Residência Otorrinolaringologia Unicamp: conheça a especialização

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A residência em Otorrinolaringologia na Unicamp é uma opção para você? Então, é hora de conhecer tudo sobre o programa com duração de três anos em uma das instituições mais renomadas em São Paulo.

Todo candidato à R1 tem sede de informação sobre as especializações e as instituições nas quais pretende ingressar. Para apresentar o curso, convidamos um residente. A seguir, Yuri (R3) dá um gostinho da vivência ao longo da residência médica na Unicamp

Como é a residência na Unicamp?

Anualmente, segundo o edital, a instituição admite 6 residentes. No processo seletivo de 2023, exatos 257 candidatos se inscreveram para Otorrinolaringologia, deixando a relação candidato/vaga em 42,83. Isso demonstra o quão importante é a rotina de estudos para o processo seletivo altamente concorrido! 

Essa procura é justificada pela reputação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp em mais de 5 décadas de tradição com 47 especialidades. São diversas oportunidades de troca e aprendizado, como no departamento de cabeça e pescoço da Otorrino, em que a divisão é pioneira no país em técnicas de cirurgias conservadoras no tratamento de câncer, cirurgias endoscópicas e uso de laser de CO2. 

R1

Nos três anos de residência em Otorrinolaringologia, a prática passa por procedimentos de diversas complexidades e subespecialidades. De acordo com Yuri, a rotina do R1 é voltada para o HC com atendimentos em casos novos nos ambulatórios e no seguimento de pacientes em pré e pós-operatório na enfermaria.

Além disso, nesse mesmo ano, os residentes cobrem o pronto-socorro de dia e noite e participam de cirurgias de baixa e alta complexidade, como as adenoamigdalectomias, que são mais simples. Assim, entendem os passos cirúrgicos e a anatomia na prática. 

R2

No ano seguinte, os residentes atendem aos retornos no ambulatório, cuidam da realização de exames (como nasofibroscopia), acompanham exames eletrofisiológicos, realizam interconsultas adultas e pediátricas. “No R2 da residência em Otorrinolaringologia na Unicamp, expandimos a variedade de cirurgias aprendidas, iniciando a realização de septoplastias e timpanoplastias, por exemplo”, diz Yuri. 

R3

Por fim, durante o R3, há o estágio optativo internacional. Metade da carga horária é destinada aos estágios externos, nos quais o futuro médico otorrino tem mais autonomia e volume cirúrgico. Esse é o período em que o atendimento também passa pelo pré e pós-operatório, assim como pela seleção de pacientes a serem operados.

“Nesse ano, também intensificamos a discussão de exames, como polissonografia. O aprendizado cirúrgico é voltado para procedimentos como cirurgias endonasais e mastoidectomias”, conta o residente.

Atividades teóricas e práticas na residência

A residência em Otorrinolaringologia na Unicamp é composta por atividades teóricas e práticas. Os estágios práticos são obrigatórios e ocupam a maior parte da rotina dos residentes para eles dominarem as técnicas com ajuda de médicos experientes. 

Yuri conta que, ao longo dos três anos, há atuação no Hospital de Clínicas da universidade e em estágios externos em outros hospitais. No HC, os procedimentos são de alta complexidade e em maior volume cirúrgico comparado aos estágios em outros locais. 

“Esses estágios foram introduzidos na grade justamente para a reforçar a formação cirúrgica. Assim, acabo me identificando mais com os estágios externos. Sem contar que a mudança de ambiente é sempre interessante para quebrar a rotina”, diz o futuro otorrinolaringologista.

Em meio aos plantões, os residentes têm que participar da formação teórica. Todas as áreas da Otorrino contam com discussão de artigos e casos, aulas semanais, com cronograma organizado para todo o ano, e cursos de extensão extra, realizados uma vez por semana. 

O incentivo acadêmico também é uma tradição da instituição, que exige a publicação de um TCC em uma revista indexada. “Como estamos em um hospital com alto volume e complexidade de casos, além da Unicamp ser um dos grandes centros de pesquisa do Brasil, existe campo fértil para o desenvolvimento de pesquisas”, completa.

Carga horária 

Em geral, a residência em Otorrinolaringologia na Unicamp respeita às 60 horas semanais. Segundo Yuri, o plantão é apenas noturno para a cobertura do PS e da enfermaria, sendo realizado no esquema de sobreaviso e rodízio com 12 horas. Durante o dia, não há pós-plantão. Um residente fica responsável pelo PS, enquanto outro fica na enfermaria. 

Quais são os pontos fortes da residência?

“Entre os pontos fortes da residência em Otorrinolaringologia na Unicamp, acho que vale destacar a formação teórica robusta e atualizada, junto à experiência de vivenciar toda a Otorrinolaringologia, desde as patologias mais simples até aquelas muito raras”, destaca Yuri. 

Ele também ressalta a abrangência do programa em quase todas as áreas da Otorrino: rinologia, laringologia, otologia, otoneurologia, cirurgia de cabeça e pescoço, estética facial, otorrinopediatria, medicina do sono, estomatologia, cirurgia crânio-maxilo-facial, medicina do trabalho, estomatologia, audiologia clínica, base de crânio e outras.

Uma vantagem da residência médica em Otorrinolaringologia da instituição é a alimentação gratuita no refeitório (três vezes ao dia) e auxílio-moradia, que possui critérios à parte do processo seletivo.

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JoanaRezende

Joana Rezende

Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway