E aí, você está por dentro do mais novo guia sobre fake news na saúde? Esse é um lançamento recente, mas muito importante para toda a comunidade médica e demais profissionais da área.
Se atualizar a respeito desse assunto é indispensável, principalmente para quem trabalha com a população mais vulnerável em nosso país. E vale lembrar também que se atualizar sobre o assunto é seu dever e contribui bastante com sua forma de realizar atendimentos e procedimentos.
Então, vamos lá! A seguir, você confere tudo a respeito desse guia, quais assuntos ele aborda e descobre quem é o responsável por essa ideia.
O guia sobre fake news na saúde é um trabalho realizado pelos pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Fiocruz e de três Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia – Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC) e Disputas e Soberanias Informacionais (INCT-DSI). Um time de peso, não é mesmo?
A publicação engloba assuntos que são considerados como nocivos à saúde da população. E que, normalmente, são bastante divulgados em redes sociais como WhatsApp, Facebook, TikTok, YouTube e Instagram. Por exemplo, campanhas contra vacinação, tratamentos sem comprovação científica, receitas de emagrecimento e medicamentos falsos.
Além disso, o guia conta com diversos cursos de educação midiática. A partir da leitura, é possível acessar várias fontes de informação confiáveis e espaços em que dados podem ser checados, além de recursos com notícias atualizadas sobre as temáticas abordadas.
É importante ressaltar que desinformação sobre saúde representa uma ameaça significativa para a sociedade em geral, pois pode ter uma série de impactos negativos que afetam a saúde pública e o bem-estar das pessoas. Veja só o que ela pode causar!
A propagação de informações falsas ou enganosas sobre saúde leva as pessoas a tomarem decisões prejudiciais, como recusar vacinas, adotar tratamentos não comprovados ou aderir a práticas de saúde perigosas. Isso pode resultar em surtos de doenças evitáveis e no agravamento de condições médicas.
A desinformação muitas vezes promove o pânico e o alarmismo, e aumenta a ansiedade e o medo nas pessoas. Os pacientes passam a apresentar comportamentos irracionais, estresse emocional e sofrem com impactos negativos na saúde mental.
Quando as pessoas são expostas repetidamente a informações falsas ou contraditórias sobre saúde, confiam menos nas instituições de saúde pública, nos especialistas médicos e na ciência, o que pode levar à resistência diante de políticas de saúde pública e da necessidade de adesão a medidas preventivas, além de prejudicar os esforços para controlar doenças e promover o bem-estar coletivo.
Os boatos acerca de temas de saúde muitas vezes alimentam teorias da conspiração e narrativas de negação da ciência, que atacam instituições democráticas e criam divisões na sociedade. Como consequência, surgem conflitos sociais, polarização política e dificuldade na implementação de políticas de saúde pública baseadas em evidências.
Ainda é preciso dizer que a disseminação de desinformação sobre saúde pode ter um impacto econômico significativo, porque aumenta os custos associados ao tratamento de doenças evitáveis, diminui a produtividade no local de trabalho e gera gastos adicionais com serviços de saúde.
O principal objetivo do guia sobre fake news na saúde é preparar ainda melhor os profissionais do SUS para estabelecer conversas saudáveis a respeito de assuntos controversos. Sendo que, por meio dessa ação, será mais fácil impactar positivamente a qualidade de vida da sociedade.
O material, porém, não é exclusivo para esse público. Afinal, na rede particular também é possível encontrar pacientes que se deixam levar pela desinformação.
Com isso, o guia pode influenciar o bem-estar físico e mental dessa parcela do público e também do coletivo, já que a opinião de uma pessoa sempre pode mudar e refletir em escolhas mais equilibradas e baseadas em saúde, ciência e políticas públicas.
Essa é uma situação bastante delicada, não é mesmo? No entanto, mais do que a leitura desse guia, você pode fazer a sua parte para enfrentar a desinformação. Aqui estão algumas dicas!
Os profissionais da saúde podem ajudar a capacitar as pessoas fornecendo informações precisas, seguras e compreensíveis sobre questões de saúde. Entre as possíveis ações educativas estão a realização de palestras, a distribuição de materiais informativos e a promoção de programas de conscientização sobre temas de saúde relevantes para a comunidade.
Durante consultas médicas e atendimentos de saúde, os profissionais podem aproveitar a oportunidade para esclarecer dúvidas e fornecer orientações personalizadas aos pacientes. Algo que ajuda muito a dissipar equívocos e corrigir informações erradas que os pacientes possam ter encontrado.
Os profissionais da saúde devem praticar uma comunicação aberta e transparente com os pacientes, compartilhando informações sobre os benefícios e riscos de diferentes intervenções de saúde e explicando as evidências científicas por trás das recomendações.
Ao compartilhar informações sobre saúde, os profissionais devem se basear em fontes confiáveis e atualizadas, como diretrizes clínicas, estudos científicos revisados por pares e agências de saúde públicas reconhecidas. Por isso, se manter bem informado é essencial.
Que tal fazer parte desse time e combater a desinformação? Além da leitura atenta do guia sobre fake news na saúde, continue a fazer seu papel como médico e profissional da saúde todo dia, mesmo que você ainda seja estagiário ou residente. Um pouquinho em cada atendimento, com um cuidado a mais na conversa com o paciente, e sim, os resultados serão incríveis!
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Paulista, nascido em Americana em 1995. Formado pela Universidade de Brasília em 2019. Residência em Ginecologia e Obstetrícia no HC-FMUSP. Sucesso é o acúmulo de pequenos esforços repetidos dia a dia. Siga no Instagram: @danielgodamedway