Diagnóstico da paralisia flácida aguda: saiba mais!

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Fala, pessoal! Hoje vamos falar sobre o diagnóstico da paralisia flácida aguda. Esse termo tem sido usado para descrever qualquer síndrome causada por perda ou disfunção das células do corno anterior na medula espinhal como resultado de condições infecciosas ou inflamatórias. 

Conhecer o diagnóstico dessa condição te ajuda na hora de encarar um caso assim no pronto-socorro. E aí, tá preparado? Então, bora saber mais sobre o assunto!

Saiba mais sobre o diagnóstico da paralisia flácida aguda
Saiba mais sobre o diagnóstico da paralisia flácida aguda

Para começar a falar sobre o diagnóstico da paralisia flácida aguda…

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a PFA como o início súbito de paralisia/fraqueza em qualquer parte do corpo de crianças menores de 15 anos. 

É importante se atentar que essa definição não abrange apenas casos de poliomielite, mas também casos de polirradiculopatia (síndrome de Guillain-Barré), neuropatia tóxica e distúrbios musculares. 

Além disso, com a proximidade da erradicação pela vacinação, a poliomielite, que era a principal causa para paralisia flácida aguda, tem sido substituída por um crescente reconhecimento de que outros vírus podem causar AFP, incluindo o enterovírus D68. Nessa condição específica, o termo pode ser conhecido como mielite flácida aguda.

Quando falamos das características clínicas da paralisia flácida aguda, a maioria dos pacientes apresenta sintomas respiratórios superiores ou febre nos dias ou semanas anteriores ao início da fraqueza. 

Uma vez iniciados os sintomas neurológicos, a evolução da fraqueza flácida pode ocorrer ao longo de horas a dias. Outros sintomas como rinorreia, vômito ou diarreia também são comuns.

Avaliação inicial

A avaliação padrão de pacientes com suspeita de paralisia flácida aguda inclui:

  • ressonância magnética da coluna cervical e torácica com e sem contraste;
  • ressonância magnética do cérebro com e sem contraste;
  • análise do líquido cefalorraquidiano;
  • swabs nasofaríngeos para testes virais;
  • amostras fecais para testes virais; 
  • testes de soro;
  • painel de arbovírus.

Diagnóstico da paralisia flácida aguda

O diagnóstico da paralisia flácida aguda requer um fenótipo clínico que inclui fraqueza flácida aguda e ressonância magnética da medula espinhal. Esta última revela, predominantemente, o envolvimento da substância cinzenta. 

De modo a fechar o diagnóstico definitivo, um conjunto mais restritivo e específico de critérios foi proposto, dentre eles:

Presença de:

  • febre prodrômica ou síndrome viral;
  • fraqueza envolvendo membros, pescoço, face e músculos bulbares, devendo ser acompanhada de tônus ​​diminuído e reflexos tendinosos diminuídos ou ausentes;
  • predominância de substância cinzenta, lesão hiperintensa em T2 na ressonância magnética da coluna, abrangendo vários níveis, com ou sem realce da raiz nervosa ventral;
  • eletromiografia e evidência de estudo de condução nervosa de uma neuronopatia motora com condução nervosa sensorial intacta;
  • estudos do LCR mostrando pleocitose (contagem branca > 5 células/microL).

Ausência de:

  • déficits sensoriais objetivos no exame neurológico;
  • substância branca supratentorial ou lesões corticais > 1 cm;
  • encefalopatia que não pode ser explicada por febre, doença, desconforto respiratório ou anormalidades metabólicas;
  • elevação da proteína no líquido cefalorraquidiano >2x o limite superior da normalidade na ausência de pleocitose;
  • diagnóstico alternativo definível.

Atenção: saber reconhecer e descartar potenciais mimetizadores da paralisia flácida aguda é uma parte essencial da avaliação diagnóstica.

É isso!

Agora que já terminou de ler o texto sobre o diagnóstico da paralisia flácida aguda, quer conferir mais assuntos como esse? Então, por que não curte a nossa página no Facebook e segue a gente lá no Instagram pra ficar antenado e não deixar nada passar? Pra cima!

Referências

Bitnun, A., Yeh, EA Paralisia Flácida Aguda e Infecções Enterovirais. Curr Infect Dis Rep 20, 34 (2018). https://doi.org/10.1007/s11908-018-0641-x Greenberg, B. Acute flaccid myelitis. UpToDate. 2022. Disponível em: < http://www.uptodate.com/online>. Acesso em: 09/02/2022

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AmandaMazetto

Amanda Mazetto

Formação em Medicina na Universidade Nove de Julho pelo FIES. Pesquisa no Instituto do Coração de São Paulo da Faculdade de Medicina da USP.