Se pra você que está na busca por uma residência médica, toda informação é importante, então segura essa, que o papo reto de hoje é sobre o que é Anestesiologia — uma das especialidades que atualmente tem atraído muitos candidatos e, por isso, tem se tornado cada vez mais disputada! E sabe por quê? Tudo por conta do crescimento do mercado e das muitas oportunidades de trabalho que têm surgido nas regiões sul e sudeste. Impulsionada pela expansão das grandes redes de hospitais particulares, essas regiões têm requerido bastantes profissionais dessa área.
Mas antes de continuarmos, se você precisa de ajuda para escolher sua especialidade médica para começar a residência, temos uma sugestão perfeita para você! O Med Escolha é o teste que vai te auxiliar a entender qual é a especialidade que encaixa com o seu perfil. Sabemos que é angustiante esse momento, por isso vamos te ajudar. Não perca tempo e clique AQUI para começar logo!
A Anestesiologia é, basicamente, a especialidade médica que se dedica a reduzir ou extinguir algumas sensações, como a dor. Pode ser importante tanto para casos cirúrgicos como em exames diagnósticos.
Pode parecer que não, mas ainda há pessoas que não tem ideia do quão importante é a presença do anestesiologista nos centros cirúrgicos. Não vá pensando que função deste profissional é apenas aplicar anestesias, não! O dia a dia do médico anestesiologista inclui uma série de tarefas, tais como monitoramento das funções vitais do paciente durante as cirurgias, o transporte de pacientes críticos; a avaliação de internados e a prescrição de esquemas analgésicos em operados ou sob cuidados paliativos e é claro, a aplicação de anestesias locais ou gerais em pacientes no processo pré-operatório.
Então, fica com a gente que, aos poucos, você vai entendendo perfeitamente o que é a Anestesiologia e a sua importância.
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A gente já disse que a procura por esse especialista tem crescido bastante, né? Isso porque, além da expansão hospitalar, outro fator preponderante ajuda muito: o campo de atuação do médico anestesiologista é bastante amplo. Ele pode escolher qualquer ponto do hospital: centro cirúrgico; centro obstétrico, setor de endoscopia, hemodinâmica; pronto atendimento; setor de ecocardiograma transesofágico e setor de biópsias.
Isso sem esquecer que as responsabilidades do médico anestesiologista estão intimamente relacionadas à tecnologia de ponta: monitores, máquinas e diversos dispositivos tecnológicos que facilitam o cuidado aos pacientes. Essa é uma habilidade que desde cedo precisa ser desenvolvida por quem se interessa nessa especialidade.
Antes de continuar, é preciso explicar uma dúvida muito comum. Afinal, qual a diferença entre o anestesista e o anestesiologista? Bem, a resposta é bastante simples: nenhuma! O que acontece é que, muitas vezes, no dia a dia, as pessoas se referem ao profissional como anestesista, associando o profissional à aplicação de anestesias exclusivamente. Mas a anestesia só pode ser administrada em pacientes por um médico especialista na área que é chamado, mais precisamente, de anestesiologista.
E, para você entender um pouco melhor o que é Anestesiologia, nós batemos um papo com um desses profissionais. O Dr. Rodrigo Nolasco, que concluiu sua residência médica nessa especialidade em 2019 no Hospital Governador Celso Ramos (CET integrado da SES do estado de SC). Veja só o que ele falou sobre a atuação:
“Na Anestesiologia há um ditado que diz: ‘passamos por horas em tédio, minutos de tensão e segundos de terror’. Costumo dizer que Anestesiologia é a melhor mistura entre uma especialidade clínica e cirúrgica, a parte teórica e conceitual é essencialmente clínica, em contrapartida muitas vezes precisamos de grande agilidade e agressividade nas condutas, o resultado dessas atitudes é obtido quase que instantaneamente, características que estão mais presentes em especialidades cirúrgicas. Em resumo, somos os clínicos que trabalham em um centro cirúrgico, nossas condutas invasivas são o que permitem aos cirurgiões exercerem o melhor de suas funções.”
E por falar em habilidades e estudos, outra área que o anestesiologista precisa aprender a trabalhar é a relação interpessoal. Buscar por uma excelente estrutura argumentativa para lidar com pacientes e familiares, e prezar pelo espírito de equipe – já que atuará sempre em consonância com outros profissionais que devem ser constantes. A gente perguntou pro Dr. Rodrigo quais são as características fundamentais que um médico tem que ter ou desenvolver para seguir essa especialidade e ele foi preciso:
“Agilidade, atenção constante, habilidades técnicas em procedimentos, bom relacionamento interpessoal e acima de tudo conhecimento teórico aprofundado em fisiologia e farmacologia.”
Para entender de vez o que é Anestesiologia, nós fomos mais a fundo com o Dr. Rodrigo! Afinal, na hora de escolher uma especialização, o que todo mundo quer mesmo é compreender os principais motivos que atraem os médicos para essa área tão disputada na atualidade. E é claro, se existem algumas objeções O Dr. Rodrigo falou tudo, inclusive o que ele considera desvantagens na área de Anestesiologia.
“Muitos procuram a Anestesiologia em busca de qualidade de vida. Por algum motivo atribuiu-se esta característica à especialidade, o que discordo. Uma das desvantagens que temos são a falta de previsibilidade de horários, carga-horária elevada e pouca flexibilização no que se refere aos dias e horários em que se pretende trabalhar.”
Mas, e no dia a dia, como é de verdade? Trabalha muito? Dá pra ganhar bem? O que esperar do mundo lá fora, depois da residência? Claro que o Dr. Rodrigo disse pra gente! Olha só!
“Atuo em Florianópolis, minha rotina de trabalho é de aproximadamente 60h/semanais + plantões. Com relação às doenças mais prevalentes vai depender muito do local onde você trabalha. Pode variar desde anestesiar apenas para uma clínica de oftalmologia fazendo bloqueios oftalmológicos, até trabalhar diariamente com cirurgias de alta complexidade como cirurgias cardíacas assistidas por robótica. Na minha realidade trabalho com cirurgia do aparelho digestivo, ortopedia, hemodinâmica, cirurgias oncológicas, urologia e cirurgia plástica.”
Mas e quando se trata do salário de um anestesiologista? Sobre isso, o Dr. Rodrigo explica:
“A remuneração é extremamente variável, principalmente dependendo da carga horária e de como o profissional trabalha (grupo, autônomo ou serviço público). Considerando o trabalho de 60 horas semanais, poderíamos trazer alguns valores apenas para uma noção superficial, mas deixando claro que isso pode sofrer grandes variações. Na opção 1 (grupo) o salário inicial costuma variar entre R$18.000,00 e 25.000,00. Salário final entre R$45.000 e 60.000,00. Na opção número 2 (autônomo) a variação é ainda maior, pois nem sempre o profissional consegue trabalhar o quanto gostaria, é muito difícil ter uma alta demanda de trabalho logo após a residência, nesta opção não há progressão salarial, portanto a remuneração tem relação direta com a carga de trabalho e tipo de procedimento realizado”.
Ainda sobre o médico que decide trabalhar de forma autônoma, ele comenta:
“Um profissional autônomo, que consegue trabalhar 60h semanais com procedimentos sequenciais pode ganhar salários muito elevados, aproximando-se dos R$ 100.000, mas essa é uma realidade difícil de encontrar na prática. Em geral, um profissional autônomo consegue algo em torno de R$35.000 a R$40.000. Isso ocorre pois este profissional dificilmente consegue ter todos os dias da semana cheios com procedimentos sequenciais, normalmente haverá furos de escala, perda de tempo deslocando-se entre diferentes hospitais e também falta de demandas para alguns dias e horários. Por último, o profissional servidor público, com 3 vínculos de 20h cada, recebe cerca de R$20.000 a 25.000. Não há grande progressão salarial, pois atualmente são raros os concursos públicos com progressões atrativas como vimos há alguns anos atrás.”
Agora, é claro que tudo vai depender do caminho escolhido: o médico anestesiologista pode atuar em redes privadas, em grupos de anestesiologistas ou ainda trabalhar como freelancer. Obviamente, cada um desses caminhos tem vantagens e desvantagens.
Alguns dão maior segurança e previsibilidade de ganhos,outros proporcionam maior diversificação das fontes de renda, outros têm pouca flexibilidade de carga horária. Isso sem falar da dependência de processos seletivos sucessivos pra quem sonha em se tornar um servidor público. Por isso, é muito importante decidir baseado nos seus próprios objetivos pessoais e aspirações.
Apenas entender o que é Anestesiologia não é suficiente. Afinal, precisamos sempre entender por onde começa a especialização nessa área. A residência médica em Anestesiologia é de acesso direto e com duração de 3 anos. Mas não para por aí, não! Um caminho bastante comum para aqueles que se tornam especialistas na área é a formação continuada, por isso grande parte dos profissionais dessa área partem para mais alguns anos de aprendizagem, já que a residência em Anestesiologia é pré-requisito para outras especialidades, como por exemplo, a Medicina Paliativa, por mais um ano de estudos , e a Medicina Intensiva, por mais dois anos de estudos para se tornar um intensivista.
A gente perguntou pro Dr. Rodrigo sobre as experiências que ele teve com relação aos estágios e pedimos pra ele explicar um pouco sobre a residência em Anestesiologia e onde ele rodou seus estágios ao longo de cada ano de sua formação. Confere aqui o que ele nos contou:
“ A residência médica em anestesiologia tem a duração de 3 anos, neste período passamos por estágios mensais nas mais diversas áreas de atuação do anestesiologista, dentre elas destacam-se os estágios de neurocirurgia, bloqueio de nervos periféricos guiados por USG, oftalmologia, urologia, cirurgia geral, ortopedia, otorrinolaringologia, dentre outros que são realizados no hospital governador Celso Ramos. Neste hospital passamos mais da metade dos 36 meses que compõe a residência. Os estágios de anestesia em pediatria são realizados no Hospital Infantil Joana de Gusmão, que tem um centro cirúrgico amplo e recém construído onde passamos cerca de 2 meses no segundo e terceiro anos da residência. Os estágios de cirurgia cardíaca são realizados no Imperial Hospital de Caridade e também no instituto de cardiologia de Santa Catarina. Neste último, também temos um estágio de cirurgia vascular. Com relação a anestesia em obstetrícia e cirurgias ginecológicas nossos estágios são realizados na maternidade Carmela Dutra, que fica ao lado do Hospital Governador Celso Ramos.”
Como você pôde ver pelo papo reto com o Dr. Rodrigo, a residência em Anestesiologia é marcada por estágios, você pode “pegar muita mão” em cirurgias e aprender de verdade a rotina exigente dessa especialidade, o que, certamente, vai te oferecer uma experiência bastante ampla. E o mercado de trabalho é pra lá de promissor!
E se você gostou de entender melhor o que é Anestesiologia, fica ligado aqui no nosso blog, pois estamos sempre trazendo artigos e entrevistas sobre como é a residência médica em diversas regiões do Brasil. Se tiver alguma coisa que você queira saber mais, fala pra gente aqui nos comentários. Pode ser um dos nossos próximos artigos!
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Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando
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