IoT na Medicina: saiba o que é e confira vantagens e exemplos

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Fala, galera! Hoje é dia de falar um pouco sobre IoT na Medicina. A tecnologia avançada exerce grande influência na vida de todas as pessoas. Muitas áreas utilizam os benefícios dos avanços da tecnologia: comércio, indústria, educação, saúde e assim por diante.

Uma das maiores inovações modernas é a Internet das Coisas (IoT). Esse conceito envolve a conexão de diferentes equipamentos, veículos e aparelhos à internet.

Neste post, vamos falar como funciona IoT na Medicina. Veja o que é, confira as vantagens e veja alguns exemplos!

O que é IoT na Medicina? 

IoT na Medicina consiste na integração de dispositivos da área de saúde a uma rede de comunicação em que acontecem troca e coleta de informações.

Esses dispositivos conectam-se entre si para melhorar a eficiência e solucionar problemas, sem que haja necessidade de intervenção humana.

Quais são as vantagens da IoT na Medicina?

Uma das mais importantes vantagens na aplicação da IoT na Medicina é o constante monitoramento dos pacientes. Isso permite dispensar um tratamento mais personalizado.

Como o acesso às informações do quadro clínico do paciente é otimizado, existem dados a mais que ajudam a dar um diagnóstico mais preciso.

O IoT na Medicina também ajuda a reduzir custos, pois o monitoramento em tempo real dos dados representa economia de até 30% do tempo dos profissionais que atuam no setor de saúde, conforme dados do IDC (Instituto de Direito Contemporâneo).

Outra vantagem é o compartilhamento simplificado de informações. Os exames de diagnóstico por imagem, como raios-X, são beneficiados, já que podem ser usados dispositivos digitais com potencial para criar dados do exame digitalmente. Podemos, então, resumir as vantagens da Internet das Coisas na Medicina da seguinte maneira:

  • monitoramento constante e em tempo real dos pacientes;
  • registro autônomo das informações;
  • facilidade de acesso às informações sobre saúde;
  •  melhoria no compartilhamento de dados;
  • histórico médico mais completo, com suporte a diagnósticos precisos;
  • armazenamento automático online (tecnologia de computação na nuvem);
  • paciente mais empoderado;
  • consolidação de medidas preventivas.

Quais são os desafios da IoT na Medicina?

Um dos principais desafios da IoT na Medicina é a segurança dos dados, seja durante a transmissão, seja durante o armazenamento e o compartilhamento.

As informações de cada paciente são sigilosas. O sigilo entre o médico e o paciente está registrado no Código de Ética Médica

Para assegurar a proteção no ambiente digital, há uma exigência de um grupo de medidas, iniciando por definir limites, o que pode ser realizado por meio de regulamentação. Contudo, a lei ainda não acompanha a rapidez com que a tecnologia se desenvolve.

Por outro lado, a diversidade de normas elaboradas por muitos países para a proteção de dados no setor de saúde pode causar problemas na globalização de inovações.

Outro empecilho para a disseminação da IoT na Medicina se refere aos gastos necessários para adoção e implementação da Internet das Coisas na área médica.

Não podemos esquecer que, ao passo que uma tecnologia se torna mais popular, o preço tende a se tornar mais acessível ao público.

Quais são os exemplos de IoT na Medicina?

Os exemplos facilitam muito o entendimento de um conceito. Há diferentes exemplos que podem ser citados para comprovar a eficiência da IoT na Medicina. Vejamos alguns deles:

Marcapassos cardíacos

Os marcapassos cardíacos que usam Internet das Coisas são muito usados nos Estados Unidos, país onde existem estudos mais desenvolvidos a respeito da tecnologia.

O marcapasso é implantado no paciente, oferecendo informações constantes sobre seu sistema cardiovascular. O monitoramento do estado em que a pessoa se encontra se efetiva em tempo real. Assim, diante de qualquer mudança ou risco, o médico poderá intervir com agilidade e precisão.

Monitoramento de pacientes com Parkinson

O IBM, juntamente com a Pfizer, trabalha para desenvolver um projeto chamado BlueSky. É um aparelho cuja finalidade é otimizar a qualidade de vida de pacientes que padecem de Parkinson.

O paciente precisa fazer uso de um tipo de dispositivo que vai fornecer dados dos sintomas da doença em tempo real. Consequentemente, o médico pode efetivar um tratamento mais preciso.

Tecnologia digital em pacientes com depressão

Os wearables, equipados com apps e outros sistemas, como Apple Watch, têm capacidade para monitorar o comportamento de pessoas depressivas.

Podemos mencionar o estudo da farmacêutica Takeda, que usou o relógio inteligente em testes com pacientes que apresentavam depressão entre leve a moderada. 

Avaliações de cognição e humor revelaram mais de 90% de eficácia, e avaliações diárias (realizadas a partir de questionários e outros dados) equivaleram aos resultados de testes que foram efetivados na Universidade de Cambridge.

Monitoramento da higiene das mãos

Há também sistemas que, integrados a dispositivos de IoT, analisam se as mãos de profissionais se encontram contaminadas ou sujas.

Essa medida ajuda a evitar danos à saúde ou a transmissão de doenças a pessoas que já se acham em situação de vulnerabilidade, em tratamento ou internados.

Registros digitais de exames

Hoje, já há aparelhos digitais que realizam exames de diagnóstico que podem criar dados de forma digital, o que dispensa a utilização de papel. Entre esses exames, podemos citar a tomografia, o eletrocardiograma e o raio X.

É uma solução que ajuda a preservar a natureza, a diminuir a necessidade por espaço físico para arquivos e ainda contribui para assegurar a preservação dos documentos. Isso sem necessidade de manusear filmes radiográficos, vulneráveis a danos.

Quando as informações são arquivadas digitalmente, o compartilhamento de dados é facilitado, já que pode ser feito por e-mail ou por aplicativos de mensagens.

Gostou de saber mais sobre IoT na Medicina? 

Você conheceu diferentes formas de aplicar a IoT na Medicina. Conferiu as principais vantagens que ela pode proporcionar, que se estendem aos médicos, aos enfermeiros, aos pacientes.

O nível de estresse dos próprios profissionais de saúde pode ser monitorado com a finalidade de diminuir problemas como sobrecarga de trabalho e pressão.

Os pacientes, por seu lado, podem ser monitorados por equipamentos médicos que passam informações aos enfermeiros e/ou aos plantonistas.

Enfim, é inegável a importância da IoT na Medicina. Ela já está revolucionando o setor de saúde, e a tendência é que permaneça assim. Novas soluções aparecerão para melhorar a qualidade do atendimento médico e, consequentemente, a vida dos profissionais e dos pacientes.

O conteúdo analisou a influência da tecnologia na sociedade global. Temos outros artigos que falam sobre Medicina de Emergência e Residência Médica, além de oferecermos minicursos gratuitos na área de saúde. Acesse nossos conteúdos na Academia Medway e confira!

JoãoVitor

João Vitor

Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando