A residência médica em Ortopedia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) exige três anos de formação. Ou seja, além dos seis anos de graduação em Medicina, são necessários mais três anos de estudos e treinamentos em serviço na residência médica.
A Ortopedia é uma das áreas que mais se expandiu por conta dos avanços tecnológicos, do crescimento dos grandes grupos de saúde privados e da necessidade de haver cada vez mais profissionais específicos para as enfermidades da população.
Para contar tudo sobre a especialização, como é morar em uma cidade do interior, estudar em uma das melhores universidades públicas do Brasil e lidar com o dia a dia da residência médica, a gente bateu um papo com a Samilly, que é R4, e o Fábio, residente do terceiro ano na residência médica em Ortopedia na Unicamp.
No R1 da residência médica na Unicamp, os residentes aprendem uma introdução sobre a especialidade e os cuidados integrais do paciente com estágios de enfermaria, no pronto-socorro, no ambulatório (incluindo todas as subespecialidades), no Hospital Estadual de Sumaré e no centro cirúrgico.
No R2, passam por pronto-socorro, trauma, infantil, coluna, ombro e cotovelo, mão, quadril, joelho, tornozelo e pé, Hospital Regional de Piracicaba e Hospital Estadual de Sumaré.
O R3 é focado principalmente na especialidade (pronto-socorro, trauma infantil, coluna, ombro, cotovelo, mão, quadril, joelho). Os residentes também passam pelo Hospital de Sumaré e Piracicaba.
No R3, os residentes têm o privilégio de escolher atuar em cirurgia. Os estágios são os mesmos do R2, em todas as especialidades, ambulatórios e centros cirúrgicos.
Para Samilly, o principal estágio é realizado no Hospital Estadual de Sumaré, um hospital que faz parte da rede da Universidade Estadual de Campinas. É relevante para a formação como médico ortopedista, pois há muita aplicação prática, cirurgias.
A maioria dos estágios nas áreas da Ortopedia lá são muito bem representados, com ambulatórios de todas as subespecialidades. Como esse é um centro de referência, cirurgias específicas são realizadas, e você se depara com variedade grande de casos, dos mais corriqueiros aos mais raros, vistos só em livros geralmente.
O estágio em trauma é o favorito do Fábio na residência em Ortopedia na Unicamp, pois tem maior carga horária de centro cirúrgico. O tempo passa realmente na realização das cirurgias.
São de 80 a 100 horas de plantões semanais, maior no R1, diminuindo conforme os anos de residência, tanto pela hierarquia, quanto pela expertise em realizar as funções. A carga máxima de plantão é de 36 horas. O pós-plantão costuma existir, mas depende de cada estágio.
Todos os dias, há um R1, um R2 e um R3 de plantão. Então, o número de plantões no ano depende das vagas preenchidas. Fábio cita que, no ano em que ele realizou, foram 8 residentes, logo, tiveram aproximadamente 45 plantões, com 12 ou 24 horas cada.
O período pós-plantão também varia entre os anos, pois a grade horária não costuma ser fixa. Por haver diferença de número de residentes entre os anos, não são todos os plantões que têm descanso.
Durante os anos de residência médica na Unicamp, há um cronograma de aulas específico para cada ano da especialidade, conforme a complexidade e a necessidade de cada ano: R1, R2 e R3.
Também há atividades gerais, como discussões de casos semanais de cada especialidade e aula do departamento semanal (que os residentes de todos os anos e chefes participam e discutem sobre o tema).
Houve uma grande mudança ao longo dos anos, principalmente, devido à pandemia, mas há uma carga grande de aulas teóricas e reuniões de especialidades, ministradas pelos professores e entre os próprios residentes, que realizam discussões sempre mediadas por um ou mais professores.
Desde o R1, os residentes têm a oportunidade de ingressar no mestrado (profissional, simultâneo à residência). Os professores da universidade estimulam a produção e a publicação. Há a necessidade da realização de um TCC para concluir a residência
A respeito dos pontos de destaque da residência em Ortopedia na Unicamp, Samilly ressalta boa base teórica, consolidação no mercado e nome da instituição muito respeitado.
Para Fábio, o ponto forte da residência em Ortopedia na Unicamp é o fato de que, por ser um centro de referência estadual e até nacional, tem grande complexidade e variedade de casos. Também há a presença de todos os grupos das subespecialidades ortopédicas.
Para os residentes, é disponibilizada a alimentação no restaurante do hospital (em geral, todos possuem). Eles recebem um auxílio-moradia no valor da bolsa. A Unicamp dispõe de refeitório gratuito com três refeições ao dia (almoço, jantar e ceia) e auxílio-moradia embutido na bolsa.
Viu que bacana é se especializar na Unicamp? Pelas coisas que a Samilly e o Fábio contaram, a residência em Ortopedia na Unicamp é marcada por estágios em muitas áreas, e isso oferece uma experiência para lá de ampla.
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Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando