Antes de se tornar um residente, é essencial ficar por dentro de algumas regras e questões específicas. Assim, você consegue se preparar melhor para o que virá e tem a certeza de que tudo sairá conforme o esperado. Nesse sentido, conhecer a carga horária da residência médica é indispensável.
Além de ajudar na sua organização, conferir os períodos dedicados à especialização é um jeito de identificar quais são os seus direitos. Assim, você confere se eles têm sido totalmente respeitados no programa em questão.
Na sequência, veja qual é a carga horária da residência médica e entenda as principais particularidades! Esperamos que as informações descritas no artigo sejam de grande necessidade para a preparação para a residência médica na instituição que você almeja.
Sim, cada instituição pode definir os limites específicos em relação ao período de ensino dos residentes. A única regra que vale para todas é, justamente, o respeito ao limite estabelecido por lei.
Vale a pena conferir quais são as regras de cada programa de residência, já que algumas instituições optam por tempos menores que 60 horas. Isso não interfere no pagamento da bolsa-auxílio, pois o valor fixado é o mínimo obrigatório.
Conversamos com residentes de várias especialidades nas principais instituições de São Paulo que contam se a residência respeita às 60h semanais e dá para fazer plantão
Já fizemos um bate-papo com os residentes de Clínica Médica da USP-SP, mas tem muito mais no nosso blog. Vale a pena dar uma olhada nos nossos artigos publicados.
A lei também determina as questões referentes aos períodos de repouso. É obrigatório que haja ao menos 1 dia de descanso por semana. Ao longo do ano, devem ocorrer 30 dias de férias, de preferência, consecutivos.
Novamente, cada instituição pode estipular regras específicas em relação à carga horária, respeitando as definições legais. Isso significa que cada local define o dia específico da folga. Há uma negociação com o residente para definir o momento das férias.
Vale lembrar que a maioria dos residentes precisa dar plantão nos hospitais. Nesses casos, é comum que haja algumas horas de descanso antes ou depois — o famoso descanso pré ou pós-plantão.
Muitos profissionais acham que um programa cuja carga horária da residência médica seja menor funciona como convite para trabalhar em outro local. É essencial entender que é proibido fazer plantões remunerados (de sobreaviso ou à distância) fora da residência.
Por esse motivo, os residentes flagrados nessa situação são obrigados a devolver a bolsa-auxílio referente ao período de irregularidade. Na prática, muitas vezes, isso é desrespeitado, e várias pessoas fazem plantões para compor a renda.
É claro que tem especialidades com uma carga horária na residência muito mais pesada e que consome muito tempo, como Neurocirurgia. Nesse caso, é praticamente impossível cumprir plantões.
Embora o trabalho remunerado não seja permitido, o estágio facultativo é permitido. Ele não envolve compensação financeira, apenas ajuda de custo referente à alimentação e ao transporte. Além disso, tem duração máxima de 30 dias por ano.
É possível se capacitar em duas especialidades médicas ao mesmo tempo, por exemplo. Porém, nesse caso, o médico residente deve conciliar os horários e as exigências — quase inviável na prática.
A carga horária da residência médica é definida por lei. Cada instituição pode definir o período adequado para o próprio programa, no limite. Conhecendo essas determinações, você tem todas as informações para se planejar!
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Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando