Fala, pessoal! Tudo bem? Como vai o dia a dia nos plantões? Nós, da Medway, tentamos fazer sempre o possível para tornar a rotina no hospital um pouco mais fácil. Sendo assim, hoje vamos falar a respeito de 3 temas de UTI que você precisa saber, pois eles são muito importantes para enfrentar muitos dilemas que possam aparecer. E aí, bora conferir?
Descrito pela primeira vez em 1929, na Alemanha, o Cateter Venoso Central (CVC) é um cateter que possui uma ponta que deve ficar posicionada dentro do átrio direito ou no 1/3 médio da veia cava superior.
A técnica atualmente preconizada é a técnica de Seldinger (1953!). Esta garante um acesso seguro e minimamente invasivo à circulação central. O acesso pode ser através da veia jugular interna (E ou D), da veia subclávia (E ou D) e da veia femural (E ou D). O mais preconizado é através da veia jugular interna, tendo em vista o trajeto retilíneo até o átrio direito, vide imagem abaixo.
Curiosidade: a partir da técnica de Seldinger, foi desenvolvida a angioplastia.
Jugular, subclávia e femoral. O local deve ser escolhido de forma individualizada para cada paciente, de forma que a doença de base, a anatomia, outras necessidades de cateteres (ex.: hemodiálise) e a experiência do profissional sejam levadas em conta.
O procedimento deve ser feito sempre que disponível, guiado por ultrassom, tendo em vista sua melhor performance, menor quantidade de punções, menor tempo de procedimento e capacidade de teste de posicionamento.
Além disso, o uso do ultrassom pré-procedimento permite ao profissional a identificação de variações anatômicas, presença de tromboses e permeabilidade dos vasos.
De acordo com o UpToDate, um estudo com 140 crianças, identificou variações anatômicas em 7% delas. Mas, como nada é perfeito, o CVC pode apresentar complicações:
Galera, beleza? Com certeza, você ouve todos os dias sobre sonda de alívio… E acha talvez até bobo, mas você conhece todas as indicações? Numa emergência ou na falta da equipe de enfermagem, sabe passar? Não aprendemos essa técnica na faculdade, então, é interessante saber! Lembre-se de que não existe tema bobo. Quanto mais soubermos, melhor para nós, sempre!
Antes de seguirmos, queremos fazer uma indicação para você que quer se aprofundar no universo das emergências: o nosso Manual de diluições em emergência e UTI. Faça o download gratuito para saber mais sobre drogas vasoativas, sedoanalgesia, entre outros temas importantes para quem quer encarar as salas de emergência. Faça o download AQUI.
Agora vamos lá!
O Cateter Vesical de Alívio é uma sonda, introduzida através da uretra até a bexiga. O procedimento é estéril, logo, é necessário luva de procedimento estéril, assepsia e antissepsia, campo, lidocaína.
O cateter padrão é o de Nélaton, que possui ponta romba, garantindo uma boa flexibilidade e menor chance de causar pequenos traumas e lesões no paciente.
Figura 2 – Cateter de Nelaton.
A vasopressina é um agente vasopressor puro não catecolaminérgico, ou seja, que faz vasoconstrição. Logo, aumenta a pressão arterial média (PAM) do paciente.
Também conhecida como hormônio antidiurético (ADH), a vasopressina ativa os receptores V1a.
Seu principal uso é no choque distributivo! Na hipotensão, certo?
Usar em pacientes chocados que permanecem com PAM ≤ 65 mmHg, apesar da tentativa de ressuscitação volêmica com volume e noradrenalina (norepinefrina).
Titular sempre para a MENOR DOSE EFICAZ.
Apresentação: Vasopressina – ampola 20 UI/mL.
Na prescrição: Vasopressina 1 mL + SG 5% 49 mL (Concentração: 0,4 U/mL)
No dia a dia: máximo de 12 ml/h na bomba!
*Não há ajuste para insuficiência renal nem hepática!
Ficou com alguma dúvida acerca dos 3 temas de UTI apresentados? Deixe um comentário aqui embaixo! Será um prazer respondê-lo!
Caso vocês ainda não dominem o plantão de pronto-socorro 100%, fica aqui uma sugestão: temos um material que pode te ajudar com isso, que é o nosso Guia de Prescrições. Com ele, você vai estar muito mais preparado para atuar em qualquer sala de emergência do Brasil.
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HEFFNER, Alan C.; ANDROES, Mark P. Overview of central venous access in adults. UpToDate, 10 maio 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/overview-of-central-venous-access-in-adults. Acesso em: 1 dez. 2021.
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LIMA, Franciane Dantas de; SILVA, Luciana A. P. Elaboração do Procedimento Operacional Padrão sobre Cateterismo Vesical de Alívio. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2016. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hugg-unirio/acesso-a-informacao/documentos-institucionais/pops/cti-neonatal/pop-3-11_cateterismo-vesical-de-alivio.pdf. Acesso em: 1 dez. 2021.
MANAKER, Scott. Use of vasopressors and inotropes. UpToDate, 17 nov. 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/use-of-vasopressors-and-inotropes. Acesso em: 1 dez. 2021.
PEBMED. Enfermagem. Disponível em: https://pebmed.com.br/category/enfermagem. Acesso em: 1 dez. 2021.
Nascido em 1993, em Maringá, se formou em Medicina pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital Israelita Albert Einstein.
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