A Neurologia é uma das inúmeras especialidades que os médicos podem escolher após o término da graduação. Essa é uma das áreas mais procuradas para residência e que possui variadas possibilidades de atuação no mercado de trabalho brasileiro.
Se você quer saber tudo sobre Neurologia, não se preocupe, pois preparamos um guia completo. A seguir, encontre detalhes sobre a rotina, a carreira e a residência médica dessa especialidade.
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A Neurologia é a especialidade que se dedica a estudar e tratar distúrbios do sistema nervoso. O cérebro, a medula espinhal, o tronco encefálico, os nervos periféricos e os músculos são os principais focos analisados pelo médico dessa área.
As doenças mais averiguadas são cefaleias, distúrbios do sono, síncopes, acidentes vasculares, crises convulsivas, meningites e tumores. Algumas mais específicas são destinadas para subespecialidades, como a neuroimunologia e a neurogenética.
O atendimento neurológico para crianças tem maior procura para identificação de outras enfermidades. Déficit de atenção, hiperatividade, alterações na visão e mudança de comportamento destacam-se nessa fase.
“Muitas doenças que tratamos não têm cura nem tratamentos eficientes. Então, em diversos momentos, o neurologista atua aliviando os sintomas, trabalhando com outras especialidades e orientando o paciente ou os familiares a respeito do prognóstico das doenças e das implicações”, conta o Dr. Luiz Henrique Libardi.
Apesar do que alguns pensam, essa especialidade não atua em cirurgias. Nesse caso, o responsável é o neurocirurgião, outro especialista que pode complementar o tratamento dos pacientes.
Além do neurocirurgião, o tratamento pode incluir psiquiatras e psicólogos. A depressão, a ansiedade e as crises de pânico podem ser melhores trabalhadas com a ajuda multidisciplinar de mais de uma especialidade. Assim, o tratamento acontece de forma completa.
Segundo o Dr. Luiz, o médico neurologista pode atuar em áreas diversas. A rotina pode incluir atendimentos em clínicas e no pronto-socorro, rápidos devido à emergência. Em consultórios, ele pode fazer exames e dedicar mais tempo à análise do paciente.
Para exemplificar a rotina, o médico conta como é o trabalho: “Hoje, divido meu tempo com atividades administrativas e clínicas, como consultório e atendimento de pacientes internados. A maioria dos atendimentos é feito na população de faixa etária mais idosa, então vejo muitos pacientes com doenças degenerativas”.
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Vamos voltar ao assunto principal. De acordo com o doutor, os caminhos no início da carreira dependem da formação e dos interesses pessoais. A maioria dos médicos que finalizam a residência em Neurologia atua em plantões de emergência ou enfermarias especializadas.
Com o passar do tempo e ao ganhar mais experiência, outra opção é o atendimento em consultórios particulares. Para aqueles que querem essa atuação, mas são recém-formados, o indicado é a associação com outros neurologistas consagrados na área para ganhar experiência no nicho.
O médico neurologista também pode integrar equipes hospitalares, assumir funções administrativas e executar exames de imagem. Se ele tiver subespecialidades, as atividades são ainda mais extensas.
A Neurologia é uma área de estudos e pesquisas promissores. Por isso, outras opções são: ser professor universitário, de cursos preparatórios e se dedicar ao desenvolvimento de pesquisas que venham a contribuir para a sociedade.
De acordo com o Luiz, neurologistas que fazem exames e procedimentos mais complexos recebem uma remuneração maior. A média salarial depende da subespecialização, do porte da organização e da região do país.
Atualmente, a remuneração média é de R$ 5.799,98. Porém, o valor pode chegar a R$15.275,32, segundo a pesquisa realizada pelo site Salário a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Tais valores são referentes a uma jornada de trabalho de 19 horas por semena.
Antes, a especialização em Neurologia possuía o pré-requisito em Clínica Médica. Entretanto, atualmente, é uma área de acesso direto, com duração de três anos. Dependendo da instituição, há a possibilidade de completar mais um ano adicional.
O programa de residência médica em Neurologia divide a formação em parte prática e teórica. Em cada ciclo, o especialista passa por estágios, reuniões e avaliações. Segundo o Dr. Luiz, o primeiro ano é dedicado à residência média, por isso, ela era uma exigência no passado.
“No R1, rodamos como residentes da Clínica Médica. Então, temos estágios parecidos com os dos residentes dessa especialidade, com a diferença de que rodamos na Psiquiatria, na Endocrinologia e na Reumatologia. Fazemos os mesmos plantões da clínica e já iniciamos os plantões no PS da Neurologia”, comenta.
A partir do segundo ano, a vivência em Neurologia se inicia. Para o Dr. Luiz, o ano de R2 é o mais intenso. Isso porque os estágios (que duram um mês) focam em internação, ambulatório de atendimento neurológico, pronto-socorro e enfermaria.
No R3, a maioria das atividades é ambulatorial e passa por diversas subespecialidades. Apenas dois estágios acontecem no hospital (interconsulta e pronto-socorro), e alguns plantões são noturnos. Ao término desse ano, o médico está pronto para atender como especialista.
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Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando