Como entrar no mundo da pesquisa científica na Medicina? Saiba mais!

A pesquisa científica na Medicina é uma maneira de expandir nossa visão sobre a saúde. Afinal, toda descoberta, antes de tudo, surgiu como hipótese. Então, o pesquisador utiliza um conjunto de processos metódicos investigativos, buscando desenvolver o seu estudo. Legal, né? 

Mas nem tudo são flores. Alguns novos alunos e recém-formados na Medicina idealizam e fantasiam as pesquisas, porém sofrem muito no início, seja por falta de investimento ou pelas angústias que acompanham essa carreira acadêmica. Veja aqui outras ilusões de médicos recém-formados!

Se você deseja seguir uma carreira acadêmica, esse é o lugar certo! Ao decorrer desse artigo, você vai entender como entrar em uma pesquisa científica na Medicina, sua importância para o futuro da profissão e os tipos de bolsas para quem faz iniciação científica. Confira mais a seguir.

O que é pesquisa científica na Medicina? 

Antes de focar na área da Medicina, precisamos entender como funciona uma pesquisa científica em geral. 

Como dito anteriormente, essa pesquisa é o ato de investigar e responder dúvidas, questionamentos ou solucionar problemas da área pesquisada, utilizando dados e resultados mensuráveis e comprovados cientificamente.  

Por ser um tipo de pesquisa com o processo complexo, as etapas precisam ser bem definidas e organizadas. Primeiramente, é preciso buscar uma linha de pesquisa e a formulação do problema que seja compatível com o tema da área. 

Por exemplo, uma investigação da área de Medicina Nuclear envolvendo estudos de métodos não invasivos com substâncias radiativas para tratamento de câncer pancreático. 

Na Medicina, as pesquisas científicas têm como objetivo melhorar as maneiras de diagnóstico, conhecer tratamentos adequados para diferentes condições de saúde e identificar fatores de risco para doenças. 

A inovação da Medicina ocorre quando o objetivo do estudo é melhorar as condições da saúde e da segurança do paciente ou aperfeiçoar práticas e técnicas desatualizadas.

Após isso, as próximas etapas são a definição de metodologia para chegar à fase mais longa: a apuração do assunto e a busca de informação. Artigos médicos, dados coletados através de pesquisas direcionadas e experimentos permitidos e avaliados por um Comitê de Ética e Pesquisa. 

Como começar na área de pesquisa científica na Medicina durante a graduação?

Muitos estudantes de Medicina entram na graduação pensando em uma carreira acadêmica, e está tudo bem! Existem maneiras de iniciar sua carreira antes mesmo de começar a trabalhar na área.

Iniciação Científica

A Iniciação Científica, como já diz o próprio nome, é um caminho que o estudante de Medicina pode seguir para começar a pesquisar. Além de poder fornecer uma bolsa de estudos remunerada, o objetivo desse programa é desenvolver e participar de projetos de pesquisa na área escolhida.

Os alunos são orientados por pesquisadores da área que, normalmente, são professores da instituição de ensino ou outro tipo de vínculo. É aconselhável que o estudante procure um orientador com a linha de pesquisa seja compatível com seu tema.

As vagas para projetos de pesquisas são fornecidas pelas instituições de ensino de maneira anual ou semestral. É possível seguir com seu projeto de pesquisa sem uma bolsa de auxílio. Algumas faculdades adotam o processo seletivo para delegar quem será o seu orientador.

A iniciação dura um ano, e o aluno poderá desenvolver habilidades de pesquisa, como senso crítico, coleta de dados e informação e busca de artigos científicos.

Com isso, o currículo fica mais chamativo e o aluno já sai da iniciativa com uma bagagem na vida acadêmica.

Como começar na área de pesquisa científica na Medicina durante a pós-graduação?

Outro caminho para começar o seu projeto de pesquisa é pela pós-graduação, que é uma ótima maneira de aprimorar o currículo. Para seguir uma carreira acadêmica de sucesso, é importante passar pelo mestrado e doutorado. 

Antes disso, você precisa saber que existem dois tipos de pós-graduação: o lato sensu, que é focado na especialização do médico e no mercado de trabalho diretamente; a stricto sensu é o tipo que forma profissionais para ensino superior e para pesquisas, sendo as pós-graduações de mestrado e doutorado.

Não dá para afirmar um objetivo só para esses cursos, depende do que você quer para sua carreira. Então, se você deseja se tornar um professor universitário, um pesquisador renomado, ou se profissionalizar mais na sua área, talvez esse seja o caminho a seguir.

Mestrado

Para entrar no mestrado, é necessário entender o que o programa IES (Instituição de Ensino Superior) escolhido dedica e, se for pública, o seu edital. O curso ajudará o estudante a aprender sobre a área específica que foi selecionada e aprofundar o seu tema de pesquisa. 

As aulas teórica falam sobre o campo de estudo escolhido e aprofundamento do tema de pesquisa. Ao final do curso, o aluno terá que desenvolver uma dissertação em cima de dados concretos para se tornar mestre. 

É uma oportunidade incrível para entrar no mundo da pesquisa científica. Com duração mínima de dois anos, o pesquisador poderá trabalhar seu projeto apresentado à banca, explorar seu tema com mais profundidade, aprender métodos científicos e as práticas mais utilizadas e apropriadas dessa carreira.

Doutorado

O grau mais elevado é o doutorado. É um aprofundamento da sua pós-graduação e, se for de sua preferência, da sua pesquisa científica.

Para ingressar no doutorado, é necessário obter o diploma de graduação e, exigido pela maioria das IES, o diploma de mestrado. Não é comum, mas pode acontecer de você ver um aluno de doutorado sem o mestrado.

De resto, para entrar é parecido com o mestrado. Verifique a IES que desejar e olhe o regulamento e o edital do programa para certificar se o que você almeja.

Normalmente, os estudantes que já fizeram o mestrado utilizam o mesmo tema central para o doutorado. 

Claro que você pode mudar, mas é interessante seguir a linha de pesquisa com intuito de se especializar no assunto. Além disso, recomeçar a pesquisa de outro tema vai custar mais tempo.

Falando em tempo, essa pós-graduação dura, no mínimo, quatro anos. Nesse tempo, o estudante vai elaborar a sua tese e defender a sua ideia, metodologia e a conclusão para, se for aceita, se tornar um doutor. Isso tudo em cima de uma profunda e elaborada pesquisa científica. 

Como é a bolsa para quem faz iniciação científica

As quantidades e qualidades das bolsas dependem da instituição, elas não são iguais. Caso tenha interesse, confira os editais da IC de sua faculdade ou universidade para saber mais. 

Além disso, existem agências de fomento nacional, como o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que tem o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), com editais que geralmente duram 12 meses.

Para começar sua iniciação científica, não é obrigatório fazê-la com a bolsa de estudos. Por conta do tempo de dedicação que demanda à IC e do período integral do curso Medicina, é difícil conseguir conciliar o tempo do estudo, da pesquisa e de um possível trabalho, a bolsa de fomento fica mais conveniente.

Apesar disso, é bom verificar os editais das instituições e agências, pois algumas delas não permitem o fomento da bolsa se o estudante estiver estagiando ou trabalhando enquanto desenvolve sua pesquisa, exigindo dedicação exclusiva.

Agora você já sabe como entrar no mundo da pesquisa científica na Medicina

Então, é isso! Agora você está sabendo por onde pode começar a sua carreira acadêmica. Com isso, você pode planejar como e quando deseja iniciar sua jornada nas pesquisas científicas na Medicina e buscar estudar a sua especialização favorita. 

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