A residência Ortopedia na Unifesp é a especialidade clínico-cirúrgica responsável pela prevenção, pelo diagnóstico, pelo tratamento e pela reabilitação de pacientes com doenças no sistema musculoesquelético. Ela é trabalhada junto da Traumatologia em três anos de estudo com acesso direto.
Além disso, o médico ortopedista e traumatologista pode optar por ampliar os estudos em subespecialidades, tais como coluna vertebral, ombro e cotovelo, mão, tornozelo e pé, pediátrico, trauma, onco-ortopedia e osteo-metabólica. Para contar mais sobre a área, Tiago (R2) e João (R3) contribuíram para o artigo a seguir!
Os residentes do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp têm uma rotina de estudos teóricos e atividades práticas no Hospital São Paulo, o maior hospital universitário do Brasil.
Alguns treinamentos também são feitos sob supervisão no Hospital Estadual de Diadema, no Hospital Geral de Pirajussara, no Hospital Vila Maria (Hospital Vereador José Storopolli), no Hospital Municipal de Clínicas de São Bernardo do Campo, no Hospital Jabaquara (Hospital Arthur Ribeiro Saboya) e no Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran.
O renomado corpo clínico docente da tradicional EPM supervisiona a vivência prática e a formação teórica dos residentes para eles se tornarem aptos para a atuação clínico-cirúrgica da Ortopedia, desde os casos mais simples, como lombalgias, até os mais complexos, como cirurgias na coluna.
Os especialistas em Ortopedia e Traumatologia podem atuar em prontos-socorros, ambulatórios, consultórios e centros-cirúrgicos, atendendo a crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, de ambos sexos.
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Voltanodo ao nosso tema, segundo João, a residência em Ortopedia na Unifesp é dividida em estágios que duram, em média, três meses. No primeiro ano, os treinos são distribuídos em quadril/coluna (plantões noturnos, centro cirúrgico e ambulatório), pronto-socorro (plantões no PS), enfermaria (centro cirúrgico, enfermaria e plantões noturnos) e trauma/fixador externo (plantões noturnos, centro cirúrgico e ambulatório).
No R2, os residentes passam pelas áreas de joelho/pé, cirurgia da mão, trauma e pediátrica. Tais subespecialidades também são aplicadas em centros cirúrgicos, ambulatórios e plantões.
No terceiro ano, os estágios obrigatórios focam em oncologia/coluna, trauma do esporte, ombro/cotovelo e atendimentos na Vila Maria, em um hospital externo, com plantões, em ambientes ambulatoriais e cirúrgicos.
“Vale lembrar que todos os estágios, independentemente do ano, têm plantões noturnos, de fim de semana e feriados, todos no Hospital São Paulo. Todos os estágios também têm reuniões clínicas semanais, com apresentação de casos e intensa sabatina. Em alguns estágios, passamos por hospitais externos conveniados, nos quais a rotina é exatamente a mesma. Algumas vezes, acompanhamos chefes em cirurgias externas”, completa João.
Durante o R3 da residência em Ortopedia na Unifesp, há a possibilidade de cursar estágios eletivos. Nos demais anos, os ciclos obrigatórios favoritos dos residentes são o de enfermaria, cirurgia de mão e trauma. Para Tiago, o primeiro se destaca pela atuação em cirurgias e atendimento da urgência.
Para João, o estágio de cirurgia da mão é o melhor porque tem grande número de procedimentos práticos e boa carga teórica, com muitas aulas e provas duas vezes por semana.
Ele acontece na Casa da Mão, da própria instituição, e fica na frente do Hospital São Paulo. “Lá, a gente roda no mínimo de 6 a 12 cirurgias de mão. Funciona muito bem, é muito rápido, e a rotatividade é boa. Há ampla gama de pacientes e muitos casos. Tem bastante coisa diferente”, explica o residente.
Já o estágio de trauma contribui para a formação dos três anos. Há muita rotatividade em casos de fratura, supervisionados por profissionais renomados, que orientam e tiram todas as dúvidas.
Entre os treinamentos práticos, os residentes também passam por atividades teóricas, como aulas semanais e reuniões clínicas. Em cada estágio, ainda são avaliados com exame físico, provas teóricas, orais e práticas.
De acordo com os estudantes, a residência médica da Unifesp respeita a carga horária de 60 horas semanais e disponibiliza um período de pós-plantão no dia seguinte do trabalho.
Para Tiago, a residência em Ortopedia na Unifesp se sobressai em todos os aspectos. A instituição é uma referência em ensino e contribuição acadêmica, focando em teoria de qualidade, um dos pontos destacados por João.
“Há muita base teórica, cobrança de estudos e boa mão cirúrgica — além do Hospital São Paulo, somos alocados em serviços externos conveniados, o que nos permite participar e realizar grande número de cirurgias”, diz o médico.
Ele ainda reforça que a parte teórica e prática da residência em Ortopedia contribui para a preparação dos estudantes para o mercado de trabalho. Em São Paulo, as possibilidades de atuação são inúmeras, mas os residentes também podem procurar oportunidades em outras regiões.
Fora os benefícios para a formação, a instituição ainda ajuda os residentes no dia a dia. Segundo Tiago e João, eles possuem comodidades como refeição gratuita no hospital em que trabalham.
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Catarinense nascida em 1995, criada em Imbituba e apaixonada por uma praia. Formada pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2018, com residência em Clínica Médica pela Universidade de São Paulo (USP-SP 2019-2021) e professora de Clínica na Medway. "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender" - Paulo Freire. Siga no Instagram: @anakabittencourt