Casos variados e estímulo à aprendizagem de forma completa são algumas das características que atraem os médicos para a residência em Medicina de Emergência. Se você já decidiu que esse é o seu objetivo, na hora de escolher a instituição, vale considerar a residência em Medicina de Emergência na USP.
Essa especialização tem a duração de 3 anos, e é realizada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ao mesmo tempo, envolve outras instituições ao longo dos estágios, o que garante o aprendizado completo.
Mas antes de tomar a decisão de seguir por essa alternativa, vale a pena conhecer melhor essa residência médica – e estamos aqui para te ajudar com isso! Conversamos com o Bruno Marques, que está no terceiro ano do programa. Veja só o que ele contou pra gente sobre como é fazer residência em Medicina de Emergência na USP!
Bruno: Sala de emergência, pois é neste estágio que vivenciamos a experiência mais intensa da nossa especialidade, que são os casos graves que necessitam de cuidados imediatos. É neste estágio que aprendemos não só a teoria das condições ameaçadoras à vida, como também a prática de procedimentos avançados. A vivência na sala de emergência é muito rica e nos ensina, inclusive, a lidar com situações estressantes, trabalhar sob pressão e trabalho em equipe. A sala de emergência nos transforma como médicos e como pessoas, sem sombra de dúvidas.
Bruno: Sim, vários. Na nossa residência tivemos a sorte de sermos abraçados pelos chefes da disciplina de emergências clínicas (que hoje se chama disciplina de Medicina de Emergência). Eles são pessoas incríveis, tanto em conteúdo teórico como conteúdo humano. E o melhor de tudo: todos são super acessíveis e humildes. São pessoas conhecidas nacionalmente por seus trabalhos que se dispõem a te ouvir, seja lá qual for seu problema.
Bruno: Durante o R1 rodamos em estágios para aprendizado e consolidação de conceitos básicos e avançados: sala de emergência, porta do pronto-socorro, retaguarda do PS, enfermaria do PS, unidade semi-intensiva do PS, UTI, PS de pediatria, PS secundário, PS cirúrgico e um estágio no centro cirúrgico para ganharmos experiência com intubação e punção lombar.
Durante o R2, começamos a afunilar para especialidades, porém sempre vendo as emergências dessas especialidades: sala de emergência, UTI, ortopedia, otorrino, oftalmo, PS pediatria, PS secundário, PS cirúrgico, GRAU (pré-hospitalar do corpo de bombeiros), eletivo.
Durante o R3, continuamos nas especialidades: PS cardiológico (Incor), PS oncológico (ICESP), PS pediatria (ICR), ortopedia, PS cirúrgico, PS ginecologia e obstetrícia, Gestão Hospitalar (Einstein e HC) e eletivo.
Bruno: Sim, temos 1 mês no R2 e 1 mês no R3. É totalmente viável realizar fora do país, muitos residentes da primeira turma (sou da segunda) e da minha turma foram para os EUA, Irlanda, Portugal, Reino Unido. Estágio estrangeiro é uma realidade em nossa instituição, depende apenas do residente correr atrás.
Bruno: Sim, respeita. São permitidos plantões de 24 horas apenas nos estágios de UTI, que são mais tranquilos. Em todos os outros são permitidos apenas 12 horas consecutivas, sempre com pós-plantão de pelo menos 12 horas.
Bruno: 9. Todas as quartas-feiras, temos o período das 13:30 até por volta das 18h para aulas, teóricas e práticas, simulações, discussões de casos e artigos etc. Todos os residentes são dispensados de seus estágios para participar das aulas.
Bruno: 8.
Bruno: Temos acesso a professores e médicos assistentes que são referências nacionais e que têm muito a nos ensinar. Somos estimulados a estudar e aprender sempre. Somos expostos a vários casos complexos, difíceis ou raros, que nos forçam a aprender cada vez mais.
O meio é rico e propicia o crescimento profissional. Estamos em contato com pesquisadores e isso é um estímulo a mais para quem quer seguir este caminho. A inserção no mercado é garantida pela falta de profissionais disponíveis da nossa área.
Bruno: Sim, com certeza. Ainda faltam emergencistas formados como médicos assistentes. E nossos estágios cirúrgicos ainda pecam em muitos pontos. Infelizmente, ainda enfrentamos problemas como atrito com outras especialidades dentro do HC (como cirurgia geral), e isso dificulta muito o nosso aprendizado e crescimento em algumas áreas.
Bruno: Sim, é possível e a maioria dos residentes faz.
Bruno: Alimentação gratuita em um restaurante por quilo, almoço e jantar. Há uma moradia do residente dentro do complexo hospitalar que é bem cômoda, apesar de ter que dividir um quarto com outra pessoa. Essa moradia fornece café da manhã e lavanderia. Há também serviços de apoio psicológico.
Bruno: Conheço sim. Apenas uma turma se formou até agora na nossa instituição, mas vários desses voltaram pras suas cidades e estão bem inseridos no mercado.
A residência em Medicina de Emergência na USP traz diversos desafios e chances de aprendizado, e isso certamente vai contribuir para você se tornar o profissional que sempre quis. Aqui você pode conferir um pouco mais sobre essa especialidade relativamente “nova” e avaliar se ser um emergencista se adequa às suas expectativas!
Está preparado para prestar a prova de residência médica da USP e realizar seu sonho? Contamos aqui no blog tudo sobre a prova de residência médica da USP, e ainda separamos 20 questões de Preventiva que caíram na prova teórica de residência da USP nos últimos anos. Além disso, temos diversos artigos falando sobre outras especialidades nessa famosa instituição, como a Cirurgia Cardiovascular.
Aproveita e dá uma olhada no nosso canal do YouTube! Lá temos trazido uma série de aulas de temas que mais caem nas grandes áreas nas principais provas de residência médica de São Paulo. Um deles é esse aqui em que o Micael fala de um tema super importante de Clínica Médica que sempre cai:
Ah, e se você quer saber ainda mais sobre o assunto, é bom dar uma olhada no podcast Finalmente Residente. Nele, recebemos convidados que falam sobre suas vivências nas mais variadas residências e instituições do país! O mais interessante nisso tudo é que você pode ouvir a voz da experiência e conhecer os principais aspectos dessa etapa por meio de quem vive (ou viveu) com afinco a vida de residente. A Karina Turaça, por exemplo, contou um pouco pra gente sobre a residência em Medicina de Emergência na USP. Ela é fera, então, corre lá pra conferir!
Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando
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