Fala pessoal, beleza? Você sabia que o acesso venoso central se define por colocação de um cateter cuja sua extremidade atinja a veia cava superior ou no átrio direito? E que o primeiro relato de uma passagem de acesso venoso central, foi em 1929, porém em 1953, a técnica foi introduzida por Sven-Ivar Seldinger, fazendo assim uma técnica mais segura e confiável? Se você não sabia, sem problemas, fizemos esse texto para tirar as dúvidas mais comuns relacionadas sobre o acesso venoso central.
Mas antes de nos aprofundarmos no assunto, temos uma dica de ouro pra te dar: se você quer dominar a base da analgesia e sedação e se sentir seguro para prescrever um plano de analgesia otimizado e individualizado, sugiro fazer o nosso Curso de Analgesia e Sedação: do PS à UTI.
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Agora, voltando ao tema, vamos imaginar que estamos na sala de emergência e a enfermeira refere que um dos seus pacientes necessita de passagem de um acesso venoso central, ou cateter venoso central (CVC)…Pronto! O caos começou… MAAAAS, primeiro lugar, antes de nos desesperamos, tentando imaginar a técnica correta, vamos falar sobre indicações? As principais são:
Bom, se devemos atingir a veia cava superior ou no átrio direito, quais são os sítios que podemos fazer? Abaixo eu preparei uma tabela com os sítios e suas vantagens e desvantagens.
SÍTIO | VANTAGENS | DESVANTAGENS |
JUGULAR INTERNA | Risco pequeno de pneumotórax Menor risco de complicações graves em relação à veia subclávia.Taxa de falha mais baixa com operador novatoLocal mais facilmente compressívelFacilmente canulada durante a parada cardiorespiratória | Risco de punção da artéria carótidaDesconfortávelCurativos e cateter difíceis de manterPossível lesão do ducto torácico à esquerdaPontos de referência ruins em pacientes obesos / edematososEvitar em pacientes com traqueostomia concomitante, devido ao maior risco de infecção.Veia com tendência a colapsar com hipovolemiaAcesso difícil durante emergências quando o controle das vias aéreas está sendo estabelecido |
FEMORAL | Acesso rápido com alta taxa de sucessoNão interfere com a RCPNão interfere com a intubaçãoSem risco de pneumotóraxA posição de Trendelenburg não é necessária durante a inserção | Circulação retardada de medicamentos durante a RCPImpede a mobilização do pacienteDifícil de manter o local estéril, gerando maior risco de infecçãoAumento do risco de trombose iliofemoral |
SUBCLÁVIA | Fácil de manter os curativosConfortável para o pacienteMelhores pontos de referência em pacientes obesosAcessível quando o controle das vias aéreas está sendo estabelecido. | Maior risco de pneumotóraxSangramento relacionado ao procedimento menos passível de pressão diretaTaxa de sucesso diminuída com inexperiênciaInterferência com compressões torácicasRisco de estenose / oclusão, que impacta o futuro acesso arteriovenoso de hemodiálise |
Técnica de Seldinger – Acesso venoso central
A Técnica de Seldinger é a mais segura e confiável, apesar do maior custo, consiste em puncionar uma veia central com uma agulha longa, de pequeno calibre, por onde se avança um fio-guia. Com o fio-guia em posição adequada é introduzido um dispositivo de dilatação venosa vestindo o mesmo, e a seguir, o cateter venoso central é passado vestindo o fio-guia até o posicionamento desejado.
Todos os procedimentos de acesso venoso central, incluindo procedimentos de emergência, devem ser realizados em local que permita o uso de técnica asséptica, para reduzir complicações infecciosas. Isso inclui campos estéreis grandes o suficiente para cobrir todo o paciente, anti-séptico cirúrgico para lavagem das mãos, avental estéril de mangas compridas, máscara cirúrgica, luvas e cobertura para a cabeça.
Vai aí uma dica: toda vez que você for canular jugular ou subclávia, realizar o preparo da pele (assepsia) dos dois sítios (tórax e pescoço), caso o local planejado não possa ser canulado.
Obviamente, cada local anatômico para acesso venoso central, possui suas peculiaridades, cuidados especiais e posicionamentos específicos, mas de forma geral, usamos a técnica de Seldinger. Bora realizar um passo a passo para ficar mais fácil:
Complicações: IMEDIATAS ou TARDIAS
IMEDIATAS | TARDIAS |
SangramentoPunção arterialPneumotórax e hemotórax ArritmiaEmbolia aéreaLesão do ducto torácico ( acesso venoso central de subclávia esquerda e jugular interna esquerda)Mau posicionamento do cateter | Infecção Trombose venosa Embolia pulmonar Estenose venosaMau funcionamento do cateterPerfuração miocárdicaEmbolização por cateter |
Pessoal, como todo procedimento na sala de emergência, ele necessita de habilidade e conhecimento. Quanto mais hábil for o operador, menos chances de ocorrer erros. Saber a técnica correta e realizar o passo a passo adequado, diminui a chance de complicações imediatas e tardias.
Minha dica? Revisar a anatomia sempre que puder, vale muito a pena! Espero que vocês tenham gostado do tema de hoje e se caso você ainda não domina o plantão de pronto-socorro 100%, fica aqui uma sugestão: temos um material que pode te ajudar com isso, que é o nosso Guia de Prescrições. Com ele, você vai estar muito mais preparado para atuar em qualquer sala de emergência do Brasil.
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Bons estudos e até a próxima!
Nascida em Catanduva, interior de São Paulo. Médica pela faculdade do Oeste Paulista, louca e apaixonada pela Medicina de Emergência e Medicina Humanitária. Residência em Medicina de Emergência no Hospital Alemão Oswaldo Cruz e pós-graduação em Medicina Aeroespacial.
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