Além de todas as especialidades que focam na parte física, há a residência em Psiquiatria na USP-RP. Escolher especializar-se nessa instituição permite aprofundar-se em diversos temas para ajudar pacientes de muitas formas.
Essa especialização é realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP) e aborda diversas áreas do cuidado psiquiátrico. A duração é de três anos e envolve muitos conhecimentos importantes.
Para ajudá-lo a ter certeza de que essa é a residência certa para você, conversamos com três residentes: Sofia e Tarcísio, do segundo ano, e Erick, do terceiro ano. Venha conhecer a experiência da residência em Psiquiatria na USP-RP e tire todas as suas dúvidas!
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Voltando ao nosso tema, segundo Sofia, o melhor estágio da residência é o de emergências psiquiátricas por ser dinâmico, com boa variedade de casos e transtornos, exames complementares, diagnósticos diferenciais e manejo medicamentoso inicial. Ele também tem discussão de casos clínicos e de artigos científicos.
Tarcísio destaca o estágio realizado nos ambulatórios de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. Já Erick ressalta o estágio em emergência psiquiátrica por ser dinâmico e ter grande variedade de casos.
Durante a formação, os residentes contam com estágios em ambulatórios, psicoterapia, supervisão com psicanalistas, enfermaria de pacientes crônicos, enfermaria de internação breve, emergências psiquiátricas e estágio de interconsulta no hospital geral. Há contato com a atenção básica e realização de matriciamento.
Os ambulatórios da USP-RP são divididos de acordo com alguns transtornos psiquiátricos (humor, ansiedade, personalidade, uso de substâncias, entre outras condições).
Há ambulatórios de transtornos alimentares e com outras especialidades, como a Ginecologia (contato com transtornos da sexualidade e disforia de gênero) e a Neurologia (contato com demências, doenças extrapiramidais, epilepsia, sono), entre outras.
Como subespecialidades, eles possuem contato com a Psiquiatria da Infância e Adolescência, Psiquiatria Forense e Geriatria. Essas áreas auxiliam os residentes a aprofundar os conhecimentos nas subáreas da especialidade.
Os residentes da USP-RP afirmam que, geralmente, as 60 horas semanais do programa não são respeitadas. A carga pode alcançar 80 horas semanais. No R1 e no R2, é comum acontecer 36-48 horas de plantões nas enfermarias. Fica um residente sem muita supervisão para todo o HC.
A carga máxima de plantão varia de acordo com o estágio. A maioria tem 12 horas com período de pós-plantão. No entanto, há estágios com plantões de 36 horas, chegando a 48 horas, dependendo da organização entre os residentes.
As principais atividades são aulas teóricas semanais, principalmente no primeiro ano da residência. Tanto no primeiro, quanto nos demais anos, há discussão de casos clínicos, artigos, leitura crítica e discussão de guidelines.
Erick cita que, após as reformulações ao longo dos anos de residência, a turma dele foi um pouco prejudicada. “Não tivemos quase nada de aula teórica, enquanto os outros residentes estão tendo mais aulas, então, sim, melhorou bastante, mas minha experiência foi ruim. Teríamos algumas aulas no R3, mas isso foi prejudicado pela pandemia também”, explica o residente.
A respeito da parte acadêmica, Erick ressalta que existem atividades voltadas para a leitura de artigos, mas não há muitas oportunidades de produção científica, nem muito estímulo por parte do programa de residência em Psiquiatria.
Um dos principais destaques da residência em Psiquiatria na USP-RP é a boa base teórica oferecida para os alunos durante todo o programa de especialização. Sofia afirma que outro ponto importante é a prática clínica, responsável por levar cada residente a uma boa inserção no mercado posteriormente.
Outros pontos positivos da residência médica são: bom fluxo de pacientes, experiência em urgência e emergência, serviços diferenciados com abordagens diferentes e integração com demais clínicas.
Segundo Tarcísio, o serviço de psiquiatria é integrado aos demais do HC, diferente do que acontece na maior parte dos hospitais em que a Psiquiatria é uma “instituição à parte”. Erick destaca a complexidade dos casos de pacientes, que ajuda no diagnóstico em ambulatórios.
Entre as melhorias, os residentes acreditam que a residência em Psiquiatria na USP-RP tenha déficit nas atividades de atenção secundária (como os CAPS) e na abordagem dos transtornos por uso de álcool e outras substâncias psicoativas.
Assim como em São Paulo, a residência médica em Psiquiatria na USP de Ribeirão Preto é uma das maiores referências do Brasil. Ao escolher a residência médica em Psiquiatria, você roda em diversas áreas e aprende sobre vários aspectos da mente humana.
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Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor
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