Fala, pessoal! Tudo certo? Vamos ver hoje o manejo clínico da fibrilação atrial no pronto-socorro. Bora?
É importante termos este fluxograma de forma medular na nossa cabeça:
Além disso, quando nos deparamos com um paciente com fibrilação atrial na sala de emergência, devemos nos lembrar da classificação da fibrilação atrial:
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Na sala de emergência, precisamos ser práticos, rápidos e assertivos. Então, vamos por cenários e como manejá-los.
*** > 75 anos / AIT ou AVC prévio ou 2 desses: > 65 anos; sexo feminino; insuficiência cardíaca; hipertensão arterial; diabetes; doença arterial coronariana grave; doença renal crônica; hipertrofia de ventrículo esquerdo (> 15 mm).
Vamos então restaurar o ritmo sinusal.
Heparina plena por 6 a 12 horas ? cardioversão (química ou elétrica)
Diminuem a condução elétrica do nó atrioventricular (nó AV).
Observação: não usar em pacientes com ICFER.
Repetir dose até obter controle da frequência cardíaca (dose máxima: 20 mg = 04 ampolas).
Usar principalmente em pacientes com ICFER.
Observação: não usar em pacientes com ICFE preservada!
Boa, galera! Agora, independentemente se a escolha foi reverter a fibrilação atrial ou apenas o controle de ritmo, vamos para a decisão de anticoagulação. Esta não depende de você, e sim do risco de sangramento e o risco do paciente de ter um evento tromboembólico (AVC). Sem esquecer, claro, das preferências do paciente.
É importante, sempre, pesar a proteção da prevenção de qualquer evento tromboembólico e o risco de sangramento.
Calcularemos este risco a partir do Escore CHA2DS2 VASc, que indica o risco do paciente ter um AVC secundário à fibrilação atrial não valvar.
Sendo que:
Pontuação ≥ 2 em homensPontuação ≥ 3 em mulheres | ANTICOAGULAÇÃO SIM. |
Pontuação 1 em homens Pontuação 2 em mulheres | Se esse fator de risco (exceto o sexual) for a idade entre 65-74 anos, é indicada a anticoagulação sim (se HAS BLED <3). |
Pontuação 0 em homensPontuação 1 em mulher | Ou seja, zero fatores de risco não sexuais, a anticoagulação não está indicada. |
Para complementar sua estratificação, existe o Escore HAS BLED, que estima o risco de sangramento em 1 ano no paciente com fibrilação atrial em uso da Varfarina.
Esse escore vai somar com sua bagagem de informações do paciente para decidir entre o risco-benefício da anticoagulação.
É possível escolher entre a anticoagulação parenteral e a oral.
Para pacientes internados aguardando cardioversão elétrica.
São os DOAC (anticoagulantes diretos) ou a varfarina.
Contraindicados em pacientes com FA VALVAR (estenose mitral mod-grave e prótese valvar mecânica), como inibidores do fator Xa, por exemplo.
Droga de escolha na presença de VA valvar ou pacientes sem condição financeira ou escolha do paciente.
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Aquele abraço e até a próxima.
Nascido em 1993, em Maringá, se formou em Medicina pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital Israelita Albert Einstein.