica, o acesso à parte acadêmica e a pesquisa e o grande volume de pacientes. Júlia C também concorda com os aspectos teóricos, pois há um estímulo grande para a produção científica, com congressos internos anuais e apresentações de trabalhos.
“Há uma cobrança com relação às práticas e ao conhecimento, mas temos uma rede de ensino/aprendizagem forte, tanto entre residentes quanto com relação aos professores (chefes estão disponíveis para discussão dos casos em todos os ambulatórios). A maioria dos formados apresenta boa consolidação no mercado, mas existem variações nesse quesito de acordo com a subespecialidade”, explica.
A residência em Oftalmologia na Unifesp oferece comodidades aos estudantes, como alimentação sem custo no bandejão do hospital e processo para moradia gratuita, que deve ser consultado diretamente com a instituição.
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Catarinense e médico desde 2015, Djon é formado pela UFSC, fez residência em Clínica Médica na Unicamp e faz parte do time de Medicina Preventiva da Medway. É fissurado por didática e pela criação de novas formas de enxergar a medicina. Siga no Instagram: @djondamedway