A anamnese e a realização de exames são práticas antigas e determinantes na configuração da Medicina que conhecemos hoje. São ações presentes em diversas especialidades da atualidade, em especial, na Clínica Médica.
Vale destacar que quem se forma médico não se torna automaticamente um clínico geral, ao contrário do que uma galera pensa. Só é clínico quem faz a residência nessa especialidade. Por isso, continue a leitura para conhecer tudo sobre Clínica Médica e as maneiras de ingressar na residência da área.
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Retornando, a Clínica Médica é considerada uma área base da Medicina porque engloba de tudo um pouco: o profissional é capaz de tratar a maioria das enfermidades não cirúrgicas em adultos, entendendo um pouquinho de várias especialidades diferentes.
Além disso, a Clínica Médica é uma das principais áreas responsáveis pela prevenção de doenças. Quando é necessário, o clínico encaminha o paciente para outras especialidades, como a Cardiologia, para realizar tratamentos mais específicos.
Para mergulhar nesse mundo, conversamos com o Djon Machado, nosso professor que se formou na residência de Clínica Médica na Unicamp em 2019. De cara, ele já mandou o papo reto sobre as características que determinam um bom profissional dessa especialidade.
“Um bom clínico é um profissional analítico, atualizado e excelente comunicador (tanto com a equipe, quanto com o paciente e a família). Vejo essas três habilidades como um tripé! Não existe um clínico completo que falhe em algum desses aspectos”, diz o especialista.
O clínico faz diagnósticos e indica tratamentos a partir de um quadro de sintomas que pode ser bastante variado. Por conta disso, muitas vezes, ele é a porta de entrada de um paciente para a investigação de algum problema mais sério.
Em contrapartida, ele também indica exames para a realização de check-ups para aqueles que não possuem queixas específicas ou apenas desejam ter uma visão completa do próprio estado de saúde.
“Geralmente, a Clínica Médica atrai pessoas que gostam do desafio do raciocínio e não colocam a remuneração alta como um fator indispensável para o sucesso profissional”, diz Djon sobre a atuação do clínico no dia a dia.
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Os locais de atuação de um médico clínico são variados: ele realiza atendimentos em consultórios, mas também integra equipes de emergências e internações. De acordo com o Djon, muitas vezes, ele é uma “mãe” no hospital, especialmente quando a estrutura de trabalho não é a ideal.
“Todo paciente que não tem especialidade responsável fica com a Clínica. A postura deve ser sempre de acolhimento e organização do fluxo adequado para o serviço. Não dá para deixar o paciente na mão. O problema dessa falta de assistência não é dele, e temos que compreender isso de forma muito tranquila”.
No Brasil, os termos “clínico geral” e “generalista” são popularmente utilizados para se referir ao médico sem especialização. Recém-formado, o profissional recebe o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e é considerado apto para praticar a Medicina.
Como já vimos, a Clínica Médica é uma especialidade, portanto, exige residência médica. Com ela, você se torna um clínico e pode tratar pacientes adultos, que não precisam de procedimentos cirúrgicos. Porém, é muito comum confundir Clínica Médica com a Clínica Geral.
Normalmente, são os generalistas que realizam diagnósticos, interpretam exames e prescrevem tratamentos. Já o profissional especializado em Clínica Médica, além de diagnósticos e tratamentos, realiza o acompanhamento da evolução do paciente, podendo se subespecializar em diversas áreas da Medicina também.
Para entender de vez o que é Clínica Médica, vamos apresentar mais do cotidiano desse especialista. Existem doenças que aparecem com frequência na rotina do médico dessa área: hipertensão, diabetes melito, obesidade, dislipidemia, infecções comunitárias e condições psiquiátricas.
As possibilidades de atuação são muito diversas! No começo da carreira, você pode circular em diversas frentes de trabalho: ambulatórios, enfermarias, prontos-socorros (atendendo na porta ou na sala de emergência), UTIs de média a baixa complexidade ou consultórios.
Por fim, mas não menos importante, Djon cita a relevância de uma residência de respeito e recomenda que os futuros clínicos se formem em escolas renomadas: “pode parecer bobeira, mas falar que fiz clínica na Unicamp me abriu muitas portas de forma fácil. A reputação da escola é vinculada a você. Por isso, faça por merecer!”
A residência em Clínica Médica tem uma concorrência relevante nas instituições mais buscadas de São Paulo, como USP, Unifesp e Unicamp. Entretanto, não está entre as especialidades mais disputadas, o que pode ser uma boa notícia se você tem essa área como objetivo.
O programa dura dois anos. A especialização em Clínica Médica é de acesso direto, ou seja, basta ser formado em Medicina para ingressar. Em geral, a carga horária é de 60 horas semanais, que correspondem a 2.880 horas anuais.
Desse total, os estágios ocupam cerca de 80% das atividades, focadas no treinamento em serviço. Os demais 20% concentram tarefas mais teóricas, como aulas, seminários e reuniões.
A Clínica Médica é pré-requisito para quase todas as especialidades clínicas. Então, se você decidir seguir esse caminho, é possível fazer subespecialização em Cancerologia Clínica, Cardiologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Geriatria, Hematologia, Medicina Intensiva, Nefrologia, Pneumologia ou Reumatologia.
Agora que você entendeu as principais funções da especialidade, que tal conhecer mais sobre a concorrência da área? Para isso, confira nosso artigo sobre as instituições mais procuradas para especialização em Clínica Médica em São Paulo. Aproveite e acompanhe os outros conteúdos do nosso blog!
Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor
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