Jornada da Aprovação na Residência Médica: conheça a minha e parta para a sua

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Nós sabemos que nem sempre é fácil passar pela jornada da aprovação na residência médica. Fora toda a concorrência e dificuldade para entrar nas grandes instituições, ainda precisamos lidar com frustração, pressão e ansiedade. Uma hora ou outra, acabamos enfrentando problemas e insegurança, mas é bem possível que, no fim das contas, a aprovação chegue — sempre passando pela preparação com dedicação e, é claro, atenção à saúde.

E pra vocês não se sentirem sozinhos caso estejam tensos nesse momento, eu vim compartilhar a minha história e, no final, te fazer um convite. Você topa saber pelo que eu passei no período de preparação? Então vem que eu conto!!

Como foi a minha história

Lembro como se fosse hoje. Em 2010, me mudei de Belém para São Paulo focado em terminar meus últimos meses de cursinho, antes de prestar o vestibular para medicina. Eu queria fazer a UNIFESP, instituição em que minha mãe concluiu a Residência Médica.

Num domingo ensolarado e até então sem importância, ela me levou para conhecer as redondezas da Escola Paulista. Me mostrou praticamente toda a Vila Clementino, passando pelo ambulatório e pelo Hospital São Paulo. No meio do passeio, ela me falou: “tá vendo aquela loja de jalecos com a parede cinza? Então, é lá que todo mundo faz o jaleco com o brasão mais bonito da UNIFESP”.

Isso me marcou muito, fiquei encantado. Afinal, cursar medicina na Escola era um sonho, não tinha como negar. Minha família toda já vivia aquela grande expectativa e eu, então, nem se fala.

Mas aí, talvez pela pressão, ou talvez pela inexperiência — difícil até lembrar — eu não consegui ser aprovado. Vi meu sonho indo por água abaixo.

No início eu não consegui entender, mas a vida precisava seguir. Dei adeus àquele sonho (ou talvez um até breve) e voltei para Belém, onde cursei medicina na Universidade do Estado do Pará.

Foram anos incríveis que me abriram várias portas, inclusive a da foto abaixo, quando eu e meus amigos de faculdade representamos o Grupo de Microcirurgia do Laboratório de Cirurgia Experimental da Universidade do Estado do Pará, no 13º Congresso da Sociedade Internacional de Microcirurgia Experimental, em Tianjin, na China.

Enfim, a jornada da aprovação na residência médica

Os anos passaram e na minha jornada para a Residência Médica pude transformar meu descontentamento por não ter feito medicina na UNIFESP em motivação para buscar a minha aprovação para o R1 em Cirurgia Geral. Eu queria poder vestir a sagrada bata azul, nosso privativo do pronto-socorro da Cirurgia Geral.

Eu estava mais maduro, fiz uma preparação adequada, estudei de forma direcionada e fiz a primeira fase de Cirurgia Geral na UNIFESP com uma certeza: se eu não fosse aprovado, voltaria no ano seguinte. 

Não foi preciso. No dia da minha graduação em Medicina, 27 de dezembro de 2017, recebi a notícia de que fui aprovado na primeira fase

Dias depois, também na segunda fase; e aquela foi uma emoção sem tamanho. Eu teria a honra de vestir a bata azul e, assim, depois de alguns anos e muito sacrifício, consegui cumprir minha promessa, que até então eu não havia contado pra ninguém: fazer o jaleco com o brasão na mesma loja em que a minha mãe.

Meu nome é Daniel Haber Feijó e hoje sou Cirurgião Geral pela UNIFESP e líder acadêmico de Cirurgia aqui na Medway. Essa foi a minha jornada. Ela já está escrita, mas e você? Como vai construir a sua? Quer ser aprovado em uma instituição importante e renomada, assim como eu?

JoãoVitor

João Vitor

Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando