Seguir a carreira médica é uma jornada bastante desafiadora devido aos longos anos de dedicação para ingressar em uma universidade e aos estudos durante os cinco anos de graduação. Por isso, é comum que muitas pessoas questionem se todo médico precisa fazer residência.
De antemão, já adiantamos que a residência não é uma etapa obrigatória. Essa decisão varia conforme os anseios de cada estudante em relação a onde chegar e qual área seguir. Entretanto, para os médicos que finalizaram a graduação e desejam se especializar, a etapa da residência médica é necessária.
Desde o início, a Medicina exige muita dedicação dos alunos. Portanto, desenvolvemos este artigo para responder se médico precisa fazer residência e falar mais a respeito dessa etapa tão importante, incluindo quais caminhos os profissionais da área podem seguir. Continue a leitura.
Afinal, todo médico precisa fazer residência? A princípio, não. O Ministério da Educação (MEC) considera a residência médica uma pós-graduação, desenvolvida sob forma de especialização médica para os profissionais.
Ela é realizada em instituições de saúde por todo o país a partir de programas credenciados pelo Conselho Nacional de Residência Médica (CNRM), responsáveis por conceder o título de especialista ao profissional.
Quem faz residência precisa fazer prova de título de forma obrigatória. A principal forma de ingresso dos médicos formados nos programas de especialização médica é por meio dos concursos públicos, geralmente organizados pelas universidades e pelas instituições de saúde.
Caso você finalize a graduação e não deseje seguir em uma área específica da Medicina, é possível atuar apenas como médico generalista. Para isso, não é necessário obter nenhum título de especialista em determinada área, apenas o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Em contrapartida, é importante ressaltar que a atuação do médico generalista se restringe à realização de consultas em consultórios, clínicas e hospitais. A principal função é realizar o diagnóstico de pacientes sem se aprofundar em uma área específica.
O MEC e o CNRM possuem restrições a respeito de quantas residências um médico pode cursar durante a carreira. Não é possível fazer o mesmo programa mais de uma vez e não é permitido realizar mais de duas residências diferentes, com exceção das especialidades pré-requisitos para outras.
As especialidades médicas são divididas entre acesso direto e pré-requisito. O ingresso nos programas de acesso direto requer apenas a conclusão da graduação, enquanto os com pré-requisitos exigem o título de especialista em uma determinada especialidade.
Como citado anteriormente, os graduados em Medicina devem analisar as instituições de preferência e averiguar se elas possuem todo o suporte necessário para cursar a especialidade desejada. Alguns programas oferecem bolsa-auxílio para os candidatos ao longo do curso.
Para isso, os candidatos devem ser aprovados nas provas de residência. O formato de cada prova é definido pela instituição. Geralmente, apresenta três etapas: uma prova objetiva, uma prova prática e, em alguns casos, uma etapa de entrevista.
A prova objetiva é a fase em que o candidato realiza uma avaliação com diversas questões de múltipla escolha. As questões envolvem os principais temas das cinco grandes áreas da Medicina: Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Medicina Preventiva.
Já a prova prática apresenta a avaliação da resolução de casos clínicos e simulações realísticas, que exigem muita preparação. Por fim, o candidato passa pela etapa de entrevista, momento em que a instituição realiza a análise curricular e se informa sobre as qualificações do profissional.
Agora que você já sabe se todo médico precisa fazer residência, é importante entender que a etapa de especialização depende de uma série de fatores e precisa ser feita com cuidado. Além disso, tenha em mente que essa etapa exige muito esforço e dedicação, pois a concorrência é alta.
Muitos alunos de Medicina já ingressam na faculdade com o desejo de se tornar especialista em uma determinada área, enquanto outros criam afinidade com uma especialidade ao longo do curso. De qualquer forma, aproveite esse período para identificar quais práticas você possui mais afeição e facilidade.
Outro fator decisivo para saber se irá gostar de ingressar em uma especialidade é o dia a dia da profissão. A troca de conhecimentos e experiências durante a graduação e os estágios permite que você tenha proximidade com certas áreas, o que pode ser importante para saber se a carreira é o que realmente deseja seguir.
Como você pôde notar, nem todo médico precisa fazer residência, mas se quiser ingressar em uma especialidade, possui um longo caminho a percorrer. A boa notícia é que a gente possui várias formas de ajudar a alcançar seus objetivos.
Se você deseja começar a se preparar para as principais provas de residência do ano, uma boa sugestão é o Extensivo Medway. De acordo com o seu tempo de preparação, você pode se matricular em um programa com foco total para impulsionar suas chances de ser aprovado nas provas teóricas das instituições de São Paulo.
Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway