Simulações realísticas: conheça a importância para o aprendizado médico

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Durante a formação médica, os profissionais conhecem muita teoria e passam por uma série de treinamentos. Pensando nisso, as simulações realísticas surgem como uma importante prova de conhecimentos e treinamentos que ajudam o futuro médico a evitar riscos e erros.

Na simulação realística de Medicina, o estudante identifica as competências e as aptidões que ainda precisam ser lapidadas ou melhor desenvolvidas. Ela também ajuda na redução da ansiedade na hora de executar os procedimentos médicos nas mais variadas situações em que a rapidez e o estresse podem aparecer.

Para explicar melhor esse momento especial, que faz parte da formação do médico, preparamos este artigo. Saiba tudo sobre a simulação clínica e a importância dela no aprendizado médico.

As vantagens das simulações realísticas no ensino da Medicina

A simulação realística é um processo prático e dinâmico, que busca criar situações hipotéticas para tentar, ao máximo, incorporar uma representação autêntica da realidade que o médico vai encontrar no dia a dia, em um modelo de aprendizagem.

Isso facilita a participação ativa do aluno e integra as complexidades do aprendizado prático e teórico com oportunidades para repetições, feedback de professores, avaliação de potencialidades e reflexão, sem nenhum risco de causar dano ao paciente.

A prática das interações, dos atendimentos e dos procedimentos, bem como as tecnologias de simulação clínica, são capazes de articular ensino e pesquisa, mais que necessários na qualificação dos médicos nos diversos níveis de atenção à saúde da população.

A simulação clínica é realizada em manequins realistas ou com uso de atores para retratar os atendimentos com pacientes, simular os sinais e os sintomas. O termo genérico “paciente padronizado” é usado quando uma pessoa é treinada para simular um caso clínico.

Simulações realísticas

Ao fazer a simulação realística em saúde com pacientes padronizados, roteiros de ações e procedimentos, a avaliação é elevada e impacta positivamente o senso de urgência e o raciocínio clínico. Isso porque tudo é feito em um ambiente seguro e controlado, no qual o aluno e o professor podem avaliar a performance.

Conforme a tecnologia e o ensino avançaram nas últimas décadas, alguns softwares também foram introduzidos para a aprendizagem prática dos profissionais da saúde.

A chamada simulação realística, mediada por um professor que direciona as discussões e busca a interação e a imersão, estimula o pleno desenvolvimento do raciocínio em um cenário idêntico ao que o médico encontraria na vida real.

Retenção de conhecimento

Há uma série de pesquisas no Brasil, como um recente estudo da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), concluíram que a utilização de diferentes métodos de simulação clínica proporcionou uma série de vantagens aos estudantes.

Foi identificada uma considerável melhoria na retenção e na avaliação dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes de Medicina e Enfermagem. Isso permitiu que eles se sentissem mais confiantes com a vivência da experiência que os aproxima da realidade e da humanização da relação com os pacientes.

Simulação clínica na prova de residência médica

Não é nenhuma novidade que muitas pessoas temem a prova prática das residências médicas. Na maioria das vezes, ela vem junto de uma enorme pressão porque representa a segunda fase, com até metade do peso da nota final, além de simular uma situação real, em que o desempenho é analisado.

É um momento muito complexo e exigente para os candidatos no processo seletivo, já que testa habilidades, poder de comunicação, raciocínio rápido e tomada de decisões de quem quer se tornar um médico especialista. Por isso, esse treinamento médico se torna ainda mais importante para a formação.

A prova prática consiste em estações simuladas por manequins, bonecos de simulação realística ou atores, nas quais o futuro residente é acompanhado por um avaliador e tem alguns minutos para analisar a situação dada, fazer as perguntas necessárias e formar um diagnóstico.

Em algumas instituições, podem ocorrer variações, como a utilização de provas multimídia, em que os recursos audiovisuais (imagens, vídeos e outros) são usados para simular situações de casos clínicos que os candidatos enfrentam como médicos.

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AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor