Como é a residência em Oftalmologia na USP

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Está se preparando para as provas de residência, mas ainda tem dúvidas sobre qual especialidade cursar? Este artigo serve para quem precisa saber mais sobre a residência em Oftalmologia na USP (Universidade de São Paulo). 

Como é a residência na USP?

A residência médica em Oftalmologia do Hospital das Clínicas da FMUSP é exigente, tem duração de três anos e acesso direto. Visa à excelência e ao aperfeiçoamento das atividades práticas e teóricas, bem como à assistência clínica e cirúrgica dos pacientes em todas as áreas da Oftalmologia.

Sabia que o Departamento de Oftalmologia do HC conta com três centros cirúrgicos? Um deles é reservado para cirurgias sob anestesia geral, considerado um exemplo da excelência preconizada pelo maior complexo hospitalar da América Latina.

Lá, os médicos que participam do programa de residência em Oftalmologia na USP fazem reuniões periódicas com conteúdo teórico, assim como discussão de artigos, casos clínicos e resultados cirúrgicos. Eles também têm atividades nos ambulatórios gerais e de especialidades, além de exercitarem habilidades como raciocínio clínico e manejo de casos complexos.

Carga horária

A residência em Oftalmologia na USP respeita a carga horária de 60 horas semanais. Os plantões são de 24 horas, divididos entre todos os R2s, sendo um plantonista por dia. Os residentes têm direito a 6 horas de descanso após o plantão.

Estágios obrigatórios

Durante os três anos de residência, a rotina é bastante semelhante. São dois dias da semana no Centro Cirúrgico, sendo um dia voltado para as cirurgias mais avançadas, com necessidade de anestesia geral, e outro dia para procedimentos ambulatoriais. Em ambos casos, o papel do residente varia de acordo com o ano de formação.

Na maior parte do tempo, os R1s atuam gerenciando e organizando a logística das cirurgias. Eles também podem operar ao final de alguns dias. Os R2s auxiliam nas cirurgias e podem operar ao final do dia. Os R3s participam fazendo as cirurgias. Nos demais dias, todos os residentes estão nos ambulatórios.

No período da manhã, atendem aos ambulatórios das especialidades do estágio, como retina, glaucoma, Neuroftalmologia, estrabismo, córnea, uveítes, plástica ocular, orbitopatias, visão subnormal, catarata e lente de contato.

No período da tarde, atendem aos pacientes dos ambulatórios, com casos que irão conduzir ao longo de toda residência. Além disso, tanto no R1 quanto no R2, atuam no pronto-socorro de Oftalmologia, sendo que os R2s são responsáveis pelos plantões noturnos.

Estágios eletivos e internacionais

Não existem estágios eletivos na residência de Oftalmologia, porém é possível conseguir curar opções fora do país, durante as férias, ou ser dispensado das atividades da residência. 

Essa última opção só é possível para os três primeiros classificados no ranking entre os R2s e os quatro primeiros classificados entre os R3. Esse ranking é baseado, principalmente, em notas de provas realizadas ao longo do ano, mas também inclui nota de conceito, dada pelos preceptores, e avaliação dos médicos assistentes.

Atividades teóricas

As atividades teóricas incluem reuniões dos diversos setores do departamento de Oftalmologia, nas quais são discutidos casos clínicos, artigos e aulas sobre diversos temas da área. 

Também há reuniões, exclusivamente, apresentadas por residentes, com discussões de casos clínicos e artigos. Por fim, os residentes são constantemente avaliados por provas teóricas ao longo do ano.

Além disso, participam de matinais diárias, sendo uma subespecialidade a cada dia. Normalmente, a reunião tem uma aula feita por um assistente, um caso clínico apresentado pelo residente e uma discussão de artigo.

Atividades acadêmicas

A residência em Oftalmologia na USP tem muitas aulas e reuniões, o que é um ponto positivo. Muitas vezes, as aulas são dadas por residentes ou fellows, em vez de chefes, que têm muito mais didática. 

Sendo assim, o tempo de dedicação aos estudos torna-se um pouco escasso, principalmente quando somado ao cansaço da rotina. O aprendizado durante o atendimento ao paciente é deixado bem de lado, pois os residentes atendem a muitos pacientes sem discutir os casos.

Pontos fortes de fazer residência em Oftalmologia na USP

Os principais pontos de destaque da residência médica da USP são a boa base teórica e o grande número de pacientes, fatores que permitem que os residentes aprendam mais com casos diferentes e volume cirúrgico elevado, principalmente no R3.

Outra vantagem é a consolidação no mercado com chefes bem conceituados na área. Há boas discussões nas reuniões clínicas. Muitos pacientes são vistos no ambulatório diariamente, dando a oportunidade de treinar bastante exame físico. Pela complexidade do HC, os residentes podem ver muitos casos diferentes e interessantes.

Prepare-se para a residência na USP

Esperamos que você tenha gostado de saber sobre como é fazer residência em Oftalmologia na USP. Para uma preparação completa para as provas de residência, conheça o Extensivo São Paulo, um curso direcionado para as principais instituições do estado.

JoanaRezende

Joana Rezende

Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway