Pensa em fazer residência médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo? Esse é um excelente caminho para se seguir! No entanto, é bastante puxado, porque antes você precisará cumprir como pré-requisito a residência em Cirurgia Geral. Ao longo da experiência como residente dessa especialidade, você aprenderá mais, na prática, sobre os diversos tipos de cirurgia do aparelho digestivo. Mas, desde já, pode conhecer um pouco mais a fundo sobre eles para saber o que te espera no futuro profissional dessa área.
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Então, vamos lá? Continue a leitura para descobrir tudo sobre esse assunto e outras informações importantes sobre a residência e a própria especialidade!
Antes de falar sobre os tipos de cirurgia do aparelho digestivo, é importante conhecer um pouco mais sobre a especialidade. Ela trata de todas as patologias desenvolvidas no sistema digestivo, menos da cavidade oral.
O especialista da área é denominado gastrocirurgião. Esse profissional se responsabiliza por cirurgias, exames e, geralmente, não fica em contato direto com o paciente, participando de seu tratamento somente no momento da operação, indicada ou encaminhada por outro profissional. Depois, o período do pré-operatório, quando sem complicações, exige um relacionamento mais breve.
O médico ainda tem uma rotina mais movimentada, em especial se escolher lidar com cirurgias de alta complexidade. Em geral, precisa também cumprir uma carga rotineira de plantões quando escolhe atuar em hospitais.
Entre as características e habilidades esperadas desse cirurgião, estão:
O trabalho do médico também é realizado em conjunto com outros profissionais da saúde, como médicos intensivistas, radiologistas e enfermeiros.
As operações são, usualmente, demoradas, e os pacientes, críticos. Muitos casos chegam ao médico já com complicações. Então, vale reforçar que é um trabalho intenso, que exige muito profissionalmente. Além da atuação prática, ainda é possível se dedicar a produções científicas, laborais e clínicas.
E então, quais são os principais tipos de cirurgia do aparelho digestivo? Veja aqui algumas opções com as quais você pode trabalhar caso escolha essa especialidade!
A cirurgia oncológica é realizada para retirar tumores cancerígenos, em especial, malignos, do sistema digestivo. Também inclui transplantes e retiradas de órgãos. É um dos tipos de cirurgia do aparelho digestivo mais complexos e demorados.
A cirurgia bariátrica, também chamada de gastroplastia, serve para reduzir o estômago. Seu objetivo é tanto plástico quanto reparador, e pode ser feito de várias maneiras, como com corte e remoção de parte do estômago, ou mesmo a inserção de anéis que evitam que o órgão se expanda.
A cirurgia metabólica pode ser realizada em pacientes que não têm sucesso no combate a doenças associadas à obesidade, como o diabetes tipo 2. Esse é um procedimento mais voltado para o controle de progressão das doenças, quando remédios, dieta e exercícios não funcionam. A intenção é evitar até mesmo que o paciente precise usar medicação preventiva após a operação.
Esse é um procedimento minimamente invasivo, que permite que o cirurgião enxergue melhor o interior da cavidade abdominal. Várias incisões são feitas no paciente e um instrumento com uma câmera microscópica é inserido. O médico pode realizar o procedimento com pinças e com a ajuda de um robô.
Esse procedimento visa restituir a estrutura anatômica abdominal. É indicada para problemas de hérnias abdominais que surgem por motivos congênitos ou se desenvolvem a partir das camadas da parede do abdômen.
A cirurgia de obesidade é uma vertente da cirurgia bariátrica. Seus princípios e recomendações são basicamente os mesmos, o que muda geralmente é a técnica aplicada.
Nessa cirurgia acontece a remoção completa da vesícula biliar. Essa é uma intervenção de baixa complexidade, e é recomendada para pacientes com vesícula inflamada, pedras na vesícula ou câncer na região.
Primeiro, o refluxo gastroesofágico é tratado com medicação, dieta específica e mudança de hábitos. Caso isso não funcione, é preciso realizar a cirurgia, destinada a reverter condições de defeito anatômico, lesões ou retirar tumores.
Quando o apêndice inflama ou infecciona, é preciso realizar uma cirurgia de remoção. É um dos procedimentos mais comuns da especialidade.
Se a inflamação das hemorroidas não é tratada satisfatoriamente por indicações clínicas, é preciso realizar a hemorroidectomia. Os casos atendidos podem ser de alta ou baixa complexidade.
Como você viu, a residência em Cirurgia do Aparelho Digestivo pede pré-requisito de dois anos em Cirurgia Geral. Depois, o programa da especialidade tem a duração também de dois anos.
No primeiro ano de residência, o médico atua na enfermaria, em casos de pré e pós-operatório. As cirurgias são um pouco mais simples e o residente costuma atuar como acompanhante de tutores e preceptores.
No segundo ano, as residências costumam ser mais complexas e interessantes. Além da enfermaria, o médico atua em ambulatórios, centros cirúrgicos e participa de reuniões e discussões de caso. Também precisa cumprir uma carga horária de plantões.
O principal objetivo do programa é capacitar o residente em cirurgias de alta complexidade. Vale lembrar, porém, que aqueles que querem atuar com cirurgia bariátrica e transplantes precisam continuar a se especializar em cursos e pós-graduações específicas.
Pronto! Agora você já está por dentro dos tipos de cirurgia do aparelho digestivo e sabe exatamente o que te espera na residência dessa especialidade. Portanto, se é esse mesmo o caminho que quer seguir, não perca tempo e prepare-se, porque antes você precisa encarar também a residência de pré-requisito.Na Academia Medway, você encontra uma série de materiais gratuitos que podem ajudar nessa etapa, como o e-book com 20 questões de Cirurgia da Unifesp. Você ainda pode entrar para o Intensivo São Paulo, um curso que ocorre a parte do meio do ano e tem conteúdo totalmente voltado para as instituições do estado. Opção para tirar as provas de letra não faltam, então comece logo a estudar com a gente!
Catarinense e médico desde 2015, Djon é formado pela UFSC, fez residência em Clínica Médica na Unicamp e faz parte do time de Medicina Preventiva da Medway. É fissurado por didática e pela criação de novas formas de enxergar a medicina. Siga no Instagram: @djondamedway