A forma de estudar influencia diretamente o desempenho para as provas, sejam elas da graduação em Medicina ou da Residência Médica. Por isso, vamos apresentar dois métodos de aprendizado: estudo ativo e passivo. Cada um funciona de uma forma e pode melhorar o rendimento na preparação para as avaliações.
Ao seguir as técnicas de estudo, principalmente o ativo, seu aprendizado pode ser mais organizado, enquanto o desempenho também sai em vantagem. Isso porque você pode testar e descobrir as formas mais efetivas de fixar o conteúdo para os processos seletivos. Confira o que é estudo ativo e passivo abaixo!
O estudo passivo nada mais é que a leitura sem aplicação do conteúdo. Basicamente, significa ler as apostilas em sala de aula ou em casa, tentando aprender por osmose, apenas reproduzindo o conteúdo.
É o que você já fez como estudante de Medicina em véspera de prova, em que a preparação foi ler todos os slides dos últimos meses e decorar a maioria deles. Na semana seguinte, é possível que sua memória tenha falhado para se lembrar de alguns conteúdos.
O fato é que se trata de uma leitura pura e simples, focada em absorver o máximo de matéria no menor tempo possível. Com isso, você deixa de se aprofundar nos conceitos, decora mais que aprende e tem um aprendizado superficial, esquecido aos poucos.
Estudo ativo e passivo funcionam de formas contrárias. Neste caso, o foco é total no aprendizado. Quando você aprende, o conteúdo fica consolidado e pronto para ser aplicado em diversas situações, não apenas na prova de residência.
Inclusive, se você acredita que é preciso ler todas as apostilas para aprender a matéria, saiba que isso pode ser um sinal de um bloqueio mental. Ele atrapalha o aprendizado e dificulta o caminho da preparação para as provas.
Como o aprendizado ativo é mais eficaz e possui efeitos duradouros na memória, é a forma que mais traz resultados positivos. Veja alguns métodos de estudo ativo, a seguir.
Sempre que for iniciar a leitura de um conteúdo, organize-se e pergunte-se sobre o que é necessário saber. Por exemplo, ao estudar uma apostila de Onco-Ginecologia, você não vai focar em todos os conteúdos sobre cânceres ginecológicos. Você tem que saber o que cai nas provas e como é provado.
Se você faz cursinho, é fácil: via de regra, é o que foi dado em aula! Então, leia seu caderno antes de iniciar e use-o para guiar seu estudo pelos temas mais importantes.
Além disso, outra prática do estudo ativo é resolver questões sobre o assunto antes de iniciar a leitura. Desse modo, você sabe não apenas os temas recorrentes, mas a forma que eles são cobrados. Essa é uma das principais vantagens desse método.
Sempre que for possível, relacione os conceitos novos aos que você já aprendeu. Ao estudar hipercalcemia, por exemplo, vendo que pode ser uma causa de diabetes insipidus, você olha como isso acontece e o que exatamente é a doença.
Ao estudar acidose tubular renal do tipo IV, você cria uma relação mental: essa é a do diabético que começa com uma hipercalemia inexplicada. É o que você precisa saber do assunto! Relacionando conceitos, você cria uma rede de conhecimento muito mais acessível.
Após terminar o estudo ativo e passivo da matéria, faça um resumo mental (não um mapa mental, o que nós contraindicamos) para tentar responder àquelas perguntas que você fez no início da leitura.
Basicamente, você vai tentar ensinar a matéria a si próprio. Se notar que está com dificuldade em autoexplicar a matéria, não aprendeu direito. Identifique quais foram os pontos que ficaram mais nebulosos e retome-os.
A Medicina prática e teórica é a mesma, apesar de parecer não ser, principalmente quando você tem o primeiro contato com um caso que estudou.
Aplique o conhecimento aprendido pelas apostilas, nem que seja apenas para relembrar casos que você viu no internato. Assim, o conhecimento já fica muito mais consolidado.
Faça sempre perguntas sobre o assunto estudado e jamais se contente com explicações rasas: “Em caso de hipotensão refratária a volume, utilize drogas vasoativas”: por quê? O que as drogas vasoativas fazem? Qual utilizar nesse caso? Existe alguma contraindicação? É preciso saber a dose ou a diluição? Todo aprendizado raso vai se traduzir em dúvidas.
Deu para perceber que penas sentar e estudar lendo não é uma técnica aceitável há muito tempo!
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Professora da Medway. Formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com Residência em Clínica Médica (2019-2021) e Medicina Intensiva (2022-2025) pela Universidade de São Paulo (USP - SP). Siga no Instagram: @anakabittencourt