A gente sabe que finalmente entrar na faculdade de Medicina é o primeiro sonho realizado de quem deseja ser médico, mas passada essa fase difícil, o estudante começa a perceber que esta é apenas a primeira de muitas que ainda virão. Ainda há mais batalhas a serem vencidas, a começar pelos ciclos da graduação. E quando o estudante chega no ciclo clínico, ele já sabe que vai ter que se dedicar mesmo! Mas você sabe como funciona isso? Sabe como estudar no ciclo clínico? Então, vem aqui que eu te conto!
A graduação em Medicina tem duração de 6 anos, divididos em ciclos de 2 anos cada um: o primeiro ciclo é o chamado Ciclo Básico. É quando o aluno tem seu primeiro contato com a carreira; vai aprender a lidar com diversas demandas relacionadas à saúde e conhecer de forma integral o funcionamento da anatomia e da fisiologia humanas.
Já no terceiro e no quarto ano, o foco fica nas atividades de cunho mais prático. Matérias como Semiologia e Patologia são as mais estudadas e essa fase é denominada Ciclo Clínico. Esse é um dos períodos de intenso aprendizado teórico, pois antecede o Internato, no qual, de fato, o aluno de Medicina vai vivenciar a experiência dos estágios.
Mas, apesar de esse ser um momento de aprendizado e desenvolvimento de habilidades interpessoais que contribuem para a melhor relação médico-paciente, ainda falta uma sistematização do raciocínio na hora de conduzir e obter a história clínica do paciente. Ainda assim, é uma ótima fase para começar a pôr em prática toda teoria apreendida no ciclo básico.
Esta também costuma ser uma etapa em que muitos estudantes de Medicina buscam vivenciar as experiências acadêmicas de uma forma mais intensa. Isso acontece, por exemplo, por meio da participação em projetos de pesquisa e iniciação científica, ligas acadêmicas ou atividades extracurriculares, por isso, saber como se organizar é fundamental pra dar conta de tudo. Vamos ver algumas dicas sobre como estudar no Ciclo Clínico:
O primeiro passo pra dar conta do recado no Ciclo Clínico é botar ordem na casa, afinal de contas, estudar não é tarefa fácil. E apesar da motivação ser grande, sem disciplina, ela pouco adianta, pra isso a nossa sugestão é que você tenha um planejamento que te ajude a definir as prioridades e a otimizar melhor o seu tempo.
Ter um cronograma próprio de estudos, que respeite sua grade curricular e que atenda às suas demandas é fundamental. Nele, você precisa definir seus horários disponíveis para estudo e atividades extras, além de todas as especificidades que fazem parte da sua rotina de vida.
Saber o que fazer primeiro e o que delegar pra depois, quais os conteúdos priorizar e mensurar seu rendimento são elementos que você deve ter em mente no momento da organização da sua rotina de estudos.
E outra coisa: apesar de o curso de Medicina ser exigente, a vida não é só estudo, não! E se não sobrar tempo pra você dispersar sua energia criativa e ter relações sociais, a conta da sobrecarga emocional chega, então gerencie seu tempo com qualidade – de vida e de estudos. Nesse sentido, que tal dar uma olhada no conteúdo sobre como se organizar para estudar para a residência médica e transpor essas dicas valiosíssimas para a graduação?
E se você estiver precisando de uma mãozinha nesse sentido, não deixe de ler este artigo que fizemos sobre como fazer um cronograma de estudos para as provas de residência médica e aprenda desde já a se preparar com organização e foco.
Ir além da leitura pura e simples, sem se aprofundar nos conceitos e decorando mais do que apreendendo a matéria é caminho certo pra aprender de maneira superficial e ir se esquecendo do conteúdo quase que imediatamente após a avaliação.
Para que isso não aconteça, é preciso mergulhar na teoria, mas a fixação e o aprendizado são melhores por meio do estudo ativo. O que isso, afinal?
O estudo ativo é a consolidação e a pronta aplicação do aprendizado nas mais variadas situações – e não apenas na hora da prova. É ótimo pra quem está querendo saber como estudar no Ciclo Clínico. O foco é na apreensão total do conhecimento e do conteúdo. Para conseguir isso, é preciso que você faça perguntas, como: o que é necessário saber sobre esse conteúdo? Por quê? Em quais situações vou me deparar com isso e como vou aplicar esse conhecimento?
Outra coisa interessante sobre essa metodologia de estudos é saber relacionar conteúdos, criando uma rede de conhecimentos em que conceitos novos vinculam-se a conceitos que você já aprendeu anteriormente.
Se interessou sobre o assunto? Corre aqui e dá uma olhada nesse artigo sobre estudo ativo x estudo passivo : aprenda a estudar e atinja resultados excepcionais.
Essa é hora de botar pra fora todo o conhecimento teórico adquirido até então. Porque é assim, nos primeiros 2 anos após a alegria inicial de ter finalmente entrado na faculdade e já começando a entrar em contato com os conteúdos, essa parte teórica ainda fica desconexa da realidade. Muitas das vezes, mesmo quando há o entendimento da patologia de cada doença, vem separadamente a compreensão da condição clínica.
Agora é o momento de se juntar tudo, comparar e analisar. É botar a cabeça pra pensar: por que é esse o diagnóstico e não aquele? O raciocínio clínico junto com o processo de decisão é que guia o profissional em suas ações. Isso só vem com treinamento e prática. Ele vai se utilizar de todos os princípios do pensamento crítico, da habilidade ativa de conceituar, aplicar, analisar, sintetizar e avaliar uma informação obtida por meio da anamnese, gerando hipóteses e reconhecimento de padrões que vão levar o médico para a ação.
Saber estudar de maneira eficiente, especialmente neste momento no meio do curso de graduação, em que muitos estudantes estão envolvidos em diversas outras atividades, é mais do que necessário. E uma das maiores reclamações dos alunos de Medicina é sobre a retenção dos conteúdos – que a gente sabe que são extensos e que exigem um esforço contínuo.
Pra tornar o estudo mais eficiente, estudar por questões facilita a fixação e a memorização do conteúdo, por meio da prática e da postura ativa diante do conhecimento que essa estratégia de estudos exige.
Focar em questões específicas para cada conteúdo te ajuda a identificar onde você tem mais defasagem e te auxilia em filtros futuros. Isso mesmo: filtrar questões por áreas e diferentes níveis de dificuldade ajuda – e muito – no processo de aquisição e apreensão de conhecimentos. Isso sem falar que te torna protagonista do processo de ensino-aprendizagem e não um mero expectador-leitor.
E o número de questões que você precisa fazer é bastante pessoal, logo a gente não pode falar pra você a quantidade exata de questões que se deve resolver para aprender de fato, mas a dica é: quando você perceber que aprendeu o conteúdo, aí sim, o número de questões foi suficiente. Essa é uma técnica que você vai levar pra vida e vai usar muito quando for se preparar para a residência médica.
Quer saber sobre como estudar por questões? Então confere aqui o artigo sobre como estudar por questões para a residência.
Então está na hora de aproveitar bem essa fase de estudos tão importante na formação de um médico. Pra te ajudar a reforçar os conteúdos da graduação e começar a estudar por questões filtradas por temas e graus de dificuldade, o caminho é o app da Medway.
Mas se o que você quer é mais conteúdo de qualidade sobre o universo médico e das residências, então vem pra Academia Medway. É lá que você vai encontrar conteúdos gratuitos, como guias e e-books, que vão te ajudar a entender melhor como é a vida de quem faz a Medicina a sua missão. Vamos estudar juntos? Bora cima!
Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor
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