Em algum momento da sua vida, provavelmente, você passou por uma endoscopia. Esse procedimento já virou rotina para muitas pessoas e é comumente solicitado por médicos de diversas especialidades. Porém, você sabia que é possível estudar esse processo separadamente?
A especialização em endoscopia faz parte do programa de residência médica de várias instituições renomadas, como o Hospital Sírio-Libanês, o Hospital das Clínicas (HCFMUSP) e a Unicamp. Se você está curioso para saber como ela funciona, continue a leitura!
A endoscopia é um exame que proporciona a visualização de algumas regiões internas do corpo humano (trato gastrointestinal, traqueia, intestino grosso) por meio de uma câmera. O objeto é acoplado na ponta de um tubo, também chamado de sonda, que percorre a área que deve ser analisada.
Para a segurança do paciente, evitando movimentações de desconforto e náusea, são utilizados sedativos intravenosos. Assim, o médico endoscopista pode realizar o exame calmamente para identificar lesões, tumores ou doenças, como refluxo, gastrite, infecções e úlceras.
A captura de imagens em alta definição auxilia em biópsias futuras. O procedimento deve ser feito quando o paciente apresenta múltiplas queixas. Algumas delas são dores intestinais e abdominais, alteração na cor das fezes, vômito ou fezes com sangue, azia, dor para se alimentar e fazer as necessidades fisiológicas.
Cada endoscopia possui tipos de sedação (tópica ou geral) e preparação com diferentes medicamentos no dia anterior, incluindo restrição alimentar ou jejum. A duração delas também varia em torno de 30 minutos.
A broncoscopia, chamada de endoscopia respiratória, é realidade pelas vias aéreas. O broncoscópio é introduzido pela boca ou pelo nariz e capta as imagens que auxiliam no diagnóstico. No geral, o exame é solicitado para avaliar a região dos brônquios, coletar secreção e fazer uma biópsia pulmonar.
Ele é recomendado para pacientes que se encontram com tosses frequentes e persistentes, suspeita de tuberculose, bronquite, sangramento pelo nariz ou pela boca e alteração na radiografia.
A colonoscopia, ou exame de endoscopia digestiva baixa, é recomendada principalmente para o diagnóstico de câncer no cólon. Ela analisa o interior do intestino grosso e do reto para identificar pólipos (crescimento do tecido da mucosa), tumores e infecções.
A solicitação deve ser feita pelo médico em casos de diarreia ou constipação sem causa aparente, com suspeita de úlceras, retite, colite, câncer colorretal, sangramento na evacuação, entre outros.
A gastroendoscopia é a mais comum e tem como objetivo analisar os órgãos do sistema digestivo, incluindo estômago e esôfago. Também chamada de endoscopia digestiva alta, ela é feita sob sedação pela boca, durando cerca de 20 minutos.
Geralmente, o procedimento é feito quando o paciente sofre com dificuldades para engolir, tem dores abdominais e mal-estar após as refeições, como azia, sensação de estufamento e queimação.
A cistoscopia é a menos conhecida quando comparada aos demais tipos de procedimentos apresentados. Ela avalia as vias urinárias, com foco no interior da uretra e da bexiga, para o diagnóstico de alterações, lesões, cálculos vesicais e outros.
Esse exame é indicado quando há suspeita de câncer de bexiga, quadros clínicos de dores (moderadas e intensas), sangue na urina, ardência ao urinar, dor na bexiga, incontinência e infecções urinárias recorrentes.
Agora que você já sabe o que é endoscopia, é hora de entender como a residência médica na área funciona. Por ser uma especialidade com pré-requisito, é necessário já ter concluído dois anos em clínica médica, três anos em cirurgia geral ou dois anos em cirurgia básica.
O programa de endoscopia possui duração de dois anos. Durante esse período, o futuro médico endoscopista faz o treinamento para estar capacitado a realizar o exame, estabelecer diagnósticos e tratamentos em decorrência dos resultados.
Para ingressar na residência, é preciso ser aprovado no processo seletivo da instituição escolhida. Na maioria, o modelo de prova conta com questões da residência exigida (clínica médica ou cirurgia geral) em etapas teórica e prática. Em alguns casos, há análise de currículo e entrevista.
A preparação deve começar pela leitura do edital da prova, para entender os critérios de avaliação, o conteúdo solicitado nas questões e os prazos de cada fase. Assim, o candidato pode direcionar os estudos e elaborar um cronograma até o dia da prova.
Ter uma ajuda extra é essencial para se sentir mais confiante nas provas. Por isso, muitas pessoas optam por se matricular em um curso preparatório, como Intensivo, Extensivo, Extensivo R3, CRMedway, desenvolvidos por nós.
As aulas são preparadas por especialistas de diversas áreas e seguem a metodologia padrão-ouro. Com isso, os conteúdos são selecionados por meio de estatísticas obtidas pela análise de provas anteriores, distribuídos em módulos com práticas em simulados exclusivos e banco de questões comentadas no aplicativo.
Quer se tornar um médico endoscopista e precisa de ajuda nessa fase cheia de desafios? Então, entre para nosso time! Aqui, em nosso blog, você tira suas dúvidas sobre o processo seletivo. Com nossos cursos, a chance de aprovação é ainda maior. Confira!
Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway