A jornada até a aprovação na residência médica é composta por desafios desconhecidos que, muitas vezes, demoram a ficar em evidência para quem está percorrendo o caminho. Para alguns, nunca esteve claro.
Engana-se quem pensa que o segredo para alcançar aquela sonhada vaga na especialidade de uma boa instituição é apenas redobrar os esforços e estudar mais e mais todo o conteúdo que aparece na frente. Como ocorre durante o período de cursinho.
Estudar requer estratégia. Por mais bem direcionado que você possa imaginar que esteja, simplesmente tentar engolir todas as apostilas enquanto dá conta do internato ou trabalho não garante a aprovação.
Continue a leitura e veja o depoimento do Rodrigo Pato. Ele atualmente é residente de Cirurgia Geral na UNICAMP.
Sempre fui um aluno interessado, um interno proativo e um estudante disciplinado. Pela fórmula matemática, isso bastaria para eu ser bem-sucedido no caminho que eu trilhasse, independentemente do objetivo. Certo? Completamente errado. Porém, eu também pensava assim. Logo no início, segui aquilo que 99% das pessoas fazem para a preparação das provas de residência. Então, me matriculei em um cursinho de dois anos de duração, com aulas e novas apostilas semanais. Tudo isso junto à rotina exaustiva do internato que a minha instituição, Escola Bahiana de Medicina, tinha.
Pela lógica, eu deveria ter sucesso logo de cara. Nada que o esforço e a disciplina não resolvessem, sendo as apostilas, aulas, visitas, sessões clínicas e toda a rotina apenas mais um desafio a ser superado no meu percurso. No entanto, notei que a demanda pelas atividades no internato e no cursinho aumentava semana após semana e, para isso, eu teria que me dedicar exponencialmente.
Sem perceber, eu me comportava como o personagem Sansão, na obra de George Orwell “A Revolução dos Bichos”. Diante da dificuldade das tarefas, eu respondia com mais esforço e trabalho (das apostilas, das aulas e do internato). Porém, assim como Frank Starling ensinou – e me permita parafraseá-lo –, o ganho de conhecimento e evolução na preparação das provas estava limitado a um ponto de inflexão, partir do qual eu não conseguiria mais “subir os degraus” em direção ao meu objetivo. A aprovação na Residência Médica em grandes instituições.
O meu primeiro ano de cursinho (e de preparação) foi fadado ao fracasso. A pilha de apostilas acumuladas na escrivaninha me desmotivava cada dia mais. Mesmo tentando ler todas elas e fazendo algumas das suas poucas questões, não me sentia preparado de maneira alguma para enfrentar os concursos com a seriedade que eles merecem.
Mentalmente esgotado, “abandonei” o cursinho do meio para o final do ano e voltei a me dedicar inteiramente ao 5º ano da faculdade. Havia feito um trato comigo mesmo de que, no ano seguinte, tudo aquilo seria diferente. Portanto, continuaria a dar muita atenção a minha formação médica, porém tentaria estudar de maneira mais estratégica para os concursos de residência.
Na minha concepção, o principal movimento em direção ao sucesso é justamente o primeiro: a autocrítica. A partir disso, ajustei a minha rotina em função do cursinho e do internato e assim comecei o ano. Com isso, inicialmente, estava tudo dentro dos conformes; conseguia ler todas as apostilas, fazer as questões no final delas e ainda sobrava tempo para estudar nos rodízios em que eu estava no 6º ano.
Porém, sabe quanto tempo isso durou? Pouco mais de 2 meses. No final de fevereiro de 2019, me via na mesma posição em que estava no ano anterior: apostilas acumulando e o rendimento não aumentava proporcionalmente com o passar das semanas. Talvez até aqui você tenha se identificado com a minha narrativa. Mas vamos combinar de que não seremos mais iguais daqui em diante? Portanto, digo o que foi decisivo para mim daquele ponto para frente.
Por meio de uma amiga de faculdade e de estudos, conheci a Medway. Vim até o site e, lendo alguns depoimentos, descobri aquilo que poderia ser a salvação do meu ano: a Medway Mentoria. Longe de ser um programa de autoajuda ou algo do tipo. Havia descoberto a metodologia perfeita para mim: estratégia de estudos inteligentes e eficazes, ensinadas por pessoas extremamente capacitadas que passaram por situações semelhantes à minha. Pronto. Era aquilo que eu queria. No início de março, fiz minha matrícula sem pestanejar e aguardei ansiosamente pelas aulas.
Ao longo do tempo, percebi que, apesar de todo o esforço dispensado no ano anterior, minha estratégia de estudos estava completamente errada. Com a Mentoria, pude canalizar as minhas energias para os pontos que realmente importavam para a aprovação na residência médica. Dia após dia, colocando em prática os ensinamentos, comecei a perceber que estava começando a decolar.
Quanto mais acompanhava os acertos nas questões, facilidade com os assuntos e melhores resultados nas provas e simulados, mais tinha motivação para estudar. Segui fielmente os ensinamentos, até o último segundo de preparação para a última prova. Sentia-me confiante e encarava o processo com muito mais naturalidade porque sabia que tinha feito exatamente aquilo que deveria fazer. Independentemente do resultado que estava por vir, tinha a consciência tranquila de ter dado o meu melhor e de ter estudado da maneira correta.
Felizmente, os meus objetivos se concretizaram em um final de tarde, enquanto voltava para casa durante o período de treinamento para o serviço militar obrigatório. Amigos me ligando, mandando prints da lista de aprovados na residência de Cirurgia Geral da UNICAMP com o meu nome entre eles. No momento, só conseguia agradecer por todo o processo e ensinamentos que tive durante essa jornada, incluindo as falhas no primeiro ano (certamente foram importantes para a construção de um candidato muito mais forte). A Mentoria, sem sombra de dúvidas, foi um dos grandes aliados para essa conquista e serei eternamente grato por todo o suporte.
O Rodrigo do primeiro ano teve garra, disciplina e resiliência. Aprendeu com os erros no ano em que não iria prestar prova “para valer”. O do ano seguinte foi, antes de tudo, audaz e procurou ajuda com pessoas experientes que haviam passado pelo mesmo processo.
Na maratona para a aprovação na residência médica existem os “dois Rodrigos”, mas infelizmente não há vagas suficiente. O concurso é de quem se prepara da maneira mais inteligente (de quem mais acerta, literalmente) e não de quem imprime um volume maior de estudo, desordenadamente. Cabe a você decidir qual dos dois deseja ser.
Se você acha que é preciso ler todas as apostilas pra aprender a matéria e melhorar seu desempenho ao longo da jornada de preparação para a residência médica, pode estar sendo afetado pelo bloqueio da leitura! Esse é apenas um dos bloqueios mentais que podem atrapalhar seus estudos e te impedir de ser aprovado na residência médica dos seus sonhos. No nosso e-book gratuito Os 15 bloqueios que te impedem de ser aprovado na residência, falamos de todos eles. Vale a pena ler para descobrir como vencer esses obstáculos no seu dia a dia.
Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando