Quem quer fazer residência médica em Pediatria em um importante centro de referência certamente já considerou a residência em Pediatria da USP (Universidade de São Paulo), uma das mais buscadas no estado. É o seu caso? Então continue aqui com a gente para saber tudo!
Com duração de 3 anos, o programa de residência em Pediatria da USP é cumprido tanto no HU (Hospital Universitário) e no Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), principalmente no Instituto da Criança (ICr). Como consequência, você vai ganhar muita experiência e ter o apoio de médicos assistentes incríveis!
Só que é bom saber se a residência em Pediatria na USP atende às suas expectativas. Para te ajudar nessa decisão, conversamos com a Milly e com a Juliana, do segundo e do terceiro ano do programa, respectivamente.
Confira todas as informações sobre a residência médica em Pediatria na USP e prepare-se!
Milly: UTI Neo (R2) – estágio feito no ICHC. O estágio tem chefes que são referências na área; lidamos com casos complexos, em especial os prematuros extremos, e tanto chefes, quanto R+ estão sempre presentes. Pela gravidade dos casos, tem bastante procedimento; o programa, em si, é muito forte em neonatologia.
Juliana: Imagino que o SCUT (Serviço de Consulta de Urgência e Triagem), o Pronto-Socorro do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas. Embora seja relativamente cansativo, aprendemos muito. Temos a oportunidade de atender muitas crianças com casos diferentes, de doenças raras e complexas e também muitas urgências e emergências (tanto pediátricas habituais, como casos respiratórios, até casos mais complexos como Hemorragia Digestiva Alta, Neutropenia Febril, entre outros). Então, é um diferencial muito importante da nossa residência médica.
Milly: Vários! E pelos mais diversos motivos. Já tive assistentes extremamente atualizados e completos em formação teórica, assistentes que formam uma relação médico-paciente muito forte, assistentes que tem didática excelente, entre outros.
Juliana: Difícil pensar em apenas um. No ICr temos assistentes muito bons, a grande maioria referência em sua área.
Juliana: Rodamos em muitos lugares. No R1, passamos pela UBS, por estágios no HU, nosso hospital secundário (Enfermaria, Pronto-Socorro, Alojamento Conjunto e Sala de Parto e Semi-intensiva neonatal) e por alguns estágios no HC (Enfermaria e Pronto Socorro). Além disso, temos ambulatório anual no R1. Já no R2, rodamos em 2 UTIs pediátricas, 2 UTIs neonatais, Pronto Socorro do ICr e um estágio de uma enfermaria de alta complexidade. No R3, temos contato com ambulatórios de diversas especialidades: cardiologia, reumatologia, endocrinologia, pneumologia, nefrologia, radiologia, entre outras. Também temos um ambulatório de crianças crônicas e rodamos em uma UTI especializada em trauma.
Juliana: Sim, existem! Temos 2 semanas de eletivo no R1, 2 semanas no R2 e 6 semanas no R3. É possível fazer estágio fora do país em todas as vezes, mas o mais comum é irmos para fora no R3 por termos mais tempo de eletivo.
Milly e Juliana: Sim.
Milly: No R1 são cerca de 70h semanais, com exceção de 2 estágios. O R2 geralmente respeita as 60 horas. E no R3 fazemos menos de 60. Fazemos plantão de 30h, sábado 24h, com evolução de domingo.
Juliana: A carga máxima é de 24h de plantão com evolução após final de semana, o que acaba dando por volta de umas 28h de plantão. Mas num geral sempre temos pós-plantão de 24h após um plantão de 24h.
Milly: 8. Temos realização de seminários; discussões teóricas; acesso a aulas gravadas via classroom; discussão de artigos; visitas multidisciplinares com apresentação de caso clínico específico, prova ao final de cada estágio, simulações nos estágios de pronto-socorro.
Juliana: 7. Temos aulas em todos os estágios algumas vezes por semana e também aulas e discussões de artigos nos nossos ambulatórios. Além disso, algumas vezes também somos responsáveis pela apresentação e discussão de casos clínicos.
Milly: 9.
Juliana: 7.
Milly: Excelente formação em Emergências e UTI, boa condução de casos graves e manejo de pacientes complexos. Bem recebidos nos melhores hospitais para trabalho. Acesso às especialidades pediátricas. Excelente formação em neonatologia.
Juliana: Acho que os principais pontos fortes da residência em Pediatria na USP são o grande contato com todo tipo de doença, inclusive casos muito raros; assistentes com muito a ensinar; a quantidade de casos atendidos, então pegamos bastante mão principalmente com pacientes graves; e também os contatos que fazemos e a possibilidade de uma boa consolidação no mercado após terminar a residência em Pediatria na USP.
Milly: Puericultura e atividades ambulatoriais.
Juliana: Poderíamos ter um pouco mais de contato com puericultura. Como ficamos grande parte do tempo em um hospital de alta complexidade, em UTIs e afins, às vezes não temos tanto contato com essa parte da Pediatria.
Milly: No R1, em alguns estágios sim, mas na maioria você tem 2 finais de semana totalmente livres no estágio. Abrindo mão deles, você consegue dar plantão, a maioria até o meio do ano não dá plantão, mas ao final do R1 e no R2, além de uma maior segurança, começa a dar para fazer plantão numa frequência maior. Atualmente dou cerca de 2 plantões de 12h no mês. Mas tenho colegas que se organizam para dar mais.
Juliana: Dá para conciliar, principalmente no R3. A maioria de quem faz a residência em Pediatria na USP dá plantão fora. No R1 e no R2, como a carga horária é mais alta, em alguns estágios fica um pouco complicado, mas mesmo assim ainda é possível. Já no R3 é bem tranquilo para conciliar.
Milly: Tem a Moradia dos Residentes. Há processo seletivo com lançamento do edital no dia da matrícula, com entrega de diversos documentos de comprovação de renda e situação social, preenchimento de uma ficha no dia de matrícula e uma ”redação” dos motivos pelos quais você quer ir para a moradia.
Juliana: Também temos almoço diariamente. No HU, comemos no refeitório e a comida é relativamente boa, já no ICr vem uma marmita para cada um, cuja qualidade é questionável… mas já reclamamos algumas vezes e atualmente está um pouquinho melhor. Já à noite também tem marmita para quem está de plantão no ICr e jantar para quem está no HU.
Além disso, podemos ir ao Palheta, restaurante que fica no Instituto Central do HC, onde temos um crédito de aproximadamente 10 reais por refeição. Como lá o quilo é barato, acabamos comendo de graça ou por bem pouco mesmo com bebida e sobremesa.
Milly: Sim, pretendo. Grande parte dos professores e preceptores que tive no internato voltaram! É possível, sim.
Milly: Acho que a coisa mais importante que eu ouvi quando estava me preparando para o Processo Seletivo da USP foi que eu não encontraria uma residência médica perfeita. Que não viesse com a expectativa de não ter defeitos, porque tem, vários. Mas ainda assim diariamente eu percebo que as qualidades superam os defeitos, em todo lugar você vai encontrar chefes e colegas com os quais você não concorda, mas que são importantes para o seu crescimento também.
Juliana: Apesar de ser, sim, cansativa, a residência em Pediatria na USP certamente vale a pena. Sinto que aprendi muito nos últimos anos e sou muito feliz pelo contato com essas crianças tão maravilhosas.
A especialização em Pediatria na USP é repleta de oportunidades e traz muitas opções para quem deseja se especializar. Se tiver a ver com os seus objetivos profissionais, é uma ótima escolha para incluir em seu currículo!
Se você vai prestar a prova de residência médica da USP, nosso canal do YouTube está cheio de dicas para você sobre o que mais cai das grandes áreas nessa e em outras provas teóricas de residência médica em São Paulo. Abaixo, dá uma olhada neste vídeo em que a Pucca falou sobre um tema importante de Pediatria que sempre cai na prova de residência médica da USP:
Aliás, aproveita que já está aqui no nosso blog e confere o artigo sobre quanto ganha um pediatra no Brasil!
E não se preocupe se você ainda não tem certeza de que o programa de residência médica da USP é o ideal para você. Aqui no blog, vamos postar vários conteúdos sobre como é fazer residência médica em Pediatria em cada uma das principais instituições de São Paulo. Tem alguma que você quer saber mais? Então comente aqui embaixo! Aproveita e dá uma olhada nesse outro artigo que já fizemos sobre como é fazer residência médica em Pediatria na Unifesp!
Já está preparado para a prova de residência médica da USP? Então aproveita que aqui no nosso blog já contamos tudo sobre como é a prova de residência médica da USP! Ainda separamos para você 20 questões de Preventiva que caíram na prova teórica de residência da USP nos últimos anos.
Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando
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