Escolher uma especialização para a residência médica não é tarefa fácil. É fundamental levar em conta seus interesses e aptidões, além de detalhes mais abrangentes, como o mercado de trabalho e a concorrência no processo seletivo. Mas, para ajudar você a pensar mais a fundo sobre o assunto, vamos explicar um pouco sobre a residência em Hematologia Pediátrica.
Essa é uma área médica um tanto quanto recente, então oferece muitas oportunidades interessantes para os profissionais. A jornada para se formar na especialidade é intensa, mas muito gratificante e repleta de experiências com tutores renomados, em instituições reconhecidas nacional e internacionalmente.
Quer se aprofundar no tema e conhecer mais sobre o que espera por você nessa modalidade? Continue a leitura deste artigo e fique por dentro de todos os detalhes!
A Hematologia Pediátrica é a junção de duas especialidades: a Hematologia e a Pediatria. Seu objetivo é prevenir, diagnosticar e tratar doenças que afetem o sangue, a medula e o sistema linfático de crianças e adolescentes entre 0 e 18 anos de idade.
O papel desse especialista se faz ainda mais importante porque a avaliação de exames nessa faixa etária se difere bastante de adultos. Além disso, o atendimento por si só exige um cuidado bem direcionado, em especial em relação aos recém-nascidos e bebês.
O hematologista pediátrico também é responsável por identificar suspeitas de certos tipos de câncer, como a leucemia e o linfoma. A depender do caso, ele trabalhará em conjunto com o oncologista durante o tratamento do paciente.
As doenças tratadas nesta especialidade podem ser hereditárias ou adquiridas. Mas, em geral, apresentam uma alta complexidade. O médico também fica responsável por identificar casos de:
Para completar, além das consultas, faz atendimentos de emergência, participa de plantões, solicita, analisa e realiza exames, prescreve medicamentos, sugere e acompanha tratamentos, monitora pacientes em internação, e muito mais.
A rotina do especialista é bastante atribulada, como você pode ver. E vale lembrar ainda que ele não apenas fica em contato com pacientes jovens, mas também com seus familiares, o que também requer uma preparação específica para repassar explicações e diagnósticos.
Antes de entrar para a residência em Hematologia Pediátrica, é preciso passar por algumas etapas de estudo para aprofundar conhecimentos e direcionar seu foco para a especialidade. Conheça, a seguir, cada uma delas e o que fazer para executá-las com sucesso!
A faculdade de Medicina é onde começa toda a sua experiência de carreira. Ela tem a duração média de seis anos, com uma carga horária cumprida em período integral. No Brasil, é a graduação com o maior tempo de duração.
Nos dois primeiros anos de curso, o aluno fica imerso no chamado ciclo básico. Ou seja, tem contato com disciplinas mais teóricas, para desenvolver o raciocínio clínico e o domínio sobre a estrutura e o funcionamento do corpo humano.
Apesar de não estar em contato ainda com pacientes, é possível participar de atividades em salas de microscopia, laboratórios e rotinas de saúde. A partir do terceiro ano, começa o período clínico, que dura outros dois anos. Neste momento começa o contato com pacientes e o trabalho por meio de exames e diagnósticos de uma forma mais prática.
Os dois últimos anos incluem a dedicação ao internato hospitalar. Nele, a prática clínica é realmente intensa: o aluno participa de atendimentos em hospitais, plantões e atividades ambulatoriais supervisionadas por professores.
A residência médica em Pediatria tem acesso direto e é pré-requisito para quem deseja se dedicar à Hematologia Pediátrica. Isso significa que você pode se candidatar a uma vaga de sua instituição de escolha assim que se formar na faculdade de Medicina, mas vale lembrar que mesmo sendo oferecida em diversas instituições, é bastante concorrida.
A carga horária de um residente nesta especialidade é de 60 horas semanais. Elas se dividem entre 40 horas de atividades práticas e teóricas e 20 horas de plantão. Sua duração é de três anos. Durante esse período, o aluno aprende a:
A residência em Hematologia Pediátrica tem a duração de dois anos e a mesma divisão de carga horária que a Pediatria. Nessa especialidade, o residente se prepara para diagnosticar e tratar patologias onco-hematológicas, conhece quimioterápicos e medicamentos e seus efeitos colaterais, e cumpre uma carga de medicina transfusional.
O foco está sempre na faixa-etária que a Pediatria abrange. Durante a residência, o aluno também se dedica a atividades como:
O residente da Hematologia Pediátrica conta com auxílio e orientação de tutores, pode realizar pesquisas simultaneamente aos atendimentos práticos e deve participar de outras atividades complementares à sua formação, como eventos, congressos e palestras. É uma rotina puxada, que requer também equilíbrio emocional devido à gravidade das doenças estudadas e à idade dos pacientes.
Há também a possibilidade de se aventurar por essa especialidade por meio de outras especializações que não sejam a residência médica. Por exemplo, em cursos presenciais promovidos pela USP e voltados para a Onco-Hematologia Pediátrica, com a duração de dois anos e carga horária de 3840 horas no total.
E então, conseguiu entender melhor como funciona a residência médica em Hematologia Pediátrica? Se esse é o caminho que você quer seguir para sua carreira médica, a hora de começar a se preparar é agora!
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Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando
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