Pessoal, quando falamos de neuro, sempre sentimos que o assunto é mais difícil. Mas a hemorragia subaracnoide (HSA) nada mais é que um tipo de acidente vascular cerebral, sendo o traumatismo craniano, tão comum de atendermos nas urgências, a causa mais comum.
Em pacientes sem traumatismo cranioencefálico, a HSA é mais associada ao sangramento de um aneurisma cerebral. Por sua vez, um aneurisma cerebral é uma patologia arterial, que pode se romper e sangrar no espaço entre o cérebro e o crânio.
Antes de continuarmos, quer ler um e-book sobre o exame físico neurológico? Aprenda sobre os principais pontos do exame físico neurológico, abordando os aspectos essenciais para os médicos generalistas. Bora baixar um guia sucinto e atualizado para te ajudar a manejar os pacientes para esses exames? Clique AQUI e baixe agora!
O grande problema dessa doença é que, quando não é desencadeada por um trauma (evento que vamos investigar), muitas vezes ela é silenciosa. Um paciente com um aneurisma cerebral não sabe que tem a doença até que ele se rompe e cause sintomas que podem ser fatais.
Os sintomas clássicos são a dor de cabeça de forte intensidade (pior da vida), podendo ter tido um episódio mais leve prévio – cefaléia sentinela há uma semana – dor no pescoço ou nas costas, náusea e vômitos, fraqueza repentina, tontura, rebaixamento do nível de consciência e convulsões.
Antes de continuarmos temos uma novidade: nosso curso de ECG que vai te levar do zero ao especialista nesse assunto. Com conteúdos completos, flashcards e um módulo dedicado a te mostrar como esse tema é cobrado nas principais provas de residência médica, você vai aprender a interpretar qualquer ECG!
Se inscreva agora e se torne um especialista em ECG!
Antes de falarmos sobre o tratamento e as complicações da hemorragia subaracnoide, é sempre importante saber desconfiar de um AVC, afinal, é uma doença muito comum de surgir no PS. Sabemos que o manejo desses pacientes com AVC não é fácil e, principalmente por ser uma corrida contra o tempo, não diagnosticá-lo pode alterar completamente a vida do doente. No nosso e-book gratuito AVC: do diagnóstico ao tratamento, te ensinamos o manejo do AVC, desde o primeiro contato com o paciente até a alta hospitalar. Informação nunca é demais, então que tal dar uma olhada lá também? Clique AQUI e baixe gratuitamente!
Quando pensamos em tratar uma hemorragia subaracnoide, temos que primeiro avaliar a condição clínica do paciente. Se for um sangramento de causa traumática, muito volumoso, com efeito de massa e possível herniação, pode ser necessário uma craniectomia descompressiva.
Já para quadros menos agudos, podemos esperar o sangue tentar ser drenado pelos ventrículos, seriando tomografias para identificar sinais de estabilidade, melhora ou piora. Em alguns casos, em que o paciente evoluiu com hidrocefalia, pode-se propor uma derivação ventricular, ou seja dar uma força para o cérebro eliminar o sangue.
Nos casos de aneurismas, as opções para tratamento neurocirúrgico são a clipagem, na qual o fluxo de sangue para o aneurisma vai ser interrompido; stent vascular, transpassando a falha na parede onde se tem o aneurisma; passagem de coil (serpentina), para estimular a coagulação e regressão aneurismática.
As complicações que podem acontecer são vasoespasmo reflexo, onde os vasos sanguíneos vão tender a diminuir de calibre, para evitar sangramentos. Edema cerebral, com todos os sintomas que podem estar associados, como cefaléia e até convulsões. Quando o sangue é em uma quantidade maior, pode gerar hidrocefalia ao ser drenado pelos ventrículos, necessitando de uma derivação ventricular externa.
Assim, vemos os aspectos principais desse assunto tão extenso, tão complexo e com cirurgias dificílimos, em que machucar alguma coisinha pode ser um dano permanente para o paciente. Um salve para os extremamente habilidosos Neurocirurgiões.
Agora que você está mais informado sobre a hemorragia subaracnoide, confira mais conteúdos de Medicina de Emergência, dá uma passada na Academia Medway. Por lá disponibilizamos diversos e-books e minicursos completamente gratuitos! Por exemplo, o nosso e-book ECG Sem Mistérios ou o nosso minicurso Semana da Emergência são ótimas opções pra você estar preparado para qualquer plantão no país.
Caso você queira estar completamente preparado para lidar com a Sala de Emergência, temos uma outra dica que pode te interessar. No nosso curso PSMedway, através de aulas teóricas, interativas e simulações realísticas, ensinamos como conduzir as patologias mais graves dentro do departamento de emergência!
hemo
Nascido em 1993, em Maringá, se formou em Medicina pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital Israelita Albert Einstein.