Fala, galerinha! Hoje a gente está aqui para esclarecer um assunto muito legal: como fazer residência médica no exterior. Esse é o sonho de muitos estudantes de Medicina: boa parte deles, inclusive, já inicia a graduação com foco nessa meta.
Outros, enxergam essa oportunidade conforme a experiência na área médica acontece. Fato é que, quando ela surge, não dá para deixar passar, certo? Embora nosso país tenha muitas vivências importantes para a carreira da nossa profissão, ter uma visão de mundo diferente também afeta positivamente nossa atuação e trabalho.
A seguir, você entende um pouco mais sobre o que é preciso para ser um residente em outro país e pode se preparar melhor para esse objetivo!
Antes de detalhar como fazer residência médica no exterior, é preciso falar de uma etapa muito importante: a escolha do país. Existem várias boas opções, mas algumas se destacam no campo da Medicina e a sua decisão será essencial para os próximos passos desse projeto. Conheça alguns países e como funciona o processo seletivo para a residência por lá.
Para ser residente em território norte-americano, os médicos estrangeiros precisam passar pela mesma prova de residência que quem mora no país. Ela é chamada de Steps, e conta com três fases.
Primeiro, você passa por uma avaliação de conhecimento clínico em área básica. Depois, é avaliado em uma prova prática, que simula atendimentos. Por último, seu perfil é testado em situações rotineiras. Assim que o resultado sai, o candidato descobre o hospital para o qual será encaminhado ou pode se candidatar a outras vagas que não foram preenchidas.
Portugal exige que o candidato passe pela Prova Nacional de Acesso (PNA). Ela acontece uma vez por ano, normalmente no mês de novembro, e funciona como uma espécie de concurso público.
O exame é bem parecido com as provas objetivas brasileiras: será preciso responder uma prova de questões de múltipla escolha das cinco grandes áreas da Medicina. Ao ser aprovada, o residente estará pronto para encarar dois internatos, um geral e um específico na especialidade escolhida.
Na Inglaterra não existem programas de residência como no Brasil. Por lá, o que rola é um sistema de acreditação, então o médico precisa montar um super currículo de experiências em estágios que são negociados de acordo com cada caso e especialidade.
Depois, ele passa por exames próprios de certificação dentro de cada grande área. Para ingressar, é preciso fazer uma prova de equivalência de conhecimentos. E uma dica importante: fazer contato prévio com os chefes dos departamentos de especialidades nas quais você quer estagiar pode abrir muitas portas.
No Canadá, é necessário revalidar seu diploma. É preciso consultar se sua universidade está registrada no World Directory of Medical Schools e, em caso positivo, se cadastrar no Physicians Apply.
Feito isso, você terá que aguardar cerca de 4 meses para uma resposta e ainda desembolsar algumas taxas, além de passar por etapas do Medical Council of Canada Qualifying Examination (MCCQE) e o NAC. Somente depois você estará apto a se candidatar às vagas de residência específicas para residentes.
Bem, em seguida, você precisará colocar em ordem toda a sua documentação. Isso vai muito além de estar com o passaporte e os documentos pessoais em dia, certo?
Pode ser que você precise traduzir oficialmente alguns papéis e formulários, com autenticação de cartório.
Também há a questão do visto, que é muito importante e pode levar algum tempo para ser tirado, conforme as burocracias legais exigidas. Há ainda a questão da obtenção, tradução e validação do seu diploma médico.
Além disso, algumas universidades internacionais exigem um exame especial para atestar suas competências médicas antes da candidatura à residência.
Por exemplo, nos Estados Unidos você passa pelo United States Medical Licensing Examination (USMLE). Ele tem 5 fases e ainda exige 3 cartas de recomendação de profissionais ou professores que já trabalharam com você.
Com os documentos e certificados organizados, você dá início aos processos seletivos no país escolhido, conforme a gente mostrou. Em alguns, como nos Estados Unidos, você aplica diretamente em programas de seu interesse.
Em outros, como em Portugal, você precisa fazer um estágio geral para somente depois passar para uma especialidade. Assim como no Brasil, essa parte de resultados e aprovação pode demorar um pouquinho, mas é só ter calma que em breve eles chegam.
Os programas de residência também têm duração entre dois e quatro anos, como é de costume por aqui. Mas e depois de finalizada a residência, se você quiser voltar para o Brasil?
Sem problemas! Mas será preciso realizar a prova do Revalida. Afinal, o seu diploma de conclusão da residência médica será estrangeiro, então para atuar aqui e fazer uso da sua titulação, esse exame é essencial.
Você já aprendeu como fazer residência médica no exterior, mas… será que vale mesmo a pena? A gente acha que sim! Mas é fundamental que você leve em conta algumas questões antes de tomar essa decisão.
Por exemplo, você precisa vencer a barreira da língua. É fundamental ser fluente, inclusive em termos técnicos, para se dar bem nesse período tão intenso de residência. No Canadá, ter um certificado de fluência é exigência primordial para qualquer programa de sua escolha.
Ainda tem a sua vida pessoal para levar em conta. Você deixará no Brasil amigos e familiares e deverá estar pronto para passar alguns perrengues vez ou outra.
Por outro lado, vale pensar no que cada país oferece de bom para você. Nos Estados Unidos, a remuneração de um médico é interessante, porque há escassez de médicos em alguns pontos do país.
Portugal, por sua vez, é considerado como um dos destinos mais tranquilos para médicos brasileiros por proporcionar uma adaptação mais fácil. Sendo assim, avalie cada uma dessas possibilidades, o que cada país oferece e o que está mais perto do que você almeja como profissional.
E então, deu para sacar o passo a passo de como fazer residência médica no exterior? Agora você já está com a faca e o queijo na mão e pode dar início ao processo, sem deixar de pesquisar muito sobre os países e programas e turbinar ainda mais os estudos para passar nas provas.Para começar a se preparar, corra para a Academia Medway e aproveite nossos materiais gratuitos, como o e-book Como ter um currículo padrão ouro. Você também pode ingressar em nosso Extensivo, um curso preparatório com estudo direcionado e específico para as principais provas teóricas das instituições de São Paulo.
Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor