Opa, pessoal! Como estão? O atendimento ao paciente é o primeiro passo para o diagnóstico, afinal, a comunicação entre médico e paciente é fundamental para entender os sintomas. Então, o que pode acontecer quando há desconfiança dentro dessa comunicação? Com isso, vamos falar hoje sobre gaslighting médico!
A desconfiança que o médico passa pode prejudicar a saúde física e mental do paciente de forma que pode ser irreversível. E mesmo o doutor ou doutora estando certos, a reação da pessoa atendida pode influenciar a sua visão sobre hospitais e clínicas e acabar fazendo com que ela evite esses ambientes. No final, ninguém é beneficiado com isso.
Quer entender como evitar o gaslighting médico? Então, continue aqui com a gente!
Esse termo foi originado após a repercussão do filme “Gaslight”, de 1944. O filme conta a história de um marido que tenta confundir as percepções da esposa e convencer que ela está louca. Isso ocorre quando ele, propositalmente, apaga e acende as luzes mas nega para ela, convencendo-a, assim, de sua insanidade.
Então, o gaslighting é o abuso emocional com objetivo de persuadir sua vítima e fazer com que sejam questionados seus sentimentos e instintos, uma vez que ela hesita em confiar na sua percepção. Assim, é mais provável a permanência na relação, pois as dúvidas sobre saúde do relacionamento são abafadas pela manipulação do parceiro.
Mas como isso pode ser relacionado à relação médico e paciente? Bom, os preconceitos sobre determinados grupos sociais existem em todas as áreas, e isso afeta o diagnóstico e tratamento de quem precisa.
Assim, o gaslighting médico é quando o médico não acredita no que o paciente diz, desconsiderando ou menosprezando sentimentos e dores, negando sintomas, não pedindo exames e fingindo normalidade sobre dores e frustrações ao afirmar que elas existem por conta do emocional do indivíduo.
As pessoas confiam nos médicos por ter autoridade no assunto, então algumas aceitam o que lhes é passado sem questionar.
Não há uma regra, isso pode acontecer com todos, mas algumas pessoas são vítimas mais frequentes desse tipo de situação. Então, é muito importante que todos entendam como funcionam os sinais e identificar, tanto os médicos para não cometerem esses erros futuramente quanto os pacientes para não sofrerem com as consequências.
De duas formas podemos ver um gaslighting médico. Por exemplo: o médico resume o problema psicológico de uma mulher ao estado emocional dela, diminuindo ou falando que vai melhorar sozinho. Quando a mulher insiste, corre o risco de ser enxergada como insana.
Foi dessa maneira que a vida da escritora Virginia Woolf chegou ao fim. Ela teve uma batalha difícil contra a depressão, porém era taxada de louca por seus médicos (todos homens). A escritora cometeu suicídio em 1941.
A população LGBTQIA+, moradores em áreas marginalizadas, negros e pessoas acima do peso do IMC são vítimas frequentes do gaslighting.
Virginia Woolf não é a única que teve esse fim trágico. Uma pequena demora para o diagnóstico ou para o tratamento pode encerrar vidas, então a todo momento os doutores precisam estar atentos às possíveis causas.
Passar apenas remédios que aliviam a dor momentânea não é o melhor jeito de tratar alguns casos. O paciente pode sentir a melhora imediata, mas estende o tempo da doença, o que possibilita a degradação da saúde. Procure sempre passar exames para identificar exatamente o motivo de dores, mal-estares e desconfortos.
Quando o paciente se sente abusado psicologicamente, isso o faz criar uma camada de proteção em que a necessidade de ir a hospitais e clínicas diminui. Portanto, a pessoa raramente buscará ajuda médica, podendo agravar sua patologia.
Em casos de doença psiquiátrica, o gaslighting é o veneno para intensificar a situação do paciente. Em uma sociedade onde a instabilidade emocional pode ser vista como vulnerabilidade ou vergonha, admitir precisar de ajuda é o maior e mais difícil passo para a cura.
Desse modo, qualquer tipo de gaslighting médico, com qualquer pessoa, precisa ser evitado. Antes de sermos médicos, prometemos não fazer mal e precisamos evoluir ao máximo não só os nossos conhecimentos e habilidades, mas também a nossa humanidade.
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Nascido em 1991, médico desde 2015, formado pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA) e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) finalizada em 2018. "Nunca quis seguir o fluxo. Sempre acreditei que existe uma fórmula do sucesso para cada um de nós. Se puder conquistar sua mente, poderá conquistar o mundo." Siga no Instagram: @mica.medway